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domingo, agosto 28, 2016

Difícil

Vencemos ontem na Choupana o Nacional por 3-1, mas o jogo foi bem mais complicado do que o resultado deixa antever, até porque só marcámos o terceiro golo já na compensação.

Tivemos uma excelente notícia logo na convocatória que foi a recuperação do Jonas e portanto estava um pouco mais optimista para esta partida. O melhor marcador do campeonato passado entrou directo para o onze, saindo o Cervi, e o Jiménez também jogou em vez do Mitroglou. Entrámos bem na partida, com boas trocas de bolas, mas o Nacional criou perigo logo de início num remate fora da área defendido a soco pelo Júlio César. Nós tivemos igualmente um par de remates do Jonas e Fejsa que saíram sem direcção até marcarmos aos 17’ num livre para a área do Pizzi, com uma péssima saída do Rui Silva, que socou a bola contra o Ghazal que a fez entrar na baliza. Foi um golo de sorte, mas a nossa vantagem começava a justificar-se. Até ao intervalo, destaque para um livre Agra com algum perigo, mas que passou por cima, e para uma boa jogada nossa culminada com um remate do Grimaldo às malhas laterais.

Na 2ª parte, ainda entrámos melhor e tivemos três excelentes oportunidades: remates do Salvio ao poste e do Jiménez e Jonas à figura do guarda-redes, quando estavam ambos em óptima posição e só com ele pela frente. Perdíamos excelentes ocasiões para fecharmos o jogo e estava mesmo a ver-se o que iria acontecer: empate do Nacional aos 64’ num cabeceamento do Tobias Figueiredo (emprestado pela lagartada) num canto, já depois de um livre do Agra ter sido defendido para a frente pelo Júlio César. Estava a ver a nossa vida andar muito para trás. O Rui Vitória resolveu lançar o Celis e o Carrillo para os lugares do apagado André Horta e do muito complicativo Pizzi e, dois minutos depois de estar em campo, aos 69’, o peruano voltou a colocar-nos em vantagem depois de uma excelente abertura do Jiménez para o Salvio, que centrou para a área e o Carrillo tirou um adversário da frente (ia-me dando um AVC, porque estava a ver que seria desarmado) e rematou em força. Até final, o Nacional não conseguiu criar mais perigo e até acabou a jogar com 10, porque o Ghazal saiu lesionado quando o Manuel Machado já tinha feito todas as substituições. Aos 92’, acabámos com o jogo, na primeira vez em que o Jiménez ficou isolado frente ao guarda-redes e marcou golo (assim de cabeça, lembro-me de umas seis vezes anteriores onde nunca o conseguiu). Aliás, todo o mérito para o mexicano, que foi ganhar a bola a um defesa para se isolar.

Em termos individuais, gostei (finalmente!) do Salvio, que parece estar mais confiante e consequentemente a subir de produção, e do Lindelöf, com cortes importantíssimos na defesa. O Jonas está longe da sua forma habitual, mas a equipa joga automaticamente melhor com ele em campo. O Pizzi teve o condão de tomar quase sempre as piores opções e já devia ter consciência que não consegue ganhar lances em velocidade aos defesas. O André Horta quase nem se viu, ao invés do Fejsa que parece que está em todo o lado. O Carrillo continua lento demais para meu gosto, mas marcou um golo decisivo, e o Jiménez foge demasiado da área para um ponta-de-lança do Benfica (prefiro de longe o Mitroglou), mas acabou por ser decisivo em dois dos golos.

O campeonato irá agora para por causa das selecções e era essencial ganhar este jogo até porque nesta jornada iria haver um lagartada-CRAC. O resultado que eu mais gostaria era um empate, mas a lagartada ganhou 2-1 e portanto está isolada na frente do campeonato connosco a dois pontos.

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