domingo, março 29, 2009
"E o burro sou eu?!" - Parte III
Portugal - 0 - Suécia - 0
Ah e tal, jogámos melhor; ah e tal, rematámos 26 vezes à baliza; ah e tal, pressionámos o adversário; ah e tal, enviámos uma bola ao poste. Pois, mas entra-se em campo sem ponta-de-lança num jogo que era imperativo ganhar. E nem sequer se convoca o 4º melhor marcador de sempre da selecção. Depois, não se queixem. Espetámos mais um prego no caixão da nossa (não) qualificação para o Mundial. Com o jogadores que temos, será uma grande vergonha. Mas aposto que o principal responsável não terá a decência de colocar o lugar à disposição no final da qualificação... É o país que temos.
Ah e tal, jogámos melhor; ah e tal, rematámos 26 vezes à baliza; ah e tal, pressionámos o adversário; ah e tal, enviámos uma bola ao poste. Pois, mas entra-se em campo sem ponta-de-lança num jogo que era imperativo ganhar. E nem sequer se convoca o 4º melhor marcador de sempre da selecção. Depois, não se queixem. Espetámos mais um prego no caixão da nossa (não) qualificação para o Mundial. Com o jogadores que temos, será uma grande vergonha. Mas aposto que o principal responsável não terá a decência de colocar o lugar à disposição no final da qualificação... É o país que temos.
domingo, março 22, 2009
Ganhar à CRAC
Vencemos os lagartos nos penalties (3-2) na final da Taça da Liga depois de um empate (1-1) no fim dos 90’. Conquistámos o primeiro (e infelizmente calculo que seja o único) troféu da época, o que é sempre bom para o nosso palmarés, mesmo que seja a competição com menos tradição no nosso futebol, mas não posso dizer que esteja orgulhoso com a forma como essa vitória aconteceu (já lá vamos).
O Quique surpreendeu ao colocar o Nuno Gomes ao lado do Suazo e estando igualmente o Aimar em campo, mas não se desviou um milímetro do seu mui querido 4-4-2 clássico. Ou seja, em vez de colocar o Aimar atrás dos avançados, colocou-o na esquerda, com o Reyes na direita e o Katsouranis e o Ruben Amorim no meio. Garantiu mais presença na área, é certo, mas o nosso futebol continua muito longe de entusiasmar. No entanto, poderíamos (e deveríamos) ter marcado logo aos 3’, quando na sequência de um contra-ataque o Nuno Gomes isolado permitiu a defesa ao Tiago. Ainda pensei que fosse o prenúncio de uma boa exibição, mas com excepção de um ou outro lance mais fortuito nunca conseguimos criar tanto perigo como nessa jogada. Os lagartos também só tiveram uma boa oportunidade na 1ª parte, com o David Luiz a salvar sobre a linha um remate do inevitável Liedson. O jogo estava a ser muito disputado, mas a qualidade do futebol era mediana.
Na 2ª parte, e para não variar nos jogos mais recentes, entrámos muito mal e sofremos o golo logo aos 48’. O Reyes não acompanhou o Caneira num ataque pela esquerda, este centrou à vontade, o Liedson atirou ao poste e na recarga o Pereirinha não falhou, apesar de a bola ainda ter tocado no poste. Temia-se o pior e os minutos seguintes confirmaram-no. A nossa equipa tem grandes problemas quando sofre um golo e houve uma desconcentração geral no período a seguir. Os lagartos pressionaram, criaram algumas oportunidades, embora não muito flagrantes, mas felizmente não conseguiram marcar. Por seu turno, nós só conseguíamos criar perigo de bola parada. Atirámos assim uma bola à barra pelo Miguel Vítor, mas uma jogada de ataque com pés e cabeça nem vê-la. O Di María entrou para o lugar do Nuno Gomes (continuando o inenarrável Suazo em campo) e esteve no lance muito polémico que deu origem ao penalty a nosso favor. Devo dizer duas coisas: no 2º anel do estádio, e estando de frente para a jogada, estranhei logo que o Sr. Lucílio Baptista tivesse assinalado penalty, porque me pareceu que a bola tinha batido no peito; na TSF, o repórter de campo disse que não tinha dúvidas nenhumas que a bola tinha batido no braço do Pedro Silva (e algumas horas depois quando revi o lance na televisão, o repórter de campo da SIC disse em directo EXACTAMENTE a mesma coisa). Dito isto, é ÓBVIO que não é penalty nenhum. Foi uma decisão incompreensível do Sr. Lucílio Baptista, que, dado o seu historial em jogos do Benfica, só pode ter sido um enorme equívoco. Aferir daqui outras intenções é de quem tem memória MUITO curta e não se lembra do que este senhor já nos fez no passado. O Reyes marcou muito bem o penalty e empatámos a partida. Na sequência do lance, o Pedro Silva levou o segundo amarelo e deu uma peitada ao árbitro. Sempre quero ver se tem a benevolência deste ou não. Estando a jogar contra 10 no último quarto-de-hora, devo dizer que infelizmente não se notou nada. Não se percebe como é que o Benfica, com os jogadores que tem, não consegue tornar evidente no campo a superioridade numérica. Eu faço ideia se fosse ao contrário... Como o jogo se aproximava do fim, aguardava-se a entrada do Cardozo para os penalties, o que veio a acontecer, mas para espanto de todos, quando era o Suazo a pedir a substituição, quem saiu foi o Reyes (que tinha marcado bem o penalty...). Resultado: no lance a seguir, o Suazo lesionou-se e jogámos os últimos minutos em igualdade numérica. Incompreensível esta decisão do Quique... Nos penalties fomos mais felizes e contámos com um super-Quim que defendeu três!
Individualmente gostei do Miguel Vítor e pouco mais. O Quim não esteve muito seguro durante a partida, mas compensou e de que maneira nos penalties. O David Luiz viu os lagartos utilizarem quase em exclusivo o seu flanco para atacar e muitas vezes não tinha a ajuda necessária do Aimar. O Reyes passou muito ao lado do jogo e só se fez notar nas bolas paradas. Talvez por ter vindo de lesão, o Ruben Amorim não esteve tão bem como em encontros anteriores. O Katouranis fez um jogo regular e foi dos melhorzinhos, mas aquele penalty foi marcado de forma muito desconcentrada. O Nuno Gomes não pode falhar golos daqueles, mas farta-se de lutar em campo. O Suazo foi um zero absoluto. Provavelmente por ter vindo de lesão e não estar nas melhores condições físicas, mas se é assim mais vale não jogar! Agora, fazer figura de corpo presente, tirando uma ou outra arrancada mas sem dar seguimento ao lance, é que não é nada.
Tive a experiência do que é ganhar um título com intervenção externa, tal como o CRAC tem vindo a fazer nos últimos 30 anos, e sinceramente AINDA BEM que não sou um adepto deles. Eu não sou hipócrita, sem escrúpulos e defensor de que os fins justificam os meios e, por isso, isto assim não tem o mesmo sabor. No entanto, tem que ser referido que as nossas contas com o Sr. Lucílio Baptista NÃO estão DE FORMA ALGUMA saldadas. A Taça da Liga é uma competição menor e este jogo dele na época passada (imagens aqui), que ajudou a que ficássemos fora da Champions, só para dar o exemplo mais recente, ainda me está muito entalado na garganta. Vamos é ver se esta partida não vai ter como consequência ficarmos fora da Liga do Campeões, por causa de arbitragens na senda das que temos tido no campeonato (e que já nos custaram diversos pontos)... É que já se percebeu que, para os lagartos o Apito Dourado não tem importância nenhuma. O grande escândalo do futebol português dos últimos 30 anos foi este jogo. Tristes...
O Quique surpreendeu ao colocar o Nuno Gomes ao lado do Suazo e estando igualmente o Aimar em campo, mas não se desviou um milímetro do seu mui querido 4-4-2 clássico. Ou seja, em vez de colocar o Aimar atrás dos avançados, colocou-o na esquerda, com o Reyes na direita e o Katsouranis e o Ruben Amorim no meio. Garantiu mais presença na área, é certo, mas o nosso futebol continua muito longe de entusiasmar. No entanto, poderíamos (e deveríamos) ter marcado logo aos 3’, quando na sequência de um contra-ataque o Nuno Gomes isolado permitiu a defesa ao Tiago. Ainda pensei que fosse o prenúncio de uma boa exibição, mas com excepção de um ou outro lance mais fortuito nunca conseguimos criar tanto perigo como nessa jogada. Os lagartos também só tiveram uma boa oportunidade na 1ª parte, com o David Luiz a salvar sobre a linha um remate do inevitável Liedson. O jogo estava a ser muito disputado, mas a qualidade do futebol era mediana.
Na 2ª parte, e para não variar nos jogos mais recentes, entrámos muito mal e sofremos o golo logo aos 48’. O Reyes não acompanhou o Caneira num ataque pela esquerda, este centrou à vontade, o Liedson atirou ao poste e na recarga o Pereirinha não falhou, apesar de a bola ainda ter tocado no poste. Temia-se o pior e os minutos seguintes confirmaram-no. A nossa equipa tem grandes problemas quando sofre um golo e houve uma desconcentração geral no período a seguir. Os lagartos pressionaram, criaram algumas oportunidades, embora não muito flagrantes, mas felizmente não conseguiram marcar. Por seu turno, nós só conseguíamos criar perigo de bola parada. Atirámos assim uma bola à barra pelo Miguel Vítor, mas uma jogada de ataque com pés e cabeça nem vê-la. O Di María entrou para o lugar do Nuno Gomes (continuando o inenarrável Suazo em campo) e esteve no lance muito polémico que deu origem ao penalty a nosso favor. Devo dizer duas coisas: no 2º anel do estádio, e estando de frente para a jogada, estranhei logo que o Sr. Lucílio Baptista tivesse assinalado penalty, porque me pareceu que a bola tinha batido no peito; na TSF, o repórter de campo disse que não tinha dúvidas nenhumas que a bola tinha batido no braço do Pedro Silva (e algumas horas depois quando revi o lance na televisão, o repórter de campo da SIC disse em directo EXACTAMENTE a mesma coisa). Dito isto, é ÓBVIO que não é penalty nenhum. Foi uma decisão incompreensível do Sr. Lucílio Baptista, que, dado o seu historial em jogos do Benfica, só pode ter sido um enorme equívoco. Aferir daqui outras intenções é de quem tem memória MUITO curta e não se lembra do que este senhor já nos fez no passado. O Reyes marcou muito bem o penalty e empatámos a partida. Na sequência do lance, o Pedro Silva levou o segundo amarelo e deu uma peitada ao árbitro. Sempre quero ver se tem a benevolência deste ou não. Estando a jogar contra 10 no último quarto-de-hora, devo dizer que infelizmente não se notou nada. Não se percebe como é que o Benfica, com os jogadores que tem, não consegue tornar evidente no campo a superioridade numérica. Eu faço ideia se fosse ao contrário... Como o jogo se aproximava do fim, aguardava-se a entrada do Cardozo para os penalties, o que veio a acontecer, mas para espanto de todos, quando era o Suazo a pedir a substituição, quem saiu foi o Reyes (que tinha marcado bem o penalty...). Resultado: no lance a seguir, o Suazo lesionou-se e jogámos os últimos minutos em igualdade numérica. Incompreensível esta decisão do Quique... Nos penalties fomos mais felizes e contámos com um super-Quim que defendeu três!
Individualmente gostei do Miguel Vítor e pouco mais. O Quim não esteve muito seguro durante a partida, mas compensou e de que maneira nos penalties. O David Luiz viu os lagartos utilizarem quase em exclusivo o seu flanco para atacar e muitas vezes não tinha a ajuda necessária do Aimar. O Reyes passou muito ao lado do jogo e só se fez notar nas bolas paradas. Talvez por ter vindo de lesão, o Ruben Amorim não esteve tão bem como em encontros anteriores. O Katouranis fez um jogo regular e foi dos melhorzinhos, mas aquele penalty foi marcado de forma muito desconcentrada. O Nuno Gomes não pode falhar golos daqueles, mas farta-se de lutar em campo. O Suazo foi um zero absoluto. Provavelmente por ter vindo de lesão e não estar nas melhores condições físicas, mas se é assim mais vale não jogar! Agora, fazer figura de corpo presente, tirando uma ou outra arrancada mas sem dar seguimento ao lance, é que não é nada.
Tive a experiência do que é ganhar um título com intervenção externa, tal como o CRAC tem vindo a fazer nos últimos 30 anos, e sinceramente AINDA BEM que não sou um adepto deles. Eu não sou hipócrita, sem escrúpulos e defensor de que os fins justificam os meios e, por isso, isto assim não tem o mesmo sabor. No entanto, tem que ser referido que as nossas contas com o Sr. Lucílio Baptista NÃO estão DE FORMA ALGUMA saldadas. A Taça da Liga é uma competição menor e este jogo dele na época passada (imagens aqui), que ajudou a que ficássemos fora da Champions, só para dar o exemplo mais recente, ainda me está muito entalado na garganta. Vamos é ver se esta partida não vai ter como consequência ficarmos fora da Liga do Campeões, por causa de arbitragens na senda das que temos tido no campeonato (e que já nos custaram diversos pontos)... É que já se percebeu que, para os lagartos o Apito Dourado não tem importância nenhuma. O grande escândalo do futebol português dos últimos 30 anos foi este jogo. Tristes...
domingo, março 15, 2009
Acabou
Perdemos em casa frente ao V. Guimarães (0-1) e devemos ter dito de vez adeus ao título. Como duvido que o CRAC não vença a Naval em casa é muito provável que fiquemos a cinco pontos deles, o que a oito jornadas do fim e tendo nós o calendário mais difícil me parece insuperável. Para tornar as coisas piores, descemos ao 3º lugar, já que os lagartos venceram em casa o Rio Ave.
Tenho muito pouca vontade de escrever sobre este jogo, já que os 47.102 espectadores não mereciam a desfaçatez que o Benfica lhes provocou. O ambiente fez lembrar a época do último título, com o público a tornar-se o 12º jogador, mas infelizmente isso não teve correspondência em campo. Fizemos uma 1ª parte melhor que as últimas em nossa casa, mas o resultado prático foi o mesmo: zero golos. Com a agravante de não termos tido nenhuma clara situação para marcar. Os jogadores esforçam-se, mas o futebol produzido continua a ser confrangedor. Estamos com oito meses na temporada e não se vislumbra evolução nenhuma, antes pelo contrário. Os números são óptimos para o provar: temos praticamente os mesmos pontos da época passada, houve nove vitórias pela margem mínima num total de 12 e, o PIOR de tudo, só numa única(!) ocasião fomos para o intervalo a ganhar nos onze jogos em casa. Lamento que nesta altura da época o nosso treinador ainda não tenha percebido que é PRECISO jogar com dois avançados e que o Aimar NÃO É um deles! A maioria das equipas fecha-se muito na defesa e sem presença na área não conseguimos nada.
Deixo aqui umas quantas perguntas que gostaria que o Sr. Quique Flores me respondesse:
- O Cardozo não esteve nada feliz neste jogo, mas sendo o único jogador que sabe rematar à baliza, é perigoso nos livres e não falha penalties, PORQUE É QUE foi substituído com o resultado em 0-0?! Continuámos só com um ponta-de-lança (Nuno Gomes) num jogo que era impreterível ganhar?! E depois vem dizer na conferência de imprensa que o paraguaio estava muito “estático” e os dois centrais do V. Guimarães estavam sempre em cima dele? POR ISSO MESMO, é que era importante colocar o Nuno Gomes AO LADO dele e não em vez dele!
- Porque é que o Mantorras não esteve no banco?! Será que o Sr. Quique Flores não assistiu ao Benfica – Rio Ave?! Ou ninguém lhe disse como é que o último campeonato foi ganho? Ainda por cima para colocar um jogador(?) como o Balboa a 10’ do fim...?!
- Porque é que o Di María, com os seus 21 anos, rebentou aos 60’? Por acaso, jogou a meio da semana...?
- Como é possível a equipa ter entrado tão desconcentrada na 2ª parte? A fazer lembrar o jogo no WC?
Para o próximo fim-de-semana NÃO ADMITO outro resultado que não a vitória na final da Taça da Liga. Que mesmo assim não será suficiente para fazer esquecer a tremenda decepção deste jogo. No entanto, NÃO PODEMOS passar mais uma época sem ganhar nada e muito provavelmente esta será a única competição em que teremos hipóteses de o fazer.
P.S. - O golo do V. Guimarães é marcado em fora-de-jogo. Por muito pouco, mas é mesmo fora-de-jogo. Isto não justifica de todo a nossa exibição, mas o Sr. Jorge Sousa, mais uma vez, fica ligado a um resultado negativo frente a este clube.
Tenho muito pouca vontade de escrever sobre este jogo, já que os 47.102 espectadores não mereciam a desfaçatez que o Benfica lhes provocou. O ambiente fez lembrar a época do último título, com o público a tornar-se o 12º jogador, mas infelizmente isso não teve correspondência em campo. Fizemos uma 1ª parte melhor que as últimas em nossa casa, mas o resultado prático foi o mesmo: zero golos. Com a agravante de não termos tido nenhuma clara situação para marcar. Os jogadores esforçam-se, mas o futebol produzido continua a ser confrangedor. Estamos com oito meses na temporada e não se vislumbra evolução nenhuma, antes pelo contrário. Os números são óptimos para o provar: temos praticamente os mesmos pontos da época passada, houve nove vitórias pela margem mínima num total de 12 e, o PIOR de tudo, só numa única(!) ocasião fomos para o intervalo a ganhar nos onze jogos em casa. Lamento que nesta altura da época o nosso treinador ainda não tenha percebido que é PRECISO jogar com dois avançados e que o Aimar NÃO É um deles! A maioria das equipas fecha-se muito na defesa e sem presença na área não conseguimos nada.
Deixo aqui umas quantas perguntas que gostaria que o Sr. Quique Flores me respondesse:
- O Cardozo não esteve nada feliz neste jogo, mas sendo o único jogador que sabe rematar à baliza, é perigoso nos livres e não falha penalties, PORQUE É QUE foi substituído com o resultado em 0-0?! Continuámos só com um ponta-de-lança (Nuno Gomes) num jogo que era impreterível ganhar?! E depois vem dizer na conferência de imprensa que o paraguaio estava muito “estático” e os dois centrais do V. Guimarães estavam sempre em cima dele? POR ISSO MESMO, é que era importante colocar o Nuno Gomes AO LADO dele e não em vez dele!
- Porque é que o Mantorras não esteve no banco?! Será que o Sr. Quique Flores não assistiu ao Benfica – Rio Ave?! Ou ninguém lhe disse como é que o último campeonato foi ganho? Ainda por cima para colocar um jogador(?) como o Balboa a 10’ do fim...?!
- Porque é que o Di María, com os seus 21 anos, rebentou aos 60’? Por acaso, jogou a meio da semana...?
- Como é possível a equipa ter entrado tão desconcentrada na 2ª parte? A fazer lembrar o jogo no WC?
Para o próximo fim-de-semana NÃO ADMITO outro resultado que não a vitória na final da Taça da Liga. Que mesmo assim não será suficiente para fazer esquecer a tremenda decepção deste jogo. No entanto, NÃO PODEMOS passar mais uma época sem ganhar nada e muito provavelmente esta será a única competição em que teremos hipóteses de o fazer.
P.S. - O golo do V. Guimarães é marcado em fora-de-jogo. Por muito pouco, mas é mesmo fora-de-jogo. Isto não justifica de todo a nossa exibição, mas o Sr. Jorge Sousa, mais uma vez, fica ligado a um resultado negativo frente a este clube.
domingo, março 08, 2009
Boa prenda
Neste dia tão especial para mim e em que se completam três anos de uma das maiores alegrias da minha vida, vencemos a Naval na Figueira da Foz por 2-1. Para não destoar, foi mais um jogo muito sofrido, muito por nossa culpa, mas o mais importante ficou garantido, especialmente porque como os rivais já tinham ganho, uma não-vitória da nossa parte seria devastadora sob o ponto de vista anímico.
Quando o Aimar abriu o marcador logo aos três minutos, pensei: “queres ver que o Glorioso me vai dar uma prenda adicional, para além da vitória, que é ver FINALMENTE um jogo nas calmas?” Infelizmente, foi pura ilusão. A nossa 1ª parte foi lamentável do ponto de vista ofensivo, já que conseguimos não criar mais nenhum perigo para além do golo! É certo que estivemos bem na defesa, não permitindo que o adversário construísse situações de golo, mas a nossa equipa não deveria mostrar-se satisfeita por ganhar 1-0 à Naval... Tivemos a sorte do jogo por o adversário ter marcado o golo do empate logo aos 53’, o que nos permitiu ter tempo para ir para a frente e tentar modificar o marcador. E foi isso mesmo que fizemos! Agora, a pergunta que se impõe é: PORQUE É QUE O BENFICA NÃO FEZ ISTO quando estava 1-0? Porque é que se está sempre à espera do empate e de situações adversas para se começar a jogar à bola? Já aqui disse mais de uma vez que ODEIO o “controlar a partida” com a vantagem de um golo. Porque estamos sempre à mercê de um “lance fortuito” que empata o jogo e depois ficamos muito tristes porque “não merecíamos tal sorte”. É verdade, mas por isso mesmo é que É PRECISO ter pelo menos dois golos de vantagem, porque a eventualidade de acontecerem dois “lances fortuitos” na mesma partida é muito menor! E hoje aconteceu isso mesmo, estávamos a “controlar o jogo”, mas um lançamento lateral e um ressalto no Luisão colocaram a bola à mercê do Marcelinho que empatou o encontro. Depois até final só se viu a nossa equipa em campo e tivemos duas excelentes oportunidades pelo Di María (ao poste) e o Cardozo (remate de ângulo muito difícil ligeiramente ao lado), antes do golo da vitória pelo Katsouranis aos 73’. A Naval não conseguiu criar mais perigo e a nossa vitória é mais que justa.
Os destaques individuais são pela 2ª parte, já que da 1ª só se aproveitou o golo do Aimar. O Di María esteve muito bem, facto a que não será alheio a sua mudança para a esquerda, com o Reyes na direita. O Katsouranis foi essencial para a vitória, com um golo de cabeça muito oportuno. O Aimar sobe de forma a olhos vistos e até já marca golos! Apesar de algumas intervenções iniciais menos acertadas, também gostei do Miguel Vítor, até porque foi dele a assistência de cabeça para o segundo golo. E o Moreira sofre um golo pelo segundo jogo consecutivo sem fazer uma defesa difícil.
Este campeonato vai ser um sofrimento até final, mas eu espero que este jogo nos sirva de lição. É perfeitamente escusado sofrer desta maneira. Na 1ª parte, a Naval fartou-se de abrir espaços na defesa porque estava balanceada no ataque, mas como nós não acertávamos três passes seguidos(!) nunca conseguimos criar perigo. E nesta fase da época isto não se devia admitir na nossa equipa, até porque os mesmos jogadores pareciam outros depois do golo do empate. O “se” que eu coloco é: como seria se o golo deles fosse mais perto do final? Façam o “controlo do jogo” à vontade, mas POR FAVOR com uma vantagem de pelo menos dois golos. Pode ser?
P.S. – Vai haver um festival durante esta semana toda, porque o golo da vitória surgiu na sequência de um livre em que não houve falta. A bola bateu na cara de um jogador da Naval e não na mão, se bem que na imagem vista de trás dê mesmo a impressão que foi com a mão. O Sr. João Ferreira equivocou-se e assinalou mal o livre. SÓ QUE comparar um livre ainda longe da baliza com um penalty ou um fora-de-jogo mal assinalado é, como diria o Mourinho, uma prostituição intelectual. Mas vai haver gente que o vai fazer, não tenhamos dúvidas. Aliás, de certeza que será gente adepta de um clube que está muito habituado a lidar com estas senhoras.
P.P.S. – E vai escamotear-se o facto de o Hugo Morais, jogador do Leixões, ter saltado com os braços no ar num canto a favor do CRAC, provocando um óbvio penalty quando ainda estava 0-0. Um lance completamente absurdo (ou talvez não...), aliás muito semelhante ao que o Filipe Lopes, do Nacional, fez no último minuto do jogo precisamente contra o mesmo adversário e quando a partida também estava empatada. Que coincidências existem no futebol em Portugal...
Quando o Aimar abriu o marcador logo aos três minutos, pensei: “queres ver que o Glorioso me vai dar uma prenda adicional, para além da vitória, que é ver FINALMENTE um jogo nas calmas?” Infelizmente, foi pura ilusão. A nossa 1ª parte foi lamentável do ponto de vista ofensivo, já que conseguimos não criar mais nenhum perigo para além do golo! É certo que estivemos bem na defesa, não permitindo que o adversário construísse situações de golo, mas a nossa equipa não deveria mostrar-se satisfeita por ganhar 1-0 à Naval... Tivemos a sorte do jogo por o adversário ter marcado o golo do empate logo aos 53’, o que nos permitiu ter tempo para ir para a frente e tentar modificar o marcador. E foi isso mesmo que fizemos! Agora, a pergunta que se impõe é: PORQUE É QUE O BENFICA NÃO FEZ ISTO quando estava 1-0? Porque é que se está sempre à espera do empate e de situações adversas para se começar a jogar à bola? Já aqui disse mais de uma vez que ODEIO o “controlar a partida” com a vantagem de um golo. Porque estamos sempre à mercê de um “lance fortuito” que empata o jogo e depois ficamos muito tristes porque “não merecíamos tal sorte”. É verdade, mas por isso mesmo é que É PRECISO ter pelo menos dois golos de vantagem, porque a eventualidade de acontecerem dois “lances fortuitos” na mesma partida é muito menor! E hoje aconteceu isso mesmo, estávamos a “controlar o jogo”, mas um lançamento lateral e um ressalto no Luisão colocaram a bola à mercê do Marcelinho que empatou o encontro. Depois até final só se viu a nossa equipa em campo e tivemos duas excelentes oportunidades pelo Di María (ao poste) e o Cardozo (remate de ângulo muito difícil ligeiramente ao lado), antes do golo da vitória pelo Katsouranis aos 73’. A Naval não conseguiu criar mais perigo e a nossa vitória é mais que justa.
Os destaques individuais são pela 2ª parte, já que da 1ª só se aproveitou o golo do Aimar. O Di María esteve muito bem, facto a que não será alheio a sua mudança para a esquerda, com o Reyes na direita. O Katsouranis foi essencial para a vitória, com um golo de cabeça muito oportuno. O Aimar sobe de forma a olhos vistos e até já marca golos! Apesar de algumas intervenções iniciais menos acertadas, também gostei do Miguel Vítor, até porque foi dele a assistência de cabeça para o segundo golo. E o Moreira sofre um golo pelo segundo jogo consecutivo sem fazer uma defesa difícil.
Este campeonato vai ser um sofrimento até final, mas eu espero que este jogo nos sirva de lição. É perfeitamente escusado sofrer desta maneira. Na 1ª parte, a Naval fartou-se de abrir espaços na defesa porque estava balanceada no ataque, mas como nós não acertávamos três passes seguidos(!) nunca conseguimos criar perigo. E nesta fase da época isto não se devia admitir na nossa equipa, até porque os mesmos jogadores pareciam outros depois do golo do empate. O “se” que eu coloco é: como seria se o golo deles fosse mais perto do final? Façam o “controlo do jogo” à vontade, mas POR FAVOR com uma vantagem de pelo menos dois golos. Pode ser?
P.S. – Vai haver um festival durante esta semana toda, porque o golo da vitória surgiu na sequência de um livre em que não houve falta. A bola bateu na cara de um jogador da Naval e não na mão, se bem que na imagem vista de trás dê mesmo a impressão que foi com a mão. O Sr. João Ferreira equivocou-se e assinalou mal o livre. SÓ QUE comparar um livre ainda longe da baliza com um penalty ou um fora-de-jogo mal assinalado é, como diria o Mourinho, uma prostituição intelectual. Mas vai haver gente que o vai fazer, não tenhamos dúvidas. Aliás, de certeza que será gente adepta de um clube que está muito habituado a lidar com estas senhoras.
P.P.S. – E vai escamotear-se o facto de o Hugo Morais, jogador do Leixões, ter saltado com os braços no ar num canto a favor do CRAC, provocando um óbvio penalty quando ainda estava 0-0. Um lance completamente absurdo (ou talvez não...), aliás muito semelhante ao que o Filipe Lopes, do Nacional, fez no último minuto do jogo precisamente contra o mesmo adversário e quando a partida também estava empatada. Que coincidências existem no futebol em Portugal...
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