P.P.S. - Para (não) variar o nosso autocarro foi apedrejado na autoestrada e as pedras acertaram num dos vidros. Felizmente, não estava ninguém no lugar ao lado desse vidro. Quando se permite que excrementos humanos estejam em viadutos nas autoestradas é isto que acontece. Porcos imundos!
quinta-feira, fevereiro 28, 2013
Estamos no Natal?!?!
Oferecemos ao Braga a
passagem à final da Taça da Liga ao perder nos penalties por 3-2 depois de um
0-0 nos 90 minutos. Independentemente de ser a terceira prova do calendário
nacional em termos de importância, éramos os detentores desta Taça e o acesso a
uma final nunca deveria ser encarado de ânimo leve. Ou com espírito natalício
(muito tardio). Escusado será dizer que estou furioso com esta derrota!
E não, não é pelo facto de termos (e bem) poupado o Matic, Salvio e Lima,
que nem sequer viajaram a Braga. Também não é por termos deixado alguns
habituais titulares (Garay, Maxi, Enzo Pérez e Ola John) no banco. Não é
igualmente por termos jogado com a abécula do Roderick a trinco. E nem é por
termos feito um jogo abaixo das nossas possibilidades, com poucos remates
(mesmo assim, um ao poste logo no início pelo Rodrigo) preteridos a favor de rodriguinhos inconsequentes muito perto
da zona de remate (Gaitán, Aimar e Carlos Martins em destaque negativo neste
campo).
O que me tirou do sério é não termos encarado os penalties como devia ser.
Não me venham com a história da “sorte” ou a “lotaria”. Se o Cardozo era para
jogar só 45’, por que não jogar os segundos em vez dos primeiros?! Será que a
ida aos penalties era assim tão pouco provável?! Menos um especialista a
marcá-los. Já nem falo do Lima, que nem foi. Ok, muito bem, ainda tínhamos 11
jogadores em campo. O que decidimos? Colocar a abécula do Roderick (já agora,
qual foi a ideia de renovar contrato com um jogador dispensado pelo último classificado
da liga espanhola e que já tinha um contrato longo…?!) a marcar um deles…
Resultado? A bola nem à baliza foi! Era de esperar. Outra: desde quando o
Luisão marcou um penalty na vida? Outro falhanço. E isto com o Ola John e o
Aimar em campo. Só para referir dois exemplos de jogadores que estão mais
habituados a rematar à baliza do que o Luisão e Roderick (o Aimar não remata
tanto como deveria, mas enfim…). Mais uma acha: aos 82’ o Carlos Martins
lesiona-se (típico…), ele que era outro jogador que poderia marcar penalties.
Tudo bem. Tínhamos o Kardec no banco, Kardec esse que há dois anos era segundo
na lista dos marcadores de penalties (só atrás do Cardozo). O que fizemos?
Colocámos o Ola John em campo… Para a coisa ser ainda pior, começámos nós a
marcar e o Alan falhou o primeiro penalty do Braga. Ou seja, tínhamos tudo a
nosso favor, mas desperdiçámos estupidamente a possibilidade de voltar a uma
final. E de tentar algo inédito em Portugal: conseguir o triplete nacional. Mas vamos todos ficar muito contentes, porque
temos menos um jogo até ao fim da época e já podemos descansar mais…
No meio desta desgraça, salvou-se o Artur com uma óptima exibição. O Jardel
também esteve bem, assim como o André Almeida. O Gaitán apareceu a espaços
(houve um penalty a nossa favor por tesoura
a ele, mas o Sr. Marco Ferreira preferiu assinalar campo…) e todos os outros
estiveram muito sofríveis. Alguns horríveis, mesmo.
P.S. – E sim, ainda estou mais fulo por não ir comer um belo leitão à
Mealhada!
P.P.S. - Para (não) variar o nosso autocarro foi apedrejado na autoestrada e as pedras acertaram num dos vidros. Felizmente, não estava ninguém no lugar ao lado desse vidro. Quando se permite que excrementos humanos estejam em viadutos nas autoestradas é isto que acontece. Porcos imundos!
P.P.S. - Para (não) variar o nosso autocarro foi apedrejado na autoestrada e as pedras acertaram num dos vidros. Felizmente, não estava ninguém no lugar ao lado desse vidro. Quando se permite que excrementos humanos estejam em viadutos nas autoestradas é isto que acontece. Porcos imundos!
segunda-feira, fevereiro 25, 2013
Grande resposta
Vencemos o Paços de Ferreira por 3-0 e voltámos a colar-nos ao CRAC na
liderança do campeonato com uma desvantagem de três golos. Três dias depois do
encontro europeu, confesso que estava com algum receio da resposta física da
equipa, mas ela não poderia ter sido melhor.
Em relação aos dois últimos encontros para o campeonato (Nacional e
Académica), o segredo esteve na forma como entrámos na partida. Muito
concentrados, a imprimir velocidade e com vontade de marcar cedo. Conseguimo-lo
através do Enzo Pérez aos 8’, depois de uma boa abertura do Salvio que colocou o
compatriota só com o guarda-redes pela frente. A partir daqui, naturalmente que
o Paços tinha que vir para a frente, mas nós nunca perdemos de vista a baliza
contrária. Até ao intervalo, o Lima teve um bom remate para defesa do Cássio e
o Cardozo em ligeiro fora-de-jogo atirou ao poste, depois de ser bem servido
pelo Ola John.
A 2ª parte não poderia ter começado melhor, pois aos 46’ num canto
consequência de uma óptima defesa do Cássio a remate do Cardozo, o mesmo Tacuara fez o 2-0 de recarga depois de
uma cabeçada do Luisão ao poste. Adquiríamos uma vantagem importante que ainda
nos tranquilizou mais. Ao intervalo, o Enzo Pérez deu o lugar ao Carlos Martins
que, vá lá, desta vez entrou muito bem na equipa, facto a que não será alheio a
sua posição no terreno, a jogar no meio-campo e não como segundo avançado. O
Paços de Ferreira pouco perigo criava e o Jesus começou a refrescar a equipa
com o Gaitán e Aimar em vez do Cardozo e Ola John. O 3-0 surgiu surgiu aos 84’
depois de uma bonita jogada colectiva entre o Carlos Martins e Aimar, com o
Lima a atirar de peito para a baliza, a bola a ser interceptada por um defesa
para os pés do Salvio, que só teve que encostar. Este lance é um bom exemplo da
pertinência de utilização das novas tecnologias: só na televisão e com a imagem
parada, deu para ver que o defesa tirou a bola do Lima já depois de ela ter
entrado na baliza.
Em termos individuais, destaque para o Salvio que voltou aos bons velhos
tempos, em que partia as defesas
contrárias. Espero que seja para continuar. O Matic voltou a encher o campo e
torna quase monótono estar sempre a destacá-lo. O Ola John também fez um jogo
interessante, assim como o Enzo Pérez na 1ª e o Carlos Martins na 2ª parte. O
Luisinho que substituiu o Melgarejo esteve bem a atacar, mas com mais falhas
defensivas, nomeadamente de perdas de bola, do que seria desejável. Os dois
centrais (Luisão e Garay) foram os esteios do costume.
Mais um jogo, mais uma vitória e olhar virado já para a meia-final da Taça
da Liga na próxima 4ª feira, em Braga. Vai ser uma partida muito difícil, mas
temos um título para defender e todos nós estamos com vontade de voltar a comer
um leitão no regressar a Coimbra.
sexta-feira, fevereiro 22, 2013
Sorte e mérito
Voltámos a vencer o Bayer Leverkusen (2-1) e qualificámo-nos para os
oitavos-de-final da Liga Europa. Foi outra partida extremamente complicada, em
que se pode dizer que tivemos sorte nalguns lances, mas em que na 2ª parte
justificámos a qualificação.
O Jorge Jesus tinha dito na véspera do jogo que a equipa (referindo-se a
nós e ao CRAC) que fosse eliminada em primeiro lugar das competições europeias
tinha mais hipóteses de ganhar o campeonato. Aí está um belo exemplo do que é
verdade, mas não se deve dizer publicamente. Durante a 1ª parte, os jogadores
seguiram à risca esta máxima e fizemos de tudo para sermos eliminados: jogámos
(ou melhor, não jogámos) parados e vimos duas bolas a bater nos nossos postes. Oportunidades
nossas só um cabeceamento do Gaitán. Paupérrimo.
A 2ª parte começou da mesma maneira e a bola até entrou na nossa baliza,
mas felizmente o fiscal-de-linha viu o fora-de-jogo milimétrico do Kießling.
Aos 53’, o Jesus lá decidiu que devíamos jogar com 11 e tirou o Carlos Martins
para colocar o Salvio. Foi logo outra coisa e inaugurámos o marcador aos 60’
num lance individual fabuloso do Ola John pela esquerda, culminado com um
remate em arco. Ainda faltava meia-hora e o Leverkusen não desistia: entrou em
cena o Artur com duas defesas fantásticas que evitaram o empate. O Salvio
falhou um cabeceamento muito fácil depois de outro lance bestial do Ola John e
na jogada seguinte sofremos o 1-1 pelo Schürrle, numa jogada em que a nossa
defesa não foi lesta a aliviar a bola. Estávamos no minuto 75’ e adivinhava-se
um sofrimento terrível durante o quarto-de-hora final. Felizmente, dois minutos
depois, um alívio do Artur isolou o Lima na direita, que centrou para o Matic
acabar com a eliminatória. Até final, ainda poderíamos ter marcado mais um golo,
mas outro cabeceamento do Salvio esbarrou num defesa, quando o guarda-redes já
não estava na baliza.
Em termos individuais, óbvio destaque para o Ola John, que abriu o livro na
meia-hora final depois de 60’ muito apagados. O Enzo Pérez também se fartou de
correr e o André Almeida terá feito dos melhores jogos pelo Benfica. O Matic
foi igualmente essencial para a vitória, mas levou um amarelo razão pela qual
não vai jogar na primeira-mão dos oitavos. Uma palavra igualmente para o Artur,
que se fartou de defender. Menos bem esteve o Melgarejo e, principalmente, o
Carlos Martins, que se arrastou em campo.
Iremos defrontar o Bordéus na próxima eliminatória. Só a questão física nos
poderá condicionar, já que julgo que temos melhor equipa que eles. Eu sei que o
campeonato é a prioridade, mas já agora tinha piada chegarmos aos
quartos-de-final.
segunda-feira, fevereiro 18, 2013
Triplo autocarro
Um penalty INDISCUTÍVEL concretizado pelo Lima aos 94’ deu-nos uma vitória
arrancada a ferros perante a Académica (1-0). Foi um triunfo justo perante a equipa
mais defensiva que me lembro de ver jogar na Luz: um remate à nossa baliza e
permanentes perdas de tempo confirmam-no.
Sem os castigados Matic e Cardozo, oferecemos
a 1ª parte ao adversário. Jogámos a duas velocidades, devagar e parados, o que
nem se percebe muito bem, porque houve vários jogadores que não fizeram os 90’
na Alemanha há três dias. Maxi Pereira, Enzo Pérez, Salvio, Lima e Rodrigo
deveriam ter mostrado mais frescura e a equipa ressentiu-se disso, porque numa
táctica de 11-0 (batendo o Beira-Mar do início dos anos 90, que jogava num 10-1
com o Dino lá na frente), se não houver dinâmica, a probabilidade de criar
perigo é muito menor. Mesmo assim, ainda tivermos algumas oportunidades com realce
para um cabeceamento do Lima, que deveria não ter ido à figura do guarda-redes,
porque ele estava sozinho e quase na pequena-área.
Na 2ª parte, lá aumentámos o ritmo e tivemos mais chances de marcar. A
Académica só jogava em metade do seu meio-campo, o que é uma arma tão válida
como qualquer outra, se bem que muito má para o espectáculo. Isso não é
antijogo, o que é antijogo é simular lesões e demorar eternidades para repor a
bola em jogo, como fizeram durante os 90’. Para não variar, o guarda-redes
adversário, Ricardo, começou a defender tudo o que lhe aparecia à frente e o
poste e a barra também deram uma ajuda por duas vezes (Ola John e Melgarejo,
este num remate ainda desviado pelo guarda-redes). Entraram o Kardec, Gaitán e
Carlos Martins, mas ninguém estava particularmente inspirado. Até que no quarto
dos cinco minutos de compensação, o Kardec ganha de cabeça uma bola pontapeada
pelo Artur e o Gaitán é CLARAMENTE agarrado quando tenta chegar à bola. O Lima
revelou uma concentração de louvar (isso é bem visível no grande plano da
televisão) e rematou rasteiro para o canto inferior esquerdo da baliza, não
dando hipóteses ao Ricardo, que se lançou para o lado contrário. Respirámos
todos de alívio e a encomenda do Sr.
Pedro Proença na semana passada, tirando-nos deste jogo um jogador fundamental
como o Matic, não foi felizmente entregue.
Em termos individuais, não houve ninguém que se destacasse por aí além.
Gostei do Enzo Pérez na 1ª parte, porque foi dos poucos que tentou acelerar o
jogo, mas foi-se abaixo na 2ª. Não se pode dizer que os jogadores não tenham
tentado, mas o Salvio e o Ola John, por exemplo, estão longe da melhor forma. O
Rodrigo continua muito irregular desde a malfadada trancada do Bruno Alves faz
agora um ano. O Lima teve o enorme mérito de não tremer no penalty. O André
Almeida a trinco veio dar razão ao Jesus, quando prefere jogar ali com o André
Gomes perante estas equipas superdefensivas. Quando até o Garay não está
perfeito, não há mais nada a acrescentar.
Foi uma vitória muito saborosa e que nos deve moralizar para os próximos
importantes encontros. Agora é descansar e apontar baterias para o Leverkusen,
que vai ser muito complicado.
P.S. – O Sr. Nuno Almeida assinalou (e bem) o penalty no fim, mas falhou ao
não marcar um claro braço levantado do Hélder Cabral no início da 2ª parte num
canto. Também no lance da bola na barra do Melgarejo, parece-me que o Gaitán é
ensanduichado na pequena-área, embora aqui possa dar o benefício da dúvida ao árbitro.
sexta-feira, fevereiro 15, 2013
Personalidade
Grande vitória em Leverkusen (1-0) deixa-nos em boa posição para atingir os
oitavos-de-final da Liga Europa. No terreno do 3º classificado da Bundesliga,
que este ano já foi ganhar ao Bayern em Munique, demonstrámos uma maturidade
assinalável, ainda para mais porque o Jesus fez algumas poupanças e alinharam jogadores
que não são habituais titulares.
Com Salvio, Maxi Pereira, Lima e Enzo Pérez no banco, e substituídos por
Urreta, André Almeida, André Gomes e Ola John, entrámos em campo a saber muito
bem o que queríamos. Isso passou por uma grande consistência defensiva, com um
enorme Matic na 1ª parte, que praticamente não deixou o Leverkusen criar lances
de perigo. Em relação ao ataque, poderíamos ter sido mais incisivos, já que
houve lances em que os passes não saíram de feição, o que nos impediu de criar
também grandes situações de golo. Mesmo assim, uma boa abertura do André Gomes
permitiu ao Urreta rematar em arco, mas com defesa segura do guarda-redes. Perto
do intervalo, tivemos o contra da lesão do André Gomes, o que obrigou o Jesus a
meter o Enzo Pérez mais cedo do que quereria.
Na 2ª parte, vieram as oportunidades. Há que dizer que, para além de uma
boa ajuda defensiva e de algumas intervenções do Artur, tivemos sorte em ter
saído de Leverkusen a zeros. O Bayer criou perigo logo no minuto inicial, fruto
da única desatenção do André Almeida, que deixou um adversário desviar muito
perto da pequena área. O Jesus lá se decidiu que tínhamos mesmo que marcar e
colocou o Salvio no lugar do Urreta aos 57’. Quatro minutos depois, fizemos o
único golo da partida, fruto de um contra-ataque onde intervieram Cardozo,
Gaitán, Salvio e André Almeida, que cruzou para o Cardozo fazer um golão, num
toque cheio de classe depois de uma simulação sobre um defesa, picando a bola
por cima do guarda-redes. Depois disto, o Bayer foi mais pressionante, mas o
Artur defendeu alguns remates (porém ainda não revelando, numa ou outra bola
defendida para a frente, a confiança que costumava ter) e toda a linha
defensiva esteve irrepreensível. Há que dizer igualmente que poderíamos ter
matado a eliminatória, pois o Ola John por duas vezes poderia ter feito golo e
ainda houve um remate de primeira do Salvio que merecia melhor sorte. No último
minuto, foi o Melgarejo a segurar a vitória numa corte de cabeça em cima da
linha, quando a bola se preparava para entrar na baliza.
Em termos individuais, destaco outra vez o Matic, nomeadamente na 1ª parte,
o Melgarejo, que regressou em grande e foi praticamente intransponível, para
além de nos ter garantido a vitória no fim, e os centrais (Luisão e Garay).
Exibição também bastante boa do André Almeida e toques de classe do Gaitán e
Ola John, se bem que o argentino devesse ter a preocupação de nem sempre tentar
fazer o mais difícil. O Enzo Pérez entrou muito bem em jogo, assim como o
Salvio. Quando ao Cardozo, o jogo estava a passar-lhe ao lado, quando resolveu
fazer uma obra-prima e dar-nos a vitória. Enfim, o costume: “não joga nada, só
sabe marcar golos”.
É bom que estejamos (nós, adeptos, porque a equipa parece que está)
conscientes que a eliminatória, apesar de muito bem encaminhada, está muito
longe de estar decidida. Se os alemães marcarem primeiro cá, ficamos numa
posição potencialmente complicada, porque correndo o risco de sofrer mais um
golo e precisaríamos de marcar três. Eu sei que a prioridade é o campeonato,
mas já agora poderíamos tentar ir longe na Europa, porque conseguir vitórias no
campo de 3º classificado do campeonato alemão é óptimo para o nosso prestígio e
para a nossa moral.
P.S. – Magnífico apoio
nas bancadas com os cânticos ao Glorioso a abafarem por várias vezes as
vozes alemães. De negativo (e bastante), o facto de se terem ouvido
rebentamentos de petardos. A realização alemã mostrou os nossos adeptos depois
de um deles, levando a crer que terão sido na nossa bancada. Se assim for,
parece que há mesmo gente estúpida que quer ver o nosso estádio interditado.
Depois dos avisos da Uefa por causa dos jogos da Champions em casa neste ano, custa-me a acreditar que haja assim
pessoas tão acéfalas… [Adenda:] Parece que há mesmo.
terça-feira, fevereiro 12, 2013
Pedro Proença - Um Caso Patológico
Este post é para memória futura. Os números são esmagadores e não mentem. 44% de vitórias com este senhor a apitar. Nos últimos seis jogos, apenas ganhámos um.
segunda-feira, fevereiro 11, 2013
Expectável
Empatámos na Choupana frente ao Nacional (2-2) e só não nos atrasámos em
relação ao CRAC, porque houve o milagre
de o Olhanense ir empatar em casa deles. Assim sendo, ficou tudo igual na
frente do campeonato.
Ao sabermos que íamos defrontar o nosso adversário mais temível e que
decidiu o campeonato no ano passado (basta ver o vídeo abaixo), é totalmente
incompreensível o modo como (não) entrámos na partida. O Nacional adiantou-se
aos 6’, num lance em que quase toda a defesa ficou a dormir a pedir
fora-de-jogo, mas já tinha tido duas boas oportunidades até então. Reagimos bem
e o Luisinho fez a única coisa de jeito no jogo todo ao centrar para um
autogolo do Mexer aos 15’. Logo a seguir, a nossa sorte habitual fez com que a bola batesse no poste duas vezes
seguidas no mesmo lance: pelo Lima e por um defesa adversário. O Rodrigo
rematou com perigo para uma boa defesa do Gottardi na sua única boa acção da
partida. Aos 37’, um livre a nosso favor foi superiormente apontado pelo
Urreta. Um golaço e o mais difícil estava feito.
Na 2ª parte, o Jesus tirou o infrutífero Rodrigo e colocou o Gaitán a 10. Melhorámos bastante e tivemos o
nosso melhor período nos primeiros 10’. Uma excelente abertura do Gaitán isolou
o Urreta, que falhou a assistência para o Lima acabar com a partida. O Enzo
Pérez também rematou mal, quando estava em boa posição. Contra tudo o que se
adivinhava, o Nacional restabeleceu o empate aos 53’ num remate do Mateus para
o Artur dar um monumental frango. Acusámos
muito este golo e só nos últimos 20’ voltámos a reagir. Tivemos boas
oportunidades pelo Cardozo (duas boas defesas do Gottardi), Luisão, Lima
(grande remate de fora da área!) e Salvio (outra boa defesa do guarda-redes). Até
que aos 88’ surgir finalmente o Sr. Pedro Proença em todo o seu esplendor:
expulsão directa do Cardozo e segundo amarelo ao jogador do Nacional, porque
este não deu a bola ao paraguaio para ele marcar um canto e o nosso jogador
deu-lhe um ligeiro pontapé nas pernas para ele largar a bola. O que teria feito
um árbitro decente e que não quisesse deliberadamente prejudicar uma das
equipas? Chamaria os jogadores à parte e teria uma conversa com eles. Como se
vê muito em Inglaterra. Por um lance daqueles, não havia necessidade de
estragar o jogo com duas expulsões. A não ser que esse fosse o seu objectivo. O
Kardec ainda tem um cabeceamento que saiu muito fraco e aos 95’ nova expulsão
de um jogador nosso, que confirmou ao que vinha o Sr. Pedro Proença: Matic,
vítima de uma simulação de um adversário, que se atirou contra ele para fingir
uma cotovelada. O Sr. Pedro Proença lá entregou a encomenda para os próximos
jogos, privando-nos de dois elementos muito importantes.
Em termos individuais, natural destaque para o Urreta e não só pelo golão
que marcou, e pouco mais. A defesa esteve muito insegura e nem o Garay se
safou. O Salvio terá feito o pior jogo desde o regresso. O Matic e Enzo Pérez
também não estiveram ao se nível habitual. O Lima teve pouco jogo que lhe
chegasse em condições. O Gaitán entrou muito bem na 2ª parte e, a par do
Urreta, terá sido o nosso melhor jogador.
Deveríamos ter entrado muito melhor em jogo? Sim. Deveríamos ter mantido o
sangue frio depois do 2-2 e ter criado oportunidades mais cedo? Sim. Mas, como
diz o povo, “o que nasce torto nunca se endireita” e este jogo começou mal logo
pela nomeação do Sr. Pedro Proença. Depois, o Ola John não foi convocado
(resquícios da ida à selecção), jogámos com o Luisinho em vez do Melgarejo, e o
Aimar e o Carlos Martins continuam de baixa, pelo que a terceira substituição
só foi feita aos 91’. Finalmente, o Artur deu um frango monumental que nos custou mais dois pontos (é o segundo
depois do frente ao CRAC). Enfim, salvou-se o empate do Olhanense e agora é
olhar para a Liga Europa.
P.S. – Só há uma coisa boa que pode resultar de mais esta exibição maravilhosa do Sr. Pedro Proença, com
duas expulsões para memória futura, claramente condicionando-nos para os
próximos jogos: depois disto será intolerável que seja nomeado para o jogo em
casa do CRAC na penúltima jornada. Ah, e se fosse ele, talvez fosse boa ideia
não andar em centros comerciais nos próximos tempos…
sábado, fevereiro 09, 2013
Relembrar XXVI - Pedro Proença: recordar é viver
Ora, como vamos ter que levar com este senhor no jogo frente ao Nacional, aqui vai uma actualização das maravilhas que ele consegue fazer sempre que arbitra um jogo nosso. Sejamos justos e louvemos-lhe a coerência e a uniformidade de critérios que exibe sempre contra nós. E, como (infelizmente) ainda lhe faltam alguns anos para acabar a carreira, qualquer dia o vídeo destes roubos, perdão, equívocos durará meia parte de um jogo de futebol. Um desafio: tentem ver isto acreditando que são só uma série de infelizes coincidências. Se conseguirem, depois vão à Lapónia e dêem os meus cumprimentos ao Pai Natal, sff.
* Publicado em simultâneo com a Tertúlia Benfiquista.
* Publicado em simultâneo com a Tertúlia Benfiquista.
segunda-feira, fevereiro 04, 2013
Pouco entusiasmante
Vencemos o V. Setúbal (3-0) e mantemo-nos no 1º lugar, com os mesmos pontos
do CRAC, mas com uma desvantagem de quatro golos. Foi provavelmente o nosso
jogo menos conseguido na Luz, mas a nossa superioridade e justeza da vitória
nunca estiveram em causa.
Não poderíamos ter entrado melhor, com um golão do Enzo Pérez aos 4’ e
pensei que embalaríamos para um resultado que nos permitisse superar os sete
golos de desvantagem em relação ao CRAC. Mas isso não aconteceu, porque só
imprimimos velocidade nos primeiros 10’ de jogo. A partir daí, fomos deixando correr
o marfim, convencidos que o V. Setúbal não teria capacidade para nos colocar
problemas. Até ao intervalo, só há um registar um enorme falhanço do Rodrigo em
óptima posição, depois de uma boa iniciativa do Maxi Pereira.
Na 2ª parte, voltámos a entrar bem e resolvemos de vez a partida em sete
minutos com golos do Lima (48’), após excelente abertura do Luisão, que o
isolou, e do Rodrigo (55’), numa boa combinação com o Lima. Voltei a pensar
que, agora sim, iríamos forçar para marcar mais golos, mas as substituições do
Jesus também não ajudaram, porque o Gaitán e Aimar (desde a época do Quique
Flores que já sabemos que ele não resulta como segundo avançado) não entraram
bem. O Jesus veio dizer que a equipa se encontra cansada pela profusão de
jogos, o que é bem capaz de ser verdade, porque nos arrastámos até final sem
nos mostrarmos realmente interessados em aumentar o resultado.
Em termos individuais, o Enzo Pérez foi o melhorzito e não só pelo golão
que marcou. Foi dos poucos a meter velocidade e dinâmica nas suas acções. Exibição
também muito agradável do Luisinho, que terá feito o seu melhor jogo com a
camisola do Glorioso. Mais um golo de cada um dos avançados, continuando o Lima
o seu registo impressionante em 2013. O Matic fez muita falta no meio-campo,
porque impediu a equipa de defender mais à frente e recuperar tantas bolas.
Além disso, não gosto muito de ver o André Gomes a nº 6.
Muito bem estamos nós, quando nos queixamos da exibição de um 3-0, mas este
Benfica elevou bastante a fasquia e foi pena não ter aproveitado este
adversário para reduzir ainda mais a desvantagem dos golos. Nunca se sabe se
não virão a fazer falta no futuro.
P.S. - Teríamos uma semana de descanso, não fora os jogos das selecções. Só
espero que não venha ninguém lesionado destes particulares metidos a martelo a
meio da época.
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