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domingo, abril 22, 2007

Regresso às vitórias

Depois de quatro empates e uma derrota voltámos finalmente a ganhar um jogo. A nossa vitória por 3-0 na Madeira frente ao Marítimo é absolutamente incontestável e não acho que tenha sido exagerada, já que criámos inúmeras oportunidades especialmente na 1ª parte.

Para piorar ainda mais a fase que estávamos a atravessar, o Simão lesionou-se e não pôde jogar esta partida, o que me fez ficar ainda mais pessimista. Felizmente o Miccoli recuperou, pelo que acabou por ser uma troca directa em relação ao jogo contra o Braga. Voltámos a começar bem um jogo e logo aos 2’ atirámos uma bola ao poste, precisamente pelo italiano. Dominávamos completamente e aos 17’ o Nuno Gomes tornou a mostrar a sua pouca confiança, ao atirar para as nuvens quando estava sozinho perto da marca de penalty, depois de um centro rasteiro do Miccoli. O Marítimo reagiu a partir de metade da 1ª parte, mas sem criar grandes ocasiões de perigo. Fez uns dois ou três remates que o Quim não teve dificuldade em suster e a melhor oportunidade que teve foi num canto em que ninguém conseguiu desviar a bola que passou pela pequena-área. Nos últimos 10’ voltámos a pressionar e tivemos mais três ocasiões, mas o Rui Costa (por duas vezes, uma das quais ao poste) e o Nuno Gomes não conseguiram marcar depois de três jogadas muito bem conseguidas por parte do nosso ataque. Íamos para o intervalo a zeros, mas era uma grande injustiça.

Na 2ª parte, a única coisa que se alterou foi a nossa eficácia. O Nuno Gomes teve mais duas possibilidades, mas quer de cabeça, quer num remate com o pé esquerdo permitiu a defesa ao Marcos. Todavia aos 55’ fez-se finalmente justiça. Depois de uma recuperação do Karagounis perto da grande-área adversária, a bola sobra para o Rui Costa que a solta para o Katsouranis, o qual espera a movimentação do Miccoli no lado direito da área e desmarca o italiano, que remata para o poste mais perto, não dando hipóteses ao guarda-redes. 235 minutos e cinco(!) bolas no poste depois, voltávamos a marcar um golo. O Marítimo mostrou-se incapaz de responder, apesar de nós lhe termos dado o domínio territorial, adoptando agora o contra-ataque. No entanto, este “contra-ataque” tem que ser colocado entre aspas, já que raramente partíamos em velocidade para o meio-campo contrário. Mesmo assim tivemos mais duas bolas oportunidades antes do 2º golo, em remates do Petit e do Miccoli que passaram muito perto da baliza. Já estava a ser um dos melhores em campo, mas aos 79’ o maestro mostrou como se dá música e, depois de um ressalto, fez um passe magistral de primeira que isolou o Miccoli, que atirou para um lado e o guarda-redes foi para outro. Finalmente podíamos descansar e colocar-nos a salvo de qualquer lance fortuito (não se estava a ver o Marítimo capaz de criar perigo, mas pode sempre haver um canto ou um livre caído do céu) que empatasse a partida. Aos 93’(!) o Marítimo tem a única oportunidade real de golo, mas o chapéu do Douglas não foi suficientemente direccionado e com força, e o Nélson acabou por cortar. Entretanto, já no período de compensação tinha entrado o Manú para permitir os aplausos merecidos ao Miccoli, mas mesmo assim ainda fez questão de ter influência no resultado ao desmarcar-se muito bem aos 95’ e sofrer uma hipotética falta para penalty. O Katsouranis (pensei que depois do jogo que fez, talvez devesse ter sido o Rui Costa a marcar) rematou, a bola ainda é tocada pelo guarda-redes, mas acabou por entrar e assim estava feito o terceiro golo, tendo o jogo terminado pouco depois.

Espero que o Rui Costa não faça um crime lesa-futebol e continue a jogar por (pelo menos) mais uma época. Foi juntamente com o Miccoli o melhor em campo e a peça-chave no bom jogo que fizemos. A equipa esteve bem na globalidade, sendo igualmente de destacar o Karagounis, que continua em muito boa forma, e o Petit. Estes dois e o Léo tiveram cuidados redobrados e conseguiram terminar o jogo sem ver nenhum amarelo, o que permite que joguem frente aos lagartos. O Nélson está a atravessar uma fase de muito pouca confiança e portanto deixou de ter tanta influência no nosso jogo atacante quanto tinha. Também a passar uma péssima fase está o Nuno Gomes, se bem que neste jogo se tenha fartado de rematar à baliza, o que já é algo de salientar. Mas também quando é substituído pelo poluidor da camisola 27, passamos logo a jogar com 10, pelo que é melhor que continue em campo.

Os anti-benfiquistas vão delirar com este jogo, mas em relação aos lances polémicos há que dizer o seguinte: 1) o braço do Petit na 1ª parte NÃO É penalty, já que ele está completamente para trás e o Petit não faz movimento nenhum com o braço na direcção da bola. A única hipótese para a bola não lhe ter tocado era ele não ter braço. 2) Há de facto um puxão de David Luiz sobre o avançado que se ia isolar, embora o lance tenha ocorrido fora-da-área. Quando o jogador caiu, o David Luiz já o tinha largado, mas o Sr. Paulo Baptista deveria ter assinalado falta e dado vermelho ao nosso jogador. No entanto, nesta altura já estávamos a ganhar por 1-0. 3) O lance do penalty sobre o Manú é muito rápido, mas na repetição percebe-se que o defesa toca primeiro na bola e depois o contacto é inevitável. Não foi penalty, mas o jogo já estava mais que resolvido nesta altura.

O Marítimo tem uma equipa muito fraca, mas acho que estivemos bem neste jogo. Quero ver o que vai acontecer para a semana frente aos lagartos, mas continuo a dizer o mesmo: se acabarmos a época sem títulos, o treinador não tem condições para continuar.


P.S. - Muito mais importante do que termos ganho esta partida, é o Eusébio ganhar o “jogo” que está a disputar no hospital neste momento. Desejo-lhe as mais sinceras melhoras.

2 comentários:

Quem sou eu? disse...

Benfica de regresso as vitórias obviamente..... é o que dá nao jogar a meio da semana....

Caros amigos, ontem estive no estádio do borradão ...e uma vergonha , o menino Quaresma esse manhoso passa metade do jogo no chão ...é uma vergonha..

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Mr. Shankly disse...

Não concordo, acho que foi mesmo penalty do Petit. Não foi de propósito, mas foi muita azelhice.