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segunda-feira, agosto 19, 2013

Marítimo – 2 – Benfica – 1

Em toda a nossa história, só por duas vezes é que estivemos três épocas consecutivas sem ganhar no primeiro jogo do campeonato. Este ano triplicámos esse número e chegámos às nove(!) temporadas consecutivas sem ganhar na estreia. Desde que o Karadas e o Petit nos deram a vitória em Aveiro, que estamos à míngua. Com a agravante, este ano, de termos sido derrotados. Esta série negra deixa de ser somente ridícula e começa a parecer um caso patológico.

Com o Markovic e o Salvio (os dois maiores desequilibradores da pré-época), lesionados, não estava nada optimista para este jogo. Para agravar as coisas, o Jesus tomou uma opção falhada: colocar o Ruben Amorim no centro e, principalmente, desviar o Enzo Pérez para a extrema-direita. É que, apesar de ser o seu lugar de origem, o argentino parece que desaprendeu de jogar a extremo e não se viu na 1ª parte. Resultado? Pouquíssimas situações atacantes, com o Djuricic também a passar ao lado da partida, o Lima abandonado na frente e o Gaitán com pouca rotação. Para complicar as coisas, em cima do intervalo, o Artur faz penalty sobre o Derley e os madeirenses foram para o descanso em vantagem.

Na 2ª parte, entraram logo o Rodrigo e o Ola John para os lugares do Djuricic e Amorim. Melhorámos e chegámos à igualdade logo aos 51’, aproveitando um mau atraso de um defesa, com o Lima a assistir o Rodrigo. Pressionámos o Marítimo, mas tínhamos dificuldades em criar situações de remate, excepção feita a um do Rodrigo, que o guarda-redes defendeu in extremis com a perna, depois de a bola ter sido desviada por um defesa. No segundo lance com perigo que o Marítimo criou, aconteceu o 2-1 aos 78’. Contra-ataque rápido e o Sami a antecipar-se ao Bruno Cortez. Até final, ainda tivemos duas boas hipóteses, pelo Rodrigo e Lima, mas revelámos a ineficácia que se está a tornar imagem de marca.

Não vou destacar ninguém em termos individuais. Mais uma vez, a equipa mostra muito pouca alegria em jogar à bola, com a consequente pouca velocidade a resultar em imensas dificuldades em criar desequilíbrios atacantes. Para além do mais, não há presença física na área contrária, porque o Lima foge muito da marcação e o Rodrigo também não é propriamente um tanque. Ah, e ainda estou à espera de ver a vantagem em trocar o Melgarejo pelo Cortez…

É a terceira derrota consecutiva deste ano e, nas últimas cinco partidas oficiais, ganhámos uma e perdemos quatro! Não sei muito bem onde é que isto vai parar, mas o futuro não se adivinha nada risonho…

P.S. – Claro que o Sr. Jorge Sousa também ajudou à festa. No lance do penalty sofrido, ainda se pode aceitar a sua decisão, mas não deixa de ser curioso que a Sport TV não tenha dado uma única(!) repetição da câmara de fora-de-jogo do lance. Dá-me a nítida sensação que o Garay coloca o adversário em posição irregular antes da falta do Artur. O 2-1 para os madeirenses é igualmente no limite do fora-de-jogo e também se pode aceitar a sua decisão. No último lance da partida, à velocidade a quem o Lima ia um pequeno toque era o suficiente para o derrubar. Não tenho dúvidas nenhumas que, se fosse ao contrário ou a favor de outra equipas com riscas verticais, seria assinalado penalty. Lá está, são os famosos “critérios” que se mantêm como sempre estiveram… Entretanto, em Setúbal, a perder ao intervalo, não há nada que um penalty e uma expulsão por pretensa cabeçada não ajude a resolver a favor do CRAC. E o campeonato da época passada é que era para ficar conhecido com o “campeonato do Capela”… Pois, pois…!

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