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quarta-feira, março 01, 2017

Em vantagem

No dia do nosso 113º aniversário, vencemos o Estoril na Amoreira (2-1) na 1ª mão das meias-finais da Taça de Portugal e estamos em excelente posição para voltarmos ao Jamor. Foi o terceiro jogo na Amoreira este ano (dois Estoril e um 1º de Dezembro) e a terceira vitória sofrida pela margem mínima. Mais uma vez, estivemos longe de fazer uma boa exibição, mas a justeza do nosso triunfo não se contesta.

O Rui Vitória fez algumas alterações e entraram o Júlio César, Jardel, Filipe Augusto e Carrillo. Deveríamos ter-nos colocado em vantagem logo aos 5’, mas quase em cima da pequena-área o Rafa conseguiu(!) que o guarda-redes Luís Ribeiro defendesse para canto o seu remate. Falhanço inacreditável de um jogador que deveria mesmo fazer treino específico de finalização (se o faz, não se nota nada...!). Pouco depois, o Júlio César inventou com os pés, mas felizmente o Estoril não conseguiu marcar. Os canarinhos davam boa réplica e nós tínhamos muitas dificuldades em criar lances de perigo. Até que aos 36’, o Zivkovic tirou um óptimo cruzamento da esquerda e o inevitável Mitroglou atirou lá para dentro. O mais difícil estava aparentemente conseguido, mas quatro minutos depois o Eliseu resolveu esticar estupidamente o braço na nossa área depois de um cruzamento. Penalty indiscutível que o Kléber não falhou. Neste lance, o Filipe Augusto, que já estava queixoso, lesionou-se de vez e entrou o Pizzi. Mesmo antes do intervalo, tivemos um golo anulado por fora-de-jogo, porque o Mitroglou se fez ao lance num cruzamento do Carrillo que acabou por entrar na baliza. Foi pena que não estivéssemos a jogar com as camisolas do Boavista...

Na 2ª parte, o Estoril foi a primeira equipa a criar perigo, mas o remate do Kléber passou a rasar o poste depois de um centro. A partir daqui, os canarinhos deram o berro fisicamente (acho inacreditável que se tenha obrigado o Estoril a jogar contra os lagartos e nós com três dias de intervalo) e só nós é que tentámos marcar. No entanto, tivemos sempre muitas dificuldades em criar lances de perigo, porque o adversário se fechou muito bem atrás. Só tivemos duas verdadeiras oportunidades: o Rafa permitiu novamente a intervenção do guarda-redes quando estava em boa posição e um remate do Mitroglou foi desviado por um defesa quando a com boa direcção. Até que aos 89’ marcámos finalmente o segundo golo: grande lance do Eliseu na esquerda, que isolou o Cervi (entretanto entrado) de calcanhar e este assistiu para Mitroglou dominar e desviar do guarda-redes. Vê-se na televisão que o grego está com o tronco e cabeça em fora-de-jogo mas os pés em jogo. É um fora-de-jogo milimétrico e só os desonestos intelectualmente (e já se sabe que os há aos milhares) vão achar que foi um escândalo. É não ligar aos grunhidos. Antes de terminar, o Zivkovic falhou inacreditavelmente de cabeça o terceiro golo.

Correndo o risco de ser repetitivo, é impossível não destacar novamente o Mitroglou. Nono golo no sexto jogo consecutivo a marcar tornam o grego o jogador mais fundamental do Benfica actual. Grande Mitro! A contrário do que vi muita gente a dizer, acho que o Carrillo não esteve nada mal: sempre muito em jogo, a vir várias vezes atrás ajudar na defesa e a fazer desarmes, especialmente na 1ª parte foi dos nossos melhores jogadores. Já o Rafa, com o seu problema crónico de finalização, esteve novamente abaixo do que deve render. O Zivkovic, tirando o centro para o 1º golo, também não esteve no seu nível habitual. Ao invés, o Nélson Semedo fez outra vez uma boa exibição e vai fazer muita falta em Santa Maria da Feira. O Jardel também regressou bem à equipa depois da debacle na Taça da Liga.

Só o Nápoles é que ganhou esta época na Luz, mas convém não facilitar no jogo da 2ª mão. Também aqui há uns anos tínhamos ganho 2-0 fora e depois levámos uma banhada de 1-3 em casa. Bem sei que o adversário era outro, mas se por acaso sofrermos algum golo antes de marcarmos as coisas vão ficar tremidas. E, infelizmente, temos já bastantes exemplos no passado recente de más experiências em meias e inclusive finais da Taça. A não repetir, sff!

P.S. - Espero que o lugar em que fiquei no estádio seja bom prenúncio para esta época!

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