terça-feira, agosto 30, 2011
Enervante
Conseguimos uma boa vitória na Madeira frente ao Nacional (2-0) e, até o CRAC jogar, estamos provisoriamente em 1º lugar. Foi uma partida marcada pelo nevoeiro que obrigou a interrompê-la duas vezes na 1ª parte, mas na 2ª mais que justificámos a nossa vitória e só foi pena termos conseguido o 2º golo tão tarde. O que me provocou uma carga de nervos durante muito tempo!
A Choupana voltou a fazer das suas e o nevoeiro foi o grande protagonista do 1º tempo. Do pouco que se jogou, porque as paragens condicionaram imenso o ritmo da partida, marcámos aos 22’ numa óptima cabeçada do Cardozo a centro do Gaitán, já depois de o Artur ter mantido a nossa baliza inviolada ao defender com o pé o remate de um adversário isolado logo no início do jogo. Até final da 1ª parte, o Cardozo voltou a pôr à prova o Elisson, o guardião contrário, num remate fora da área e houve mais uma ou outra situação em que, se dominássemos convenientemente a bola, poderíamos ter conseguido boas situações para marcar.
Na 2ª parte, tudo mudou: o nevoeiro desapareceu e o Benfica apareceu. Dominámos completamente e começámos a criar perigo. Só que à imagem do jogo frente ao Twente, continuamos a falhar muito na finalização e, até final da partida, andei com o credo na boca, porque estou farto de ver jogos em que só nós existimos em campo, fartamo-nos de falhar golos e no último minuto sofremos o empate num lance fortuito. Felizmente isso não aconteceu nesta partida, apesar de o Emerson ter cedido um canto idiota já na compensação que quase me gelou o sangue. O Nacional jogou com 10 a partir dos 62’ e deveria ter ficado a jogar com nove depois de uma cotovelada do Filipe Lopes no Witsel só ter dado um amarelo. O Luisão por mais de uma vez, o Aimar e o Cardozo tiveram oportunidades para marcar, mas foi só no último minuto da compensação que o Bruno César nos descansou com uma belíssima arrancada desde o meio-campo que o isolou e terminou com um forte remate à entrada da área. Finalmente respirei fundo, mas agradeço que de futuro os jogadores do Benfica resolvam os jogos mais cedo.
Em termos individuais, saliento o Cardozo por ter marcado numa altura muito importante, em que não estávamos a jogar grande coisa, e o Artur por se ter revelado (mais uma vez) muito seguro. O Aimar não sabe jogar mal e o Witsel também não. O Gaitán continua a desaparecer do jogo durante uns períodos, mas fez a assistência para o primeiro golo. O Bruno César tem-se revelado um bom Joker, mas seria bom se marcasse o golo da tranquilidade antes do minuto 90… :-)
O campeonato vai parar agora, porque a selecção vai jogar a Chipre e depois temos uma série de três jogos seguidos em casa, sendo dois deles para a Liga. Espero naturalmente a continuação destes bons resultados, porque o amadurecimento da equipa é algo que se sente cada vez mais. E também era bom que déssemos sequência a este jogo sem golos sofridos.
A Choupana voltou a fazer das suas e o nevoeiro foi o grande protagonista do 1º tempo. Do pouco que se jogou, porque as paragens condicionaram imenso o ritmo da partida, marcámos aos 22’ numa óptima cabeçada do Cardozo a centro do Gaitán, já depois de o Artur ter mantido a nossa baliza inviolada ao defender com o pé o remate de um adversário isolado logo no início do jogo. Até final da 1ª parte, o Cardozo voltou a pôr à prova o Elisson, o guardião contrário, num remate fora da área e houve mais uma ou outra situação em que, se dominássemos convenientemente a bola, poderíamos ter conseguido boas situações para marcar.
Na 2ª parte, tudo mudou: o nevoeiro desapareceu e o Benfica apareceu. Dominámos completamente e começámos a criar perigo. Só que à imagem do jogo frente ao Twente, continuamos a falhar muito na finalização e, até final da partida, andei com o credo na boca, porque estou farto de ver jogos em que só nós existimos em campo, fartamo-nos de falhar golos e no último minuto sofremos o empate num lance fortuito. Felizmente isso não aconteceu nesta partida, apesar de o Emerson ter cedido um canto idiota já na compensação que quase me gelou o sangue. O Nacional jogou com 10 a partir dos 62’ e deveria ter ficado a jogar com nove depois de uma cotovelada do Filipe Lopes no Witsel só ter dado um amarelo. O Luisão por mais de uma vez, o Aimar e o Cardozo tiveram oportunidades para marcar, mas foi só no último minuto da compensação que o Bruno César nos descansou com uma belíssima arrancada desde o meio-campo que o isolou e terminou com um forte remate à entrada da área. Finalmente respirei fundo, mas agradeço que de futuro os jogadores do Benfica resolvam os jogos mais cedo.
Em termos individuais, saliento o Cardozo por ter marcado numa altura muito importante, em que não estávamos a jogar grande coisa, e o Artur por se ter revelado (mais uma vez) muito seguro. O Aimar não sabe jogar mal e o Witsel também não. O Gaitán continua a desaparecer do jogo durante uns períodos, mas fez a assistência para o primeiro golo. O Bruno César tem-se revelado um bom Joker, mas seria bom se marcasse o golo da tranquilidade antes do minuto 90… :-)
O campeonato vai parar agora, porque a selecção vai jogar a Chipre e depois temos uma série de três jogos seguidos em casa, sendo dois deles para a Liga. Espero naturalmente a continuação destes bons resultados, porque o amadurecimento da equipa é algo que se sente cada vez mais. E também era bom que déssemos sequência a este jogo sem golos sofridos.
sexta-feira, agosto 26, 2011
Sorteio da Liga dos Campeões
Manchester United
BENFICA
Basileia
Otelul Galati
Sim, já joguei no Euromilhões! Depois de quase ter feito bingo numa das hipóteses que aventei aqui, era o mínimo que podia fazer… :-) Acertei no país, mas falhei o clube, foi mesmo quase. O facto de ser o Manchester United em vez do Arsenal faz com que o 1º lugar esteja um pouco mais longe, mas mesmo assim considero que não é uma utopia pensar nisso. Se o grupo é bom, o calendário não nos favoreceu muito, porque começamos em casa com o Manchester United e depois temos dois jogos fora consecutivos. Mas mesmo assim, lá teremos que adiar o sonho de ganhar a Liga Europa, porque se com um grupo destes nós formos lá parar, é uma das maiores vergonhas da nossa história. E para vergonhas já bastou o ano passado…
BENFICA
Basileia
Otelul Galati
Sim, já joguei no Euromilhões! Depois de quase ter feito bingo numa das hipóteses que aventei aqui, era o mínimo que podia fazer… :-) Acertei no país, mas falhei o clube, foi mesmo quase. O facto de ser o Manchester United em vez do Arsenal faz com que o 1º lugar esteja um pouco mais longe, mas mesmo assim considero que não é uma utopia pensar nisso. Se o grupo é bom, o calendário não nos favoreceu muito, porque começamos em casa com o Manchester United e depois temos dois jogos fora consecutivos. Mas mesmo assim, lá teremos que adiar o sonho de ganhar a Liga Europa, porque se com um grupo destes nós formos lá parar, é uma das maiores vergonhas da nossa história. E para vergonhas já bastou o ano passado…
quinta-feira, agosto 25, 2011
Show de bola
Uma exibição fantástica, a fazer lembrar as noites europeias da velha Luz, ajudou-nos a ganhar ao Twente (3-1) e a qualificarmo-nos para a Liga dos Campeões. Foi uma vitória justíssima que teve o senão de pecar por (muito) defeito, já que pelas oportunidades criadas deveríamos ter saído da Luz com uma goleada histórica.
Com o Witsel no meio-campo e o Aimar a apoiar directamente o Cardozo, entrámos a todo o gás na partida e a 1ª parte foi um festival de oportunidades falhadas. Fizemos imensos remates, só acertámos dois ou três na baliza, mas mesmo assim a eliminatória já deveria estar decidida ao intervalo. Nolito, Gaitán, Cardozo, todos tiveram oportunidades de marcar, mas parecia que a bola não queria entrar. O Twente só teve um remate perigoso, pelo habitué do Bryan Ruiz, que saiu ao lado da baliza do Artur.
Confesso que ao intervalo tive um mau pressentimento, porque, com tantas oportunidades falhadas, ainda nos sujeitávamos a um daqueles lances em que o futebol é fértil e teríamos a maior injustiça desportiva da história. Felizmente nada disto aconteceu, já que logo aos 46’ o Witsel fez o 1-0 num meio pontapé de bicicleta depois de um desvio de cabeça do Luisão na sequência de um livre do Gaitán. O Twente abanou ainda mais com o golo (na verdade, estava a abanar durante o jogo todo) e fizemos o 2-0 aos 59’ pelo Luisão, que correspondeu muito bem de cabeça a um canto do Aimar. A eliminatória pendia definitivamente para o nosso lado, mas logo a seguir entrou o extremo-esquerdo Ola John que deu tanto cabo da cabeça do Maxi na 1ª mão e o Twente começou a chegar à nossa baliza (antes disso, nem sequer pisavam a nossa área). Mas nós fizemos o 3-0 aos 66’, numa assistência primorosa do Cardozo que isolou o Witsel para este bisar. A partir daqui descansei, porque apesar de no ano passado ter visto o Lyon a marcar três golos nos últimos 15’, o Twente não é propriamente igual aos franceses e este ano temos um guarda-redes na baliza. Guarda-redes esse que, passados 15 anos, voltou a reeditar o espírito do grande Michel Preud’homme ao fazer uma defesa do outro mundo a um cabeceamento do Ruiz. Festejei como se fosse um golo do Benfica! No entanto, e confirmando aquilo que tem que ser resolvido rapidamente, o adversário não precisa de criar muitas oportunidades para nós não acabarmos o jogo a zero e lá sofremos o golito da ordem aos 85’ pelo inevitável Ruiz. Foi uma pequena mancha evitável numa grande exibição.
Individualmente, o melhor em campo foi o Witsel. Marcou dois golos e esteve fantástico de princípio até (quase) ao fim (depois de passar para a direita, apagou-se um bocado e também já estava desgastado fisicamente). Joga bem e joga simples, os dois atributos que mais aprecio num jogador. O Aimar… bem, começam a faltar palavras para ele. É a pura classe em movimento. O Luisão esteve imperial na defesa e participou directamente em dois dos nossos golos e o Cardozo, o tal que “não joga nada”, fez uma partida de enorme sacrifício, fartou-se de rematar (nem sempre bem, é certo) e culminou na assistência preciosa para o 3-0. Cada vez gosto mais do Artur, que dá uma segurança na baliza que há muitos anos não tínhamos. E aquela defesa…! O Emerson foi outro a fazer um jogão e parece mais confiante. Menos bem, continua a estar o Gaitán, que da a sensação de se alhear do jogo durante vários períodos. Tive pena que o Jesus não tivesse deixado o Nolito até ao fim, porque teria tido a oportunidade de bater o recorde de golos consecutivos do rei Eusébio. Mas, enfim, não se pode ter sensibilidade para tudo.
Este jogo deixou-me com água na boca para o resto da época, mas também um pouco apreensivo. Se formos jogar a Champions desta maneira, arriscamo-nos a ter dissabores: não se podem falhar tantos golos. Temos de ser mais eficazes e talvez deixar a nota artística de lado quando estamos perto da baliza. Vamos ver o que o sorteio nos reserva mais logo, sendo que o grande objectivo da época é o campeonato, portanto só temos a ganhar com esta participação.
P.S. - Os desejos para o sorteio de logo estão aqui.
Com o Witsel no meio-campo e o Aimar a apoiar directamente o Cardozo, entrámos a todo o gás na partida e a 1ª parte foi um festival de oportunidades falhadas. Fizemos imensos remates, só acertámos dois ou três na baliza, mas mesmo assim a eliminatória já deveria estar decidida ao intervalo. Nolito, Gaitán, Cardozo, todos tiveram oportunidades de marcar, mas parecia que a bola não queria entrar. O Twente só teve um remate perigoso, pelo habitué do Bryan Ruiz, que saiu ao lado da baliza do Artur.
Confesso que ao intervalo tive um mau pressentimento, porque, com tantas oportunidades falhadas, ainda nos sujeitávamos a um daqueles lances em que o futebol é fértil e teríamos a maior injustiça desportiva da história. Felizmente nada disto aconteceu, já que logo aos 46’ o Witsel fez o 1-0 num meio pontapé de bicicleta depois de um desvio de cabeça do Luisão na sequência de um livre do Gaitán. O Twente abanou ainda mais com o golo (na verdade, estava a abanar durante o jogo todo) e fizemos o 2-0 aos 59’ pelo Luisão, que correspondeu muito bem de cabeça a um canto do Aimar. A eliminatória pendia definitivamente para o nosso lado, mas logo a seguir entrou o extremo-esquerdo Ola John que deu tanto cabo da cabeça do Maxi na 1ª mão e o Twente começou a chegar à nossa baliza (antes disso, nem sequer pisavam a nossa área). Mas nós fizemos o 3-0 aos 66’, numa assistência primorosa do Cardozo que isolou o Witsel para este bisar. A partir daqui descansei, porque apesar de no ano passado ter visto o Lyon a marcar três golos nos últimos 15’, o Twente não é propriamente igual aos franceses e este ano temos um guarda-redes na baliza. Guarda-redes esse que, passados 15 anos, voltou a reeditar o espírito do grande Michel Preud’homme ao fazer uma defesa do outro mundo a um cabeceamento do Ruiz. Festejei como se fosse um golo do Benfica! No entanto, e confirmando aquilo que tem que ser resolvido rapidamente, o adversário não precisa de criar muitas oportunidades para nós não acabarmos o jogo a zero e lá sofremos o golito da ordem aos 85’ pelo inevitável Ruiz. Foi uma pequena mancha evitável numa grande exibição.
Individualmente, o melhor em campo foi o Witsel. Marcou dois golos e esteve fantástico de princípio até (quase) ao fim (depois de passar para a direita, apagou-se um bocado e também já estava desgastado fisicamente). Joga bem e joga simples, os dois atributos que mais aprecio num jogador. O Aimar… bem, começam a faltar palavras para ele. É a pura classe em movimento. O Luisão esteve imperial na defesa e participou directamente em dois dos nossos golos e o Cardozo, o tal que “não joga nada”, fez uma partida de enorme sacrifício, fartou-se de rematar (nem sempre bem, é certo) e culminou na assistência preciosa para o 3-0. Cada vez gosto mais do Artur, que dá uma segurança na baliza que há muitos anos não tínhamos. E aquela defesa…! O Emerson foi outro a fazer um jogão e parece mais confiante. Menos bem, continua a estar o Gaitán, que da a sensação de se alhear do jogo durante vários períodos. Tive pena que o Jesus não tivesse deixado o Nolito até ao fim, porque teria tido a oportunidade de bater o recorde de golos consecutivos do rei Eusébio. Mas, enfim, não se pode ter sensibilidade para tudo.
Este jogo deixou-me com água na boca para o resto da época, mas também um pouco apreensivo. Se formos jogar a Champions desta maneira, arriscamo-nos a ter dissabores: não se podem falhar tantos golos. Temos de ser mais eficazes e talvez deixar a nota artística de lado quando estamos perto da baliza. Vamos ver o que o sorteio nos reserva mais logo, sendo que o grande objectivo da época é o campeonato, portanto só temos a ganhar com esta participação.
P.S. - Os desejos para o sorteio de logo estão aqui.
domingo, agosto 21, 2011
À rasca
Vencemos o Feirense por 3-1 num jogo bem mais difícil do que o resultado possa à partida evidenciar. Foi um triunfo justo, mas passámos por um escusado sofrimento já que nos fartámos de desperdiçar golos, especialmente na 1ª parte.
E bastaram os cinco primeiros jogos oficiais para o Nolito entrar directamente para a história do Benfica. Fez o 1-0 aos 14’ e igualou o feito do Eusébio ao marcar em todos eles. Lançamento lateral do Maxi e desvio de cabeça do Cardozo a assistir o espanhol. Até ao intervalo foi um fartote de falhar golos, com uma bola ao poste do Gaitán, ainda desviada pelo guarda-redes, e remates perigosos do Aimar e Nolito.
A 2ª parte foi bastante diferente, já que o Feirense se lembrou que havia uma baliza do outro lado do campo. E lembrou-se rápido, porque o empatou aos 53’ na sequência de um canto em que a nossa defesa ficou a dormir e mais uma vez o Artur foi batido sem culpa nenhuma. Desunimo-nos um bocado e acusámos o golo, porque nada o faria prever, mas não deixa de ser preocupante a forma fácil como neste início de época sofremos golos quando estamos na frente. Há muito trabalho defensivo ainda a fazer, já que não se pode esbanjar vantagens destas. Um livre do Cardozo a 25m da baliza permitiu uma boa defesa ao guarda-redes, mas eles também colocaram o Artur à prova. Entretanto, o Jesus inovou ao tirar um extremo (Gaitán) para colocar um médio-centro (Witsel) numa substituição que não nos favoreceu em nada e só afunilou mais o nosso jogo. Mas uma insistência do Maxi aos 75’ culminou num centro para o Cardozo encostar. Foi um daqueles golos à ponta-de-lança, em que é “só encostar”, mas o Jara também teve um destes em Barcelos, não é? Há uns para os quais “só encostar” é aparentemente mais fácil do que para outros… Este golo deveria ter terminado com o jogo, mas mesmo assim ainda permitimos que o Feirense criasse perigo em duas ocasiões. Numa delas, o Javi García arriscou ao colocar as mãos num adversário, que aproveitou para se deixar cair. O Sr. Hugo Pacheco, se quisesse, poderia ter decidido aqui o jogo. Pouco depois, foi a vez da nossa defesa ficar novamente a dormir e deixar um adversário desviar a bola praticamente na pequena-área. Felizmente, rematou muito torto. A um minuto do fim, o Bruno César, que entretanto tinha entrado, resolveu arrancar para a baliza, fintar dois adversários e rematar cruzado para fazer um golão. Mesmo assim, o Feirense ainda proporcionou ao Artur outra boa intervenção, que evitou que um adversário que furou no meio dos centrais fizesse golo.
Em termos individuais, há que destacar o Nolito por ter entrado na história do Benfica. O Cardozo, que alguns daqueles inteligentes que não gostam de jogadores que marcam golos (há gostos para tudo…) ainda assobiaram nalguns momentos do jogo, lá marcou o golito da ordem e fez uma assistência para outro. Nada mau, para quem “não joga nada”… O Aimar também continua a revelar a sua boa forma e foi como habitualmente dos mais esclarecidos. Uma palavra ainda para o Maxi por ter decidido o jogo, para o Bruno César por ter marcado um golão e para a estreia do Capdevila (futuramente, o lugar tem que ser dele). Do lado negativo, a nossa defesa revelou falhas de concentração, especialmente na 2ª parte, que não são admissíveis.
Conseguimos a vitória, que era o fundamental, mas ainda estamos muito longe daquilo que podemos, e devemos, produzir. O Jesus veio dizer no final que dá mais atenção ao aspecto ofensivo do que ao defensivo, mas sabe melhor que ninguém que a sofrer golos destes não vamos a lado nenhum. Podemos começar a manter a nossa baliza inviolada já na próxima 4ª feira.
P.S. – Muito bem esteve o Jesus ao não responder ao ataque soez de que foi vítima por parte do treinador do CRAC. Qual cão a tentar alegrar ao seu dono, aquela figurinha menor veio atacar vilmente o carácter do nosso treinador, por este ter considerado que o penalty que lhes deu a vitória em Guimarães foi duvidoso. Nada que seja de espantar vindo do clube de onde vem, que só se sente confortável a chafurdar na imundice que lhes está na massa do sangue nos últimos 30 anos.
E bastaram os cinco primeiros jogos oficiais para o Nolito entrar directamente para a história do Benfica. Fez o 1-0 aos 14’ e igualou o feito do Eusébio ao marcar em todos eles. Lançamento lateral do Maxi e desvio de cabeça do Cardozo a assistir o espanhol. Até ao intervalo foi um fartote de falhar golos, com uma bola ao poste do Gaitán, ainda desviada pelo guarda-redes, e remates perigosos do Aimar e Nolito.
A 2ª parte foi bastante diferente, já que o Feirense se lembrou que havia uma baliza do outro lado do campo. E lembrou-se rápido, porque o empatou aos 53’ na sequência de um canto em que a nossa defesa ficou a dormir e mais uma vez o Artur foi batido sem culpa nenhuma. Desunimo-nos um bocado e acusámos o golo, porque nada o faria prever, mas não deixa de ser preocupante a forma fácil como neste início de época sofremos golos quando estamos na frente. Há muito trabalho defensivo ainda a fazer, já que não se pode esbanjar vantagens destas. Um livre do Cardozo a 25m da baliza permitiu uma boa defesa ao guarda-redes, mas eles também colocaram o Artur à prova. Entretanto, o Jesus inovou ao tirar um extremo (Gaitán) para colocar um médio-centro (Witsel) numa substituição que não nos favoreceu em nada e só afunilou mais o nosso jogo. Mas uma insistência do Maxi aos 75’ culminou num centro para o Cardozo encostar. Foi um daqueles golos à ponta-de-lança, em que é “só encostar”, mas o Jara também teve um destes em Barcelos, não é? Há uns para os quais “só encostar” é aparentemente mais fácil do que para outros… Este golo deveria ter terminado com o jogo, mas mesmo assim ainda permitimos que o Feirense criasse perigo em duas ocasiões. Numa delas, o Javi García arriscou ao colocar as mãos num adversário, que aproveitou para se deixar cair. O Sr. Hugo Pacheco, se quisesse, poderia ter decidido aqui o jogo. Pouco depois, foi a vez da nossa defesa ficar novamente a dormir e deixar um adversário desviar a bola praticamente na pequena-área. Felizmente, rematou muito torto. A um minuto do fim, o Bruno César, que entretanto tinha entrado, resolveu arrancar para a baliza, fintar dois adversários e rematar cruzado para fazer um golão. Mesmo assim, o Feirense ainda proporcionou ao Artur outra boa intervenção, que evitou que um adversário que furou no meio dos centrais fizesse golo.
Em termos individuais, há que destacar o Nolito por ter entrado na história do Benfica. O Cardozo, que alguns daqueles inteligentes que não gostam de jogadores que marcam golos (há gostos para tudo…) ainda assobiaram nalguns momentos do jogo, lá marcou o golito da ordem e fez uma assistência para outro. Nada mau, para quem “não joga nada”… O Aimar também continua a revelar a sua boa forma e foi como habitualmente dos mais esclarecidos. Uma palavra ainda para o Maxi por ter decidido o jogo, para o Bruno César por ter marcado um golão e para a estreia do Capdevila (futuramente, o lugar tem que ser dele). Do lado negativo, a nossa defesa revelou falhas de concentração, especialmente na 2ª parte, que não são admissíveis.
Conseguimos a vitória, que era o fundamental, mas ainda estamos muito longe daquilo que podemos, e devemos, produzir. O Jesus veio dizer no final que dá mais atenção ao aspecto ofensivo do que ao defensivo, mas sabe melhor que ninguém que a sofrer golos destes não vamos a lado nenhum. Podemos começar a manter a nossa baliza inviolada já na próxima 4ª feira.
P.S. – Muito bem esteve o Jesus ao não responder ao ataque soez de que foi vítima por parte do treinador do CRAC. Qual cão a tentar alegrar ao seu dono, aquela figurinha menor veio atacar vilmente o carácter do nosso treinador, por este ter considerado que o penalty que lhes deu a vitória em Guimarães foi duvidoso. Nada que seja de espantar vindo do clube de onde vem, que só se sente confortável a chafurdar na imundice que lhes está na massa do sangue nos últimos 30 anos.
quarta-feira, agosto 17, 2011
Em vantagem
Empatámos na casa do Twente por 2-2 e temos boas perspectivas de chegar à fase de grupos da Liga dos Campeões. Foi uma partida bastante difícil, em que tivemos que sofrer um bom bocado, mas fico com a sensação que a poderíamos ter ganho, apesar de o Artur Moraes ter sido o melhor em campo.
Uma jogada de insistência do Gaitán criou a primeira sensação de perigo, mas foram os holandeses a inaugurar o marcador pelo De Jong logo aos 6’ num remate fora da área. Acusámos um bocado o golo e estava difícil conseguir fazer uma jogada de jeito, quando o Aimar rouba a bola no meio-campo e o Cardozo faz um golaço num remate a 25m da baliza. Nada mau para quem “não joga nada”… Era o minuto 21e aos 35’ colocámo-nos na frente numa óptima combinação atacante, em que participaram Cardozo, Gaitán, Witsel e Nolito, que marcou pelo 5º jogo consecutivo. Até final da 1ª parte, o Artur começou o seu show particular ao defender dois remates de golo.
Na 2ª parte, os holandeses entraram muito fortes e criaram várias situações de perigo. A primeira das quais na única falha do Artur, ao não socar bem uma bola na pequena-área. Mas depois o guarda-redes brasileiro esteve fenomenal ao defender dois remates à queima-roupa em lances de golo iminente. Só não conseguiu suster aos 80’ uma cabeçada desse jogador “fantástico, fantástico”, como diria o grande Futre, chamado Bryan Ruiz, que no entanto fez falta descarada sobre o Emerson, ao saltar para a bola. No ataque, estivemos mais discretos, mas mesmo assim, com um pouco mais de concentração no último passe, poderíamos ter colocado alguns jogadores isolados frente ao guarda-redes. O Nolito teve uma oportunidade dessas já muito perto do final, mas o Mihaylov defendeu com a cabeça!
Em termos individuais, é óbvio que o destaque tem que ir para o Artur, que fez uma exibição do outro mundo. Também gostei bastante do Cardozo, que continua só a saber marcar golos, mas eu desejo que o continue a fazer no Benfica até acabar a carreira. Pelo mesmo preço, não arranjamos outro tão bom como ele. O Nolito foi outro a fazer um jogão, com o condão de ter durado os 90’ desta vez. O Aimar e Witsel também estiveram muito bem, assim como os centrais e o Javi Garcia. Muito longe da sua bitola habitual está o Maxi Pereira, facto a que não deve ser alheio a sua falta de férias.
Daqui a uma semana, temos a 2ª mão na Luz e esperava-se uma vitória para carimbar definitvamente a presença na fase de grupos da Champions. Aliás, isso só não acontecerá com um resultado negativo, o que seria uma surpresa, já que demonstrámos ter melhor equipa que os holandeses. Mas toda a concentração é pouca, porque para desleixos internacionais já nos bastou a Champions do ano passado.
Uma jogada de insistência do Gaitán criou a primeira sensação de perigo, mas foram os holandeses a inaugurar o marcador pelo De Jong logo aos 6’ num remate fora da área. Acusámos um bocado o golo e estava difícil conseguir fazer uma jogada de jeito, quando o Aimar rouba a bola no meio-campo e o Cardozo faz um golaço num remate a 25m da baliza. Nada mau para quem “não joga nada”… Era o minuto 21e aos 35’ colocámo-nos na frente numa óptima combinação atacante, em que participaram Cardozo, Gaitán, Witsel e Nolito, que marcou pelo 5º jogo consecutivo. Até final da 1ª parte, o Artur começou o seu show particular ao defender dois remates de golo.
Na 2ª parte, os holandeses entraram muito fortes e criaram várias situações de perigo. A primeira das quais na única falha do Artur, ao não socar bem uma bola na pequena-área. Mas depois o guarda-redes brasileiro esteve fenomenal ao defender dois remates à queima-roupa em lances de golo iminente. Só não conseguiu suster aos 80’ uma cabeçada desse jogador “fantástico, fantástico”, como diria o grande Futre, chamado Bryan Ruiz, que no entanto fez falta descarada sobre o Emerson, ao saltar para a bola. No ataque, estivemos mais discretos, mas mesmo assim, com um pouco mais de concentração no último passe, poderíamos ter colocado alguns jogadores isolados frente ao guarda-redes. O Nolito teve uma oportunidade dessas já muito perto do final, mas o Mihaylov defendeu com a cabeça!
Em termos individuais, é óbvio que o destaque tem que ir para o Artur, que fez uma exibição do outro mundo. Também gostei bastante do Cardozo, que continua só a saber marcar golos, mas eu desejo que o continue a fazer no Benfica até acabar a carreira. Pelo mesmo preço, não arranjamos outro tão bom como ele. O Nolito foi outro a fazer um jogão, com o condão de ter durado os 90’ desta vez. O Aimar e Witsel também estiveram muito bem, assim como os centrais e o Javi Garcia. Muito longe da sua bitola habitual está o Maxi Pereira, facto a que não deve ser alheio a sua falta de férias.
Daqui a uma semana, temos a 2ª mão na Luz e esperava-se uma vitória para carimbar definitvamente a presença na fase de grupos da Champions. Aliás, isso só não acontecerá com um resultado negativo, o que seria uma surpresa, já que demonstrámos ter melhor equipa que os holandeses. Mas toda a concentração é pouca, porque para desleixos internacionais já nos bastou a Champions do ano passado.
sábado, agosto 13, 2011
O costume…
Pelo sétimo(!) ano consecutivo não vencemos na 1ª jornada do campeonato, ao empatar em Barcelos frente ao Gil Vicente por 2-2. O que torna as coisas ainda mais inacreditáveis é que aos 20’ estávamos a ganhar por 2-0… Sim, “ainda agora começou”, “temos todo o campeonato pela frente”, blá, blá, blá, mas um empate consentido desta maneira não é nada bom sinal.
Com dois golos em 20’, tivemos um começo auspicioso. Nolito, depois de uma abertura brilhante do Rúben Amorim, e Saviola, depois de uma boa combinação com o Jara foram os seus autores, mas tirando estes dois lances, não criámos assim muitas mais oportunidades. Na defesa, a falta do Luisão sentia-se bastante, porque o Jardel é um susto permanente. Temos aqui um grave problema, porque faltando o Luisão ou o Garay a equipa vai logo ressentir-se. Na direita, o Amorim esteve razoável, mas foi de uma falha dele que o Gil Vicente aproveitou para reduzir ainda antes do intervalo.
Na 2ª parte, tivemos uma óptima oportunidade pelo Jara, mas sofremos o empate a 17’ do fim outra vez pelo Laionel, que já no ano passado tinha marcado o golo da Académica na Luz também na 1ª jornada. Até final, não conseguimos criar mais perigo nenhum e deitámos dois pontos à rua.
Em termos individuais, a 1ª parte do Nolito foi muito boa, mas à semelhança de jogos anteriores ele só tende a durar 45’. O Gaitán continua um pouco desleixado do jogo, o que é uma pena, porque é um jogador fabuloso. O Aimar estava a ser dos melhores, estranhei imenso a substituição ao intervalo, mas o Jesus veio dizer que foi por lesão. Ao contrário dos outros jogos, o Witsel não entrou tão bem, facto a que não será alheio o desgaste da selecção belga. O Jara é muito lutador, mas este jogo provou mais uma vez a falta que o Cardozo faz. À atenção de quem gosta muito de assobiá-lo. É que “é só encostar” tem muito que se lhe diga…
Continuo a não perceber algumas coisas no Jesus: 1) porque é que na parte final do jogo não colocou um jogador alto (Matic?) a ponta-de-lança, acabando por não fazer as três substituições; 2) será que o Urreta não estará nesta altura mais adaptado ao futebol português que o Enzo Pérez e, não durando o Nolito os 90’, não seria útil tê-lo sempre no banco?; 3) entre o Emerson e o Capdevila não devia haver dúvidas…; 4) como é que se pode dizer que a equipa entrou para a 2ª parte convencida que o 2-1 daria para ganhar o jogo…?!
Uma equipa que quer ser campeã não pode deixar-se empatar com um primodivisionário depois de estar a ganhar por dois golos. Simples e básico. Uma falsa partida não augura nada de bom. Mas espera-se uma resposta diferente na Holanda na próxima 3ª feira.
Com dois golos em 20’, tivemos um começo auspicioso. Nolito, depois de uma abertura brilhante do Rúben Amorim, e Saviola, depois de uma boa combinação com o Jara foram os seus autores, mas tirando estes dois lances, não criámos assim muitas mais oportunidades. Na defesa, a falta do Luisão sentia-se bastante, porque o Jardel é um susto permanente. Temos aqui um grave problema, porque faltando o Luisão ou o Garay a equipa vai logo ressentir-se. Na direita, o Amorim esteve razoável, mas foi de uma falha dele que o Gil Vicente aproveitou para reduzir ainda antes do intervalo.
Na 2ª parte, tivemos uma óptima oportunidade pelo Jara, mas sofremos o empate a 17’ do fim outra vez pelo Laionel, que já no ano passado tinha marcado o golo da Académica na Luz também na 1ª jornada. Até final, não conseguimos criar mais perigo nenhum e deitámos dois pontos à rua.
Em termos individuais, a 1ª parte do Nolito foi muito boa, mas à semelhança de jogos anteriores ele só tende a durar 45’. O Gaitán continua um pouco desleixado do jogo, o que é uma pena, porque é um jogador fabuloso. O Aimar estava a ser dos melhores, estranhei imenso a substituição ao intervalo, mas o Jesus veio dizer que foi por lesão. Ao contrário dos outros jogos, o Witsel não entrou tão bem, facto a que não será alheio o desgaste da selecção belga. O Jara é muito lutador, mas este jogo provou mais uma vez a falta que o Cardozo faz. À atenção de quem gosta muito de assobiá-lo. É que “é só encostar” tem muito que se lhe diga…
Continuo a não perceber algumas coisas no Jesus: 1) porque é que na parte final do jogo não colocou um jogador alto (Matic?) a ponta-de-lança, acabando por não fazer as três substituições; 2) será que o Urreta não estará nesta altura mais adaptado ao futebol português que o Enzo Pérez e, não durando o Nolito os 90’, não seria útil tê-lo sempre no banco?; 3) entre o Emerson e o Capdevila não devia haver dúvidas…; 4) como é que se pode dizer que a equipa entrou para a 2ª parte convencida que o 2-1 daria para ganhar o jogo…?!
Uma equipa que quer ser campeã não pode deixar-se empatar com um primodivisionário depois de estar a ganhar por dois golos. Simples e básico. Uma falsa partida não augura nada de bom. Mas espera-se uma resposta diferente na Holanda na próxima 3ª feira.
quinta-feira, agosto 11, 2011
Selecção
A selecção nacional derrotou o Luxemburgo por 5-0 no último encontro de preparação antes do jogos decisivos de qualificação para o Euro 2012. Podemos sempre dizer que era um adversário fácil (e era), mas eu lembro-me bem de fantásticos empates contra a poderosa selecção de Cabo Verde há muito pouco tempo. Isto para dizer que continuo a gostar bastante do espírito que o Paulo Bento conseguiu trazer para a equipa. Deste jogo, há a destacar o grande golo do Hugo Almeida e o primeiro do Fábio Coentrão na selecção.
Reparei agora que não cheguei a escrever nada sobre a importante vitória frente à Noruega a 4 de Junho. Foi um jogo na Luz em que lá tive que ocupar o meu lugar para impedir que fosse poluído por algum andrade ou lagarto, mas não dei o meu tempo por mal empregue. Foi uma exibição razoável, em que marcámos pelo Postiga (que, por acaso, até estava a ser dos piores em campo) e em que a exibição menos conseguida do Cristiano Ronaldo lhe valeu alguns assobios. Estou longe de ser um apreciador das características não-futebolísticas do rapaz, mas não me parece muito inteligente por parte do público antagonizar o melhor jogador da equipa.
Esta vitória deu-nos o primeiro lugar do grupo, ex-aequo com os noruegueses e os dinamarqueses, algo que parecia impossível depois do início desastroso da qualificação. Ou seja, mais um grande mérito do Paulo Bento.
domingo, agosto 07, 2011
Preview
Vencemos a Eusébio Cup ao derrotar o Arsenal por 2-1. Foi uma exibição boa da nossa equipa, especialmente na 2ª parte onde já tivemos um cheirinho daquilo que desejamos venha a ser a época. A partir da agora, acabaram os encontros particulares e já é tudo a doer.
Entrámos bem na partida, mas fomos perdendo gás ao logo do 1º tempo. Com uma equipa de não-titulares do meio-campo para a frente, mostrámos alguma dinâmica, mas o Arsenal, com a sua melhor formação, acabou por se conseguir superiorizar e fazer o 1º golo aos 34’. Na 2ª parte, entraram os titulares da Turquia e tudo se alterou. Maior dinamismo, maior rapidez na troca de bola, combinações com elevado grau de nota artística, como diz o Jesus, e óptimas desmarcações deixaram-nos com água na boca. Chegámos à igualdade pelo Aimar aos 50’, numa excelente combinação com o Nolito, e o espanhol voltou a facturar aos 60’ com um bom remate fora da área. Até final da partida, conseguimos controlar o Arsenal, que praticamente não criou perigo e fomos uns justos vencedores.
Individualmente, o Aimar, Nolito e Witsel voltaram a ser dos melhores. A estreia do Capdevila também foi positiva e, mais dia menos dia, o lugar vai ser dele. A dupla de centrais teve uma partida mais trabalhosa que as anteriores, porque o Van Persie & Cia sempre são mais perigosos que os turcos. Gostei do dinamismo do Bruno César no início da partida, mas foi-se esfumando ao longo do tempo. Nota-se que ele e o Enzo Pérez ainda não estão bem sintonizados com o nosso ritmo de jogo, o que também é habitual. O Eduardo foi titular, o que é bom para lhe ir dando minutos, já que espero que não os tenha nos jogos a sério, porque continuo com a melhor das impressões em relação ao Artur. O Matic continua a não me convencer para fazer de Javi García, porque se arranja demasiado à bola, mas é uma situação que pode ser corrigida. Finalmente, uma palavra para o Urreta que, em cinco minutos, voltou a demonstrar que é um jogador que tem mais que lugar no plantel.
Na próxima 6ª feira, abrimos a Liga em Barcelos e não se espera menos que uma vitória. É fundamental entrar bem no campeonato, porque para abébias já bastou a época passada. Em relação a esta variante táctica do Jesus, com mais um médio e menos um ponta-de-lança (4-2-3-1), é perfeita para jogos europeus, mas perante equipas nacionais, que se fartam de defender, é escusada. Até porque, só com o Saviola a ponta-de-lança, perdemos presença na área. No entanto, temos aqui um problema agradável que é onde inserir o Witsel no 4-1-3-2 habitual. O ideal, como diz o meu amigo Artur Hermenegildo, seria jogar com 12… :-)
P.S. – Calhou-nos o Twente do Co Adriaanse para o play-off da Champions. Era a equipa intermédia daquelas que nos poderiam calhar, mas há boas perspectivas de seguir em frente. A nossa história recente com os holandeses não é má e espera que se mantenha assim.
Entrámos bem na partida, mas fomos perdendo gás ao logo do 1º tempo. Com uma equipa de não-titulares do meio-campo para a frente, mostrámos alguma dinâmica, mas o Arsenal, com a sua melhor formação, acabou por se conseguir superiorizar e fazer o 1º golo aos 34’. Na 2ª parte, entraram os titulares da Turquia e tudo se alterou. Maior dinamismo, maior rapidez na troca de bola, combinações com elevado grau de nota artística, como diz o Jesus, e óptimas desmarcações deixaram-nos com água na boca. Chegámos à igualdade pelo Aimar aos 50’, numa excelente combinação com o Nolito, e o espanhol voltou a facturar aos 60’ com um bom remate fora da área. Até final da partida, conseguimos controlar o Arsenal, que praticamente não criou perigo e fomos uns justos vencedores.
Individualmente, o Aimar, Nolito e Witsel voltaram a ser dos melhores. A estreia do Capdevila também foi positiva e, mais dia menos dia, o lugar vai ser dele. A dupla de centrais teve uma partida mais trabalhosa que as anteriores, porque o Van Persie & Cia sempre são mais perigosos que os turcos. Gostei do dinamismo do Bruno César no início da partida, mas foi-se esfumando ao longo do tempo. Nota-se que ele e o Enzo Pérez ainda não estão bem sintonizados com o nosso ritmo de jogo, o que também é habitual. O Eduardo foi titular, o que é bom para lhe ir dando minutos, já que espero que não os tenha nos jogos a sério, porque continuo com a melhor das impressões em relação ao Artur. O Matic continua a não me convencer para fazer de Javi García, porque se arranja demasiado à bola, mas é uma situação que pode ser corrigida. Finalmente, uma palavra para o Urreta que, em cinco minutos, voltou a demonstrar que é um jogador que tem mais que lugar no plantel.
Na próxima 6ª feira, abrimos a Liga em Barcelos e não se espera menos que uma vitória. É fundamental entrar bem no campeonato, porque para abébias já bastou a época passada. Em relação a esta variante táctica do Jesus, com mais um médio e menos um ponta-de-lança (4-2-3-1), é perfeita para jogos europeus, mas perante equipas nacionais, que se fartam de defender, é escusada. Até porque, só com o Saviola a ponta-de-lança, perdemos presença na área. No entanto, temos aqui um problema agradável que é onde inserir o Witsel no 4-1-3-2 habitual. O ideal, como diz o meu amigo Artur Hermenegildo, seria jogar com 12… :-)
P.S. – Calhou-nos o Twente do Co Adriaanse para o play-off da Champions. Era a equipa intermédia daquelas que nos poderiam calhar, mas há boas perspectivas de seguir em frente. A nossa história recente com os holandeses não é má e espera que se mantenha assim.
quinta-feira, agosto 04, 2011
Era para ganhar…
Empatámos (1-1) frente ao Trabzonspor e qualificámo-nos para o play-off de acesso à Liga dos Campeões. O mais importante foi conseguido e o facto de marcarmos primeiro, logo aos 19’, serviu para nos (me) tranquilizar. No entanto, este jogo esteve longe de me satisfazer.
A nossa supremacia foi notória e foi com agrado que vi o Benfica tentar marcar um golo logo desde o início. O que acabámos por conseguir pelo Nolito, que dominou mal a bola e fez um remate enrolado, mas o importante foi conseguido. A eliminatória ficou praticamente resolvida, mas um erro defensivo permitiu o empate aos 32’. Até final da 1ª parte e durante toda a 2ª, os turcos quase não criaram oportunidades ao passo que nós falhámos alguns golos de maneira incrível. Tudo ficou mais fácil a partir dos 60’ com a expulsão de um adversário, mas nem assim conseguimos chegar à vitória.
Questão prévia: se me tivessem proposto este resultado antes do início da partida, assinava logo. Só que depois de ver o que se passou e as vicissitudes do jogo, acabei por ficar chateado no fim. O conceito de “controlar o jogo” é algo que, quem me lê há algum tempo já sabe, me irrita. Idealmente o futebol é para marcar golos, quer estejamos a ganhar por um, quer por cinco (e isto até é um dos grande méritos do Jesus no Benfica, querer sempre mais golos). Ora bem, nas competições europeias há que ter um pouco mais de cuidado e não ir para cima deles à maluca. Portanto, “controla-se mais o jogo”. Mas é suposto “controlá-lo” quando estamos a ganhar! Não quando estamos empatados! Ainda por cima, com a eliminatória praticamente resolvida aos 19’ e a jogar com mais um a partir dos 60’, acho inacreditável que o Benfica não tenha feito tudo para o ganhar. Sim, criámos oportunidades, mas abusámos da lentidão e dos passes laterais, quando tínhamos todas as condições para forçar um pouco mais e conseguir a vitória. Não só nos dava moral para o futuro, como era bom para o nosso ranking na Uefa. Empatar quando não se faz tudo para ganhar é algo que me chateia profundamente.
Individualmente, destaco o Witsel que esteve em todo o lado, a 1ª parte do Nolito (embora seja um pouco trapalhão às vezes) e a segurança que o Artur empresta a toda a equipa. O resto da equipa esteve razoável, mas nota-se que ainda há muita margem de progressão. Se o Saviola fizesse umas horinhas extras de domínio de bola, não lhe faria mal nenhum… Parece que desaprendeu. Nota negativa igualmente para a quantidade de amarelos que levámos, alguns deles bem estúpidos, que nos poderão sair caro no futuro. Espero que o facto de o Cardozo ter sido suplente não tenha tido nada a ver com o grande disparate de que se fala, ou seja uma possível troca dele pelo Hugo Almeida…
No sorteio de 6ª feira, era bom que não nos calhassem nem os italianos da Udinese, nem os russos do Rubin Kazan. Quanto aos restantes (Odense, Zurique e Twente), talvez os holandeses sejam os mais complicados, mas qualquer um destes cinco temos obrigação de passar.
A nossa supremacia foi notória e foi com agrado que vi o Benfica tentar marcar um golo logo desde o início. O que acabámos por conseguir pelo Nolito, que dominou mal a bola e fez um remate enrolado, mas o importante foi conseguido. A eliminatória ficou praticamente resolvida, mas um erro defensivo permitiu o empate aos 32’. Até final da 1ª parte e durante toda a 2ª, os turcos quase não criaram oportunidades ao passo que nós falhámos alguns golos de maneira incrível. Tudo ficou mais fácil a partir dos 60’ com a expulsão de um adversário, mas nem assim conseguimos chegar à vitória.
Questão prévia: se me tivessem proposto este resultado antes do início da partida, assinava logo. Só que depois de ver o que se passou e as vicissitudes do jogo, acabei por ficar chateado no fim. O conceito de “controlar o jogo” é algo que, quem me lê há algum tempo já sabe, me irrita. Idealmente o futebol é para marcar golos, quer estejamos a ganhar por um, quer por cinco (e isto até é um dos grande méritos do Jesus no Benfica, querer sempre mais golos). Ora bem, nas competições europeias há que ter um pouco mais de cuidado e não ir para cima deles à maluca. Portanto, “controla-se mais o jogo”. Mas é suposto “controlá-lo” quando estamos a ganhar! Não quando estamos empatados! Ainda por cima, com a eliminatória praticamente resolvida aos 19’ e a jogar com mais um a partir dos 60’, acho inacreditável que o Benfica não tenha feito tudo para o ganhar. Sim, criámos oportunidades, mas abusámos da lentidão e dos passes laterais, quando tínhamos todas as condições para forçar um pouco mais e conseguir a vitória. Não só nos dava moral para o futuro, como era bom para o nosso ranking na Uefa. Empatar quando não se faz tudo para ganhar é algo que me chateia profundamente.
Individualmente, destaco o Witsel que esteve em todo o lado, a 1ª parte do Nolito (embora seja um pouco trapalhão às vezes) e a segurança que o Artur empresta a toda a equipa. O resto da equipa esteve razoável, mas nota-se que ainda há muita margem de progressão. Se o Saviola fizesse umas horinhas extras de domínio de bola, não lhe faria mal nenhum… Parece que desaprendeu. Nota negativa igualmente para a quantidade de amarelos que levámos, alguns deles bem estúpidos, que nos poderão sair caro no futuro. Espero que o facto de o Cardozo ter sido suplente não tenha tido nada a ver com o grande disparate de que se fala, ou seja uma possível troca dele pelo Hugo Almeida…
No sorteio de 6ª feira, era bom que não nos calhassem nem os italianos da Udinese, nem os russos do Rubin Kazan. Quanto aos restantes (Odense, Zurique e Twente), talvez os holandeses sejam os mais complicados, mas qualquer um destes cinco temos obrigação de passar.
segunda-feira, agosto 01, 2011
Afinal, sempre há milagres!
Como o comunicado à CMVM o oficializa, pode considerar-se que a venda de um guarda-redes como o Roberto para o Saragoça por 8,6 milhões de euros, gerando uma mais-valia de 100 mil euros em relação ao que custou e depois de tudo o que aconteceu na época passada, é DE LONGE o melhor negócio da história do Benfica. Os meus sinceríssimos parabéns a quem o protagonizou! Nunca esperei que conseguíssemos impingir o barrete a outro, mas o Saragoça não tem desculpa porque já lá o teve durante meia época. Portanto, não se pode considerar que tenhamos aldrabado ninguém.
Ainda em relação a jogadores, uma interacção curiosa que tive com um sócio no jogo contra os turcos pode ser lida aqui.
Ainda em relação a jogadores, uma interacção curiosa que tive com um sócio no jogo contra os turcos pode ser lida aqui.
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