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quinta-feira, novembro 26, 2015

Nos oitavos

Empatámos em Astana (2-2) e, com a derrota do Galatasaray no Atlético de Madrid (0-2), conseguimos a segunda qualificação para os oitavos-de-final da Champions em seis anos. Cumprimos um dos objectivos da época, mas para mim a Liga dos Campeões nunca será prioritária.

Quando aos 31’ os cazaques fizeram o 0-2, depois de até termos entrado bem no jogo (o 0-1 foi aos 19’), confesso que antevi uma reedição de Telavive. As coisas estava muito negras e, se a equipa já tinha sentido o primeiro golo, temi que o segundo fosse o golpe de misericórdia. Felizmente, conseguimos reduzir antes do intervalo através do Jiménez, numa óptima cabeçada aos 40’, o que fez com que houvesse alguma luz no fim do túnel.

Na 2ª parte, o adversário foi progressivamente perdendo gás, nós falhámos boas oportunidades pelo Gonçalo Guedes e Jonas, mas aos 72’ conseguimos finalmente a igualdade novamente pelo Jiménez, num desvio com o pé direito depois de um centro na direita do entretanto entrado André Almeida. Até final, houve uma espécie de pacto de não-agressão entre as equipas, porque os cazaques queriam garantir a invencibilidade caseira no grupo (três empates) e nós a possibilidade de qualificação (que conseguiríamos se fizéssemos o mesmo resultado dos turcos em Madrid).

Em termos individuais, destaque óbvio para o Jiménez: dois golos importantíssimos e, desejo, um shot de confiança para o futuro. Gosto da sua capacidade de luta, de nunca virar a cara, da entrega aos jogo, mas já se sabe que os avançados vivem de golos. E ele já estava há muito tempo sem marcar. O Rui Vitória estreou o Renato Sanches a titular e o miúdo deu muito boa conta do recado como número 8. Não sei mesmo se não terá garantido o lugar para os próximo jogos: para já, é dos poucos que corre com a bola para frente, criando naturalmente desequilíbrios na defesa contrária. Também gostei do Pizzi, que terá feito o melhor jogo esta época. Quanto ao Lisandro, que substituiu o lesionado Luisão... era bom que o Luisão voltasse depressa.

A Champions é muito bonita e tal, dá prestígio e dinheiro, mas eu queria mesmo era não ter sido eliminado na Taça. Porque esta era uma competição que poderíamos vencer, enquanto o sucesso desportivo na Liga dos Campeões dependerá da forma como formos eliminados. De que nos servirá os oitavos ou quartos, se depois levarmos com um Bayern ou Barça e tivermos o tratamento dos assumidamente corruptos na época passada? Por outro lado, nunca vi ninguém no Marquês festejar relatórios & contas com grandes lucros ou um Witsel vendido por 40M€, pelo que o que me interessa mesmo são os títulos. E esses, pelo que se tem visto até agora, estão muito distantes...

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