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segunda-feira, abril 04, 2016

Festival

Goleámos na passada 6ª feira o Braga por 5-1 e vamos manter-nos isolados na liderança do campeonato, independentemente do resultado da lagartada hoje em Belém. Esta era uma partida em que muitos apostavam que iríamos escorregar, mas a nossa resposta, apesar de termos tido sorte nalguns momentos, foi brilhante. Temos pena…!

Eu confesso que estava extremamente nervoso para este jogo. Não só por ser contra uma das melhores equipas do campeonato (o que foi comprovado durante os 90’), mas porque foi numa 6ª feira, três dias depois dos jogos das selecções. Estava especialmente preocupado com as viagens transatlânticas do Jonas. Felizmente, e ao contrário do que costuma suceder, ninguém se magoou na selecção e apresentámo-nos na máxima força (descontando as lesões prolongadas do Luisão e Júlio César). Perante um estádio com lotação esgotada (61.042 espectadores), tudo poderia ter começado muito mal, porque sofremos uma bola ao poste logo aos 30 segundos! Ainda antes dos 15’, o Rafa surgiu isolado, mas felizmente o chapéu saiu por cima. Ou seja, a sorte que tivemos em Braga de marcar dois golos ainda antes dos 15’ foi a sorte que tivemos na Luz de não os termos sofrido. Fomos manifestamente surpreendidos por esta entrada dos minhotos, mas aos 17’ o jogo virou: pressão alta do Benfica na saída de bola da grande-área do Braga, um defesa perde-a, um ressalto e sobra para o Mitroglou que de primeira a mete na baliza. Foi o delírio no estádio! A partir daqui, começámos nós a estar por cima e aos 37’ fizemos o segundo: mão na bola na área, depois de uma jogada brilhante do Renato Sanches, penalty e o Jonas a atirar para o lado direito, enganando completamente o Matheus que a esperava para o lado contrário (onde habitualmente o Jonas a coloca). Três minutos depois é que as fundações do estádio foram mesmo postas à prova, com o terceiro golo pelo Pizzi, num remate rasteiro de fora da área depois de uma assistência de costas(!) do Jonas. Fiquemos contentes por saber que a construção é sólida!

Para a 2ª parte, eu continuava com algum receio, porque poderíamos cair na tentação de relaxar por causa de Munique e um golo do Braga muito cedo voltaria a tornar o jogo algo aberto. Felizmente, nada disso aconteceu. Entrámos muitíssimo bem e tivemos mais que oportunidades para fazer o quarto golo logo de início, com um remate do Gaitán que embateu no… Mitroglou(!) e recarga do Eliseu ao lado, e um chapéu do Pizzi e depois recarga do Gaitán para duas óptimas defesa do Matheus. À passagem da hora de jogo, o Hassan atirou rasteiro ao poste. Foi a 5ª(!) bola nos ferros que sofremos do Braga este campeonato. Acho que é o que se chama “estrelinha de campeão”…! Aos 65’ entrou o Samaris para o lugar do Fejsa, substituição que só se justificava se o sérvio estivesse esgotado, porque a diferença fez-se logo sentir (o sérvio é muito melhor a suster o meio-campo contrário do que o grego). Aos 72’, ficou tudo mesmo decidido com uma boa abertura do Gaitán a isolar o Jonas, este a não ser nada egoísta e assistir o Mitroglou, que se ia atrapalhando a fintar um adversário, mas atirou com sucesso para a baliza. Três minutos depois lá voltámos a marcar um golo de livre directo (disseram-me que a última vez teria sido o Lima em Vila do Conde em 2013/14), obra do insuspeito Samaris! Até final, ainda deu para o Rui Vitória fazer experiências com a entrada do Nelson Semedo para o lugar do Jardel e foi o lateral-direito a fazer um penalty escusado já nos descontos que permitiu ao Pedro Santos (bom jogador) marcar o golo de honra do Braga que, a bem da verdade, era mais que merecido. No entanto, isto não me tira a irritação de ver, pela segunda jornada consecutiva na Luz, o adversário a marcar um golo na última jogada do encontro! Ao mesmo tempo, parece que a lagartada andava muito indignada por não haver um penalty contra nós há quase um ano (esquecem-se é que são a equipa que esteve quatro, q-u-a-t-r-o épocas sem ter visto um penalty contra…!! Hipócritas de m****!). Julgávamos que isto iria calá-los, mas não, continuam indignados por termos tido um penalty contra em tempo de descontos e com o jogo decidido. Enfim, de seres rastejantes espera-se tudo.

Foi uma vitória muito importante nesta fase da época, abrilhantada pelos números. Amanhã iremos jogar a Munique, sem nada a perder e tudo a ganhar. Aguardemos com serenidade o que irá acontecer, mantendo-nos sempre cientes que o fundamental será ganhar em Coimbra no próximo sábado.

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