segunda-feira, fevereiro 27, 2017
Trabalhoso
Vencemos
o Chaves na Luz na passada 6ª feira (3-1), mas como a lagartada foi derrotou o Estoril na Amoreira (2-0) e o CRAC trinfou
no Bessa (1-0) mantém-se novamente tudo igual na frente. Foi um jogo
tremendamente difícil, sendo os transmontamos uma das melhores equipa que
passaram pela Catedral este ano.
Com
o Jonas já no banco mas com o Fejsa na bancada, o Rui Vitória fez duas
alterações em relação a Braga (entradas do Samaris e regresso do Ederson) e o
jogo iniciou-se a bom ritmo. Logo aos 6’, o Fábio Martins teve uma entrada
sobre o Samaris que deveria ser vermelho directo, mas o sr. Nuno Almeida nem
amarelo mostrou. Aos 18’, inaugurámos o marcador através da cabeça do Mitroglou
depois de um centro do Nelson Semedo. Houve a dúvida sobre se o nosso avançado
teria empurrado o defesa (que surgiu estatelado no relvado), na televisão não
deu para a dissipar, mas felizmente há sempre alguém com uma câmara por perto que
regista o lance todo. Como se vê, os dois jogadores estão com os braços esticados,
até que o defesa do Chaves resolve atirar-se para o chão. Não há falta nenhuma!
Quando se esperava que este golo intranquilizasse o Chaves, nada disso
aconteceu, porque os flavienses continuaram a jogar (e bem) da mesma maneira,
sempre a procurar a nossa baliza. Quanto a nós, tivemos um bom par de ocasiões,
mas a última decisão nunca saía bem (Rafa e Salvio, nomeadamente) e até o
Mitroglou falhou um penalty em andamento. Até que aos 44’, um erro de marcação
do Samaris deixou o Bressan sozinho à entrada da área e este aplicou um belo
remate indefensável para o Ederson. O Chaves igualava numa péssima altura!
Apesar
do subrendimento de alguns jogadores, voltou o mesmo onze para a 2ª parte, que
se antevia bastante complicada. Felizmente, voltámos a marcar bastante cedo,
logo aos 50’, numa boa abertura do Samaris para o Nelson Semedo na direita e
centro deste para o Rafa atirar para a baliza, com o António Filipe a defender
a bola já para além da linha de golo. Como as coisas não estavam fáceis nos
primeiros cinco minutos, o Rui Vitória já se preparava para fazer entrar o
Jonas quando se deu o golo e, ao contrário do que eu achei que devia, continuou
com a substituição (saiu o Salvio) mesmo com o golo. Ou muito me engano, ou se
fosse o Cervi ou outro que tal, a substituição não seria feita… E o que é certo
é que o Jonas não acrescentou muito à equipa. Nos minutos subsequentes ao golo,
tivemos algumas hipóteses de acabar com o jogo, mas os remates do Mitroglou,
Zivkovic e Jonas saíram para fora. Numa das melhores jogadas do encontro com o
Zivkovic e Mitroglou, o Jonas ficou isolado já dentro da área, mas houve um
corte providencial para canto no último momento. O Chaves não tinha tanta
liberdade como na 1ª parte, mas ainda obrigou o Ederson a uma das melhores
defesas do jogo num remate de fora da área aos 82’. Aos 89’, pudemos finalmente
respirar de alívio com o bis do
Mitroglou, que ganhou uma bola aérea no corpo-a-corpo com um defesa e, perante
o guarda-redes, desviou a bola.
Individualmente,
novo destaque para o deus grego:
Mitroglou! Mais dois golos na sua melhor sequência de jogos desde que chegou ao
Benfica. O Rafa fez uma 1ª parte muito fraca, mas como foi desviado para a
esquerda na 2ª subiu exponencialmente de produção, já que teve muito mais
espaço. O Nélson Semedo, com duas assistências para golo, é outro dos destaques
óbvios, mas como levou um amarelo vai ficar de fora em Santa Maria da Feira. O
Ederson voltou a fazer uma defesa decisiva e os centrais (Luisão e Lindelof)
também estiveram bem. O resto da equipa esteve num nível aceitável, apenas
achei um pouco temerário por parte do Rui Vitória jogar os últimos 15’ com dois
habituais suplentes (Samaris e Filipe Augusto) no meio-campo. Apesar de não
estar a fazer um jogo por aí além, o Pizzi deveria (mesmo levando em conta estar
tapado nos amarelos) ter-se mantido
em campo até final (poderia ser desviado para a direita e ter saído o Zivkovic,
por exemplo)
Continuamos
a não ser muito constantes em termos de exibição durante os 90’, mas lá vamos
conseguindo as vitórias. O problema é que o CRAC foi buscar o Soares que lhes
garantiu mais três pontos (marcou em todos os jogos desde que chegou!).
Confesso que depois do jogo frente à Juventus, estava com esperanças de uma
escorregadela deles no Bessa, mas marcaram muito cedo. Se as coisas se
mantiverem assim, é imperioso derrotá-los quando vieram à Luz no início de
Abril, porque (nunca me cansarei de repetir) temos que chegar ao WC com margem
de manobra.
segunda-feira, fevereiro 20, 2017
Mitroglou
Obtivemos uma vitória importantíssima em Braga por 1-0 e continuamos na
liderança do campeonato com o CRAC a um ponto e a lagartada a dez. Pelo segundo
jogo consecutivo, o Mitroglou resolveu e desta feita com um do melhores golos
do campeonato. Tal como se esperava, foi uma partida complicadíssima em que só
marcámos a dez minutos do fim, mas numa altura em que estávamos a ser a melhor
equipa.
Já se sabe que as jornadas depois da Champions
têm sempre um nível de dificuldade acrescido (basta ver os resultados de todas
as equipas que participam naquela competição) e não ajudava nada que esta fosse
a ida a Braga, mesmo que os locais não passem por um bom momento. Com o Jonas
ainda sem estar recuperado, voltou a jogar o Rafa no seu lugar, tendo reentrado
o Zivkovic na equipa em vez do Carrillo. Entrámos melhor nos primeiros minutos,
mas foi sol de pouca dura, porque o adversário foi superior na maior parte do
primeiro tempo. Mesmo assim, as (poucas) oportunidades foram repartidas, porque
o Mitroglou desviou por cima num lance em que o Marafona ainda tocou na bola
antes de ela chegar ao grego e levámos com uma bola ao poste pelo Battaglia, na
sequência de um canto já perto do intervalo.
A 2ª parte principiou na mesma toada, mas com o passar o tempo o Braga
foi-se afundando e nós subindo de produção. O problema foi que não conseguíamos
rematar à baliza, porque o último passe invariavelmente não saía e nós tínhamos
alguma cerimónia perto da área. Os treinadores foram fazendo substituições, mas
as nossas acrescentaram mais do que as deles, com destaque para a entrada do
Jiménez que acabou por ter acção no golo: roubo de bola do Pizzi ao Assis aos
80’, contra-ataque nosso com o mexicano a abrir no Mitroglou descaído sobre a
direita, o grego parecia que estava a demorar muito, mas num espaço mínimo de
terreno desenvencilhou-se de dois defesas, aguentou a carga de um terceiro e
atirou por entre as pernas do Marafona! Um lance genial que não desmereceria ao
Messi! Até final, conseguimos manter o Braga longe da nossa área, com excepção
de um livre já depois dos 90’ em que deixámos um adversário cabecear à vontade,
mas a bola foi fraca para as mãos do Júlio César.
Em termos individuais, o Mitroglou é obviamente o homem do jogo. Um golo
daqueles, ainda por cima sendo o único, é razão mais do que suficiente. Também
gostei bastante do Rafa, que terá feito o melhor jogo desde que chegou.
Bastante rápido, a antecipar-se muitas vezes aos defesas, tem que aprender a
definir melhor o último passe e a aprender a rematar. O Lindelof estava a fazer
um óptimo jogo, mas aquela última bola foi responsabilidade sua. O Eliseu
estava igualmente bem, mas resolveu sair a fintar no meio-campo a meio da 2ª
parte e provocou um contra-ataque muito perigoso ao Braga. Grande parte do
nosso problema neste jogo (e frente ao Dortmund) residiu no facto de tanto o
Pizzi como o Fejsa não estarem na sua melhor forma. O nosso meio-campo nunca se
conseguiu impor de forma consistente e acho que o Rui Vitória terá de pensar
numa solução alternativa em partidas perante adversários mais fortes:
claramente neste momento só Pizzi e Fejsa não são suficientes.
Depois do que se viu na 6ª feira (com o CRAC a ganhar 4-0 ao Tondela, mas
com o primeiro golo perto do intervalo a sair de um penalty inventado e logo a
seguir uma expulsão por duplo amarelo em que foi o Soares a fazer falta sobre o
defesa, cortesia do sr. Luís
Ferreira), este jogo era crucial para mostrar que, apesar de estarem a fazer
tudo para puxar outra equipa lá para cima, nós não nos deixamos abater assim
tão facilmente. Mesmo não tendo feito uma exibição por aí além, conseguimos o
mais importante e, se ficarmos todos felizes em Maio, ir-nos-emos lembrar desta
vitória no final da época como um dos momentos mais marcantes.
P.S. – Nomear o sr. Tiago Martins, que tinha expulsado o Rui Vitória na
meia-final da Taça da Liga, para este jogo foi claramente uma provocação. Se o
golo invalidado ao Mitroglou ainda se pode aceitar, porque é muito difícil de
ver, e no penalty sobre o Salvio a maneira como ele cai pode suscitar dúvidas
(mas é penalty, porque é rasteirado na perna esquerda), há dois lances que o
definem enquanto árbitro. Na 1ª parte, o Rafa é rasteirado, mas a bola sobra
para o Salvio que ia fazer um ataque perigoso, mas ele não dá a lei da vantagem
e apita para mostrar o amarelo ao jogador do Braga. Na 2ª parte, o Eliseu
agarra o Rui Fonte, este cai e tenta passar a bola para dois colegas que
ficariam em boa posição para um ataque perigoso, mas não o consegue e só aí o
árbitro assinalou a falta e o amarelo. Ou seja, esteve claramente à espera para
ver no que o lance ia dar antes de apitar. De falta de coerência não pode ser
acusado...!
quarta-feira, fevereiro 15, 2017
Sorte e eficácia
Vencemos
o Borussia Dortmund por 1-0 na 1ª mão dos oitavos-de-final da Champions.
Perante um adversário fortíssimo, não me custa nada a admitir que tivemos
bastante sorte, um grande guarda-redes e que o resultado foi lisonjeiro para
nós. Mas o futebol consegue ser imprevisível e sabe muito bem quando é a nosso
favor!
Com
o Jonas indisponível por problemas na coluna e o Zivkovic castigado ainda do tempo
do Partizan, o Rui Vitória apostou no Rafa e manteve o Carrillo a titular. Entrámos
bem nos primeiros cinco minutos, em que o Salvio deveria ter feito melhor quando
estava em boa posição, mas o remate saiu demasiado torto. E, pronto, foi tudo
da nossa parte até ao intervalo… Os alemães controlaram completamente a partida
e foram criando oportunidades para marcar, mas o Aubameyang & Cia tiveram
felizmente um jogo para esquecer em termos de finalização. O gabonês falhou
isolado perante o Ederson pouco depois dos dez minutos, o Lindelof cortou um
remate do Dembélé que ia para a baliza e o Fejsa não conseguiu proteger a bola
perante o Raphael Guerreiro, que ainda centrou, mas o Aubameyang chegou
atrasado. Ou seja, poderíamos bem ter chegado ao intervalo com a eliminatória decidida
contra nós. A posse de bola do Dortmund era brutal e nós não conseguíamos ligar
um passe.
Para
a 2ª parte, o Rui Vitória decidiu que estava na altura de voltar a jogar com 11
e tirou o Carrillo, que depois da grande exibição frente ao Arouca (ah, não,
espera, afinal só marcou um bom golo…!) voltou ao nível com que nos habituou. Para
o seu lugar, avançou o Filipe Augusto e a equipa ficou mais sólida no
meio-campo. Entrámos novamente bem e fomos altamente eficazes ao marcar na
única vez em que um remate nosso chegou à baliza: canto do Pizzi aos 48’,
cabeçada do Luisão que o guarda-redes Burki provavelmente defendia, se o Mitroglou
não tem desviado a bola e atirado posteriormente para a baliza. Golo à ponta-de-lança! A partir daqui, o
Borussia voltou a vir para cima de nós e valeu-nos São Ederson que fez uma
exibição a lembrar a do Preud’homme frente à Fiorentina em 1996/97: defesas
perante o Dembélé, Reus, Piszczek e a um remate do Pulisic que foi desviado
pelo Jiménez! Com se isto não bastasse, pelo meio ainda defendeu um penalty do Aubameyang
aos 58’, a punir um carrinho do Fejsa
com o braço demasiado levantado. O mesmo Aubameyang que, completamente isolado,
já tinha atirado novamente por cima antes disso. Quanto a nós, defendíamos com
muita garra, para além da do Filipe Augusto a entrada do Cervi também
contribuiu para isso, mas por umas quantas vezes não conseguimos meter o passe
que poderia criar uma situação de desequilíbrio a nosso favor.
O
destaque óbvio do jogo, por tudo o que já referi, é o Ederson, que ontem terá
selado definitivamente a sua saída no final da época. Depois do que se viu, será
impossível que algum tubarão não o
venha buscar. Outro em grande evidência foi o capitão Luisão, que fica com
muito para contar no seu 500º(!) jogo pelo Benfica. É o Maior! O Lindelof foi igualmente
muito importante para manter a nossa baliza a zeros. O Salvio foi o melhor na
1ª parte, mas esteve mais discreto na 2ª, quiçá a ressentir-se fisicamente do
esforço. O Pizzi passou bastante ao lado do jogo e também já vi o Fejsa fazer
melhor. Não é fácil conter o ataque dos alemães, é certo, mas ambos pareceram
um pouco perdidos especialmente na 1ª parte. O Mitroglou marcou um golo
importante e merece naturalmente uma palavra por isso. Quanto ao Carrillo, já
disse o que tinha a dizer e o Rafa também quase não se viu. A diferença para o
Cervi foi brutal, aliás, não percebo porque é que o argentino é muitas vezes
preterido em favor daqueles dois…
Foi
uma vitória que nos dá bastante prestígio, iremos sofrer na 2ª mão, mas neste
momento estamos em vantagem. A estatística vale o que vale, mas das 13 vezes
que fomos para a 2ª mão com uma vantagem de 1-0 só numa fomos
eliminados (Anderlecht na pré-eliminatória da Champions em 2004/05). No entanto, o que me interessa mesmo é o campeonato e veremos como
a equipa reagirá a este desgaste em Braga.
segunda-feira, fevereiro 13, 2017
Agradável
Vencemos na 6ª feira o Arouca por 3-0 e, com as posteriores
vitórias do CRAC em Guimarães (2-0) e da lagartada
em Moreira de Cónegos (3-2), manteve-se tudo igual na frente, com um ponto de
vantagem sobre os assumidamente corruptos e dez sobre os outros. Foi uma
partida bem conseguida da nossa parte, em que estávamos a fazer uma boa exibição
até aos 41’ quando o Ederson foi expulso e depois fomos inteligentes na maneira
como soubemos aguentar (e até aumentar) a vantagem.
O Rui Vitória surpreendeu ao apostar no Carrillo no lugar do lesionado Salvio, mas foi o Zivkovic a estar em destaque logo desde o início ao conduzir boa parte dos nossos ataques. O Arouca tentava responder na medida do possível, mas fomos nós a criar as maiores situações de perigo com destaque para um remate do Luisão em boa posição num canto para uma defesa do Bolat. Depois de termos visto um golo anulado ao Mitroglou por fora-de-jogo do Jonas que teve intervenção no lance, aos 25’, inaugurámos o marcador com um centro milimétrico do Jonas para a cabeça do mesmo Mitroglou. Pouco depois, nova assistência do Jonas para um remate de primeira do nº 11 que o guarda-redes blocou, mas dez minutos depois do primeiro o grego bisou com um remate também de primeira já dentro da área, na sequência de uma insistência do Eliseu na esquerda, que posteriormente fez a assistência. Aos 41’, o Sr. Manuel Mota demorou uma eternidade, mas acabou por expulsar o Ederson por indicação do fiscal-de-linha. O nosso guarda-redes saiu um pouco extemporaneamente da área para tentar cortar um ataque contrário, quando ainda havia dois defesas nossos na jogada, e de facto atinge o jogador adversário. Saiu o Mitroglou para entrar o Júlio César, mas logo na altura me pareceu que seria melhor ter saído o Jonas, dado o desgaste que se antevia com menos um.
Um jogo que deveria já estar decidido ficou assim em dúvida para a 2ª parte. No entanto, logo aos 49’ demos uma machadada fortíssima no Arouca ao fazer o 3-0 pelo Carrillo: grande jogada do Nélson Semedo desde a nossa defesa, tabela com oMitroglou Jonas, bola para o Pizzi e assistência num timing perfeito para o Carrillo picar por
cima do guarda-redes. Um golão! O Arouca, apesar de ter continuado a tentar,
sentiu o nosso terceiro golo e só teve uma verdadeira oportunidade à passagem
da hora de jogo, com um cabeceamento desviado inadvertidamente pelo Nélson
Semedo que proporcionou ao Júlio César uma grande defesa por instinto. Nós lá substituímos
o Jonas pelo regressado Jiménez e o Filipe Augusto voltou a render o Pizzi. Até
final, o Luisão teve uma boa chance num livre, mas rematou por cima. Teria sido
uma óptima maneira de comemorar o seu 499º(!) jogo pelo Glorioso.
Em termos individuais, o Mitroglou com dois golos merece obviamente uma menção, mas quem me continua a encher as medidas é o Zivkovic, que vai fazer muita falta frente ao Borussia Dortmund por conta da expulsão que teve ainda no Partizan. O Carrillo marcou um grande golo, melhorou um bocadinho o seu nível exibicional, mas ainda está muito longe de me convencer. Ao invés, os laterais (Nélson Semedo e Eliseu) estiveram bastante bem e muito participativos no ataque. Espero que a excelente defesa que fez contribua para que o Júlio César readquira confiança, porque vem aí uma deslocação muito difícil a Braga.
Amanhã teremos a Champions na Luz, mas o jogo mais importante será o do próximo domingo na Pedreira. Não nos podemos distrair, porque deixámos de ter margem de manobra e a entrada do Soares no CRAC continua a fazer mossa: continuam sem jogar nada, mas agora a bola entra...
O Rui Vitória surpreendeu ao apostar no Carrillo no lugar do lesionado Salvio, mas foi o Zivkovic a estar em destaque logo desde o início ao conduzir boa parte dos nossos ataques. O Arouca tentava responder na medida do possível, mas fomos nós a criar as maiores situações de perigo com destaque para um remate do Luisão em boa posição num canto para uma defesa do Bolat. Depois de termos visto um golo anulado ao Mitroglou por fora-de-jogo do Jonas que teve intervenção no lance, aos 25’, inaugurámos o marcador com um centro milimétrico do Jonas para a cabeça do mesmo Mitroglou. Pouco depois, nova assistência do Jonas para um remate de primeira do nº 11 que o guarda-redes blocou, mas dez minutos depois do primeiro o grego bisou com um remate também de primeira já dentro da área, na sequência de uma insistência do Eliseu na esquerda, que posteriormente fez a assistência. Aos 41’, o Sr. Manuel Mota demorou uma eternidade, mas acabou por expulsar o Ederson por indicação do fiscal-de-linha. O nosso guarda-redes saiu um pouco extemporaneamente da área para tentar cortar um ataque contrário, quando ainda havia dois defesas nossos na jogada, e de facto atinge o jogador adversário. Saiu o Mitroglou para entrar o Júlio César, mas logo na altura me pareceu que seria melhor ter saído o Jonas, dado o desgaste que se antevia com menos um.
Um jogo que deveria já estar decidido ficou assim em dúvida para a 2ª parte. No entanto, logo aos 49’ demos uma machadada fortíssima no Arouca ao fazer o 3-0 pelo Carrillo: grande jogada do Nélson Semedo desde a nossa defesa, tabela com o
Em termos individuais, o Mitroglou com dois golos merece obviamente uma menção, mas quem me continua a encher as medidas é o Zivkovic, que vai fazer muita falta frente ao Borussia Dortmund por conta da expulsão que teve ainda no Partizan. O Carrillo marcou um grande golo, melhorou um bocadinho o seu nível exibicional, mas ainda está muito longe de me convencer. Ao invés, os laterais (Nélson Semedo e Eliseu) estiveram bastante bem e muito participativos no ataque. Espero que a excelente defesa que fez contribua para que o Júlio César readquira confiança, porque vem aí uma deslocação muito difícil a Braga.
Amanhã teremos a Champions na Luz, mas o jogo mais importante será o do próximo domingo na Pedreira. Não nos podemos distrair, porque deixámos de ter margem de manobra e a entrada do Soares no CRAC continua a fazer mossa: continuam sem jogar nada, mas agora a bola entra...
segunda-feira, fevereiro 06, 2017
Normalidade
Vencemos o Nacional
por 3-0 e continuamos com um ponto de vantagem para o CRAC que venceu a
lagartada por 2-1 (não é que fossem necessárias mais provas, mas mais uma vez
se demonstra que a lagartada não serve mesmo para coisa nenhuma). Perante um dos
adversários mais fracos que passaram esta época pela Luz, o nosso triunfo foi
justo e nem foi preciso jogarmos um grande futebol.
Já se sabe que,
nestas partidas até entrar o primeiro golo, as coisas nunca são fáceis. Felizmente
conseguimo-lo ainda na 1ª parte, o que ajudou a superar os traumas que vinham
de duas derrotas consecutivas. Que os houve e foram visíveis. O Pizzi conseguiu
recuperar de Setúbal (nem sei bem como...), mas notou-se que não estava no
pleno da sua forma. Começámos a partida imprimindo velocidade e as ocasiões foram
surgindo, com o Jonas em destaque por lhe terem pertencido grandes parte delas,
mas os remates ou saiam fracos ou por cima. Até que aos 26’, finalmente, o
nosso 10 conseguiu atinar com a
baliza e fazer o 1-0 de cabeça depois de um centro teleguiado do Zivkovic. E
foi o mesmo Jonas, depois de ter levado um amarelo escusadíssimo por ter
atirado a bola contra o chão (num jogador com a experiência dele, não se
percebe uma reacção daquelas com o resultado já a nosso favor), a aumentar a
vantagem para 2-0 com um excelente remate rasteiro em arco de pé esquerdo de
fora da área. Até ao intervalo, poderíamos ter resolvido definitivamente o
jogo, mas o cabeceamento do Mitroglou, depois de nova assistência do Zivkovic,
saiu ao lado.
Para a 2ª parte, a
tendência da partida manteve-se: o Nacional não conseguia chegar à nossa baliza
e nós íamos controlando a partida, mas já sem grande velocidade. Os madeirenses
deveriam ter ficado com 10 à passagem da hora de jogo, porque o Rui Correia
atingiu por trás o Salvio sem hipóteses de jogar a bola, mas o sr. Luís Godinho
incompreensivelmente só mostrou o amarelo. Dado que não estamos a atravessar
uma fase positiva, era importante marcamos o terceiro para dissiparmos
quaisquer dúvidas e o Mitroglou teve uma cabeçada à figura do Adriano, quando
estava em boa posição. Entretanto, começaram a surgir as substituições (estreou-se
o Filipe Augusto) e foi o recém-entrado Rafa a assistir o mesmo Mitroglou aos
81’, permitindo-lhe finalmente marcar o seu golito.
Em termos
individuais, o destaque tem que ser dado ao Jonas pelo primeiro bis da época. Nota-se que ele não está
ainda na sua melhor forma, o que o deixa frustrado e nervoso (o estúpido
amarelo pode ser reflexo disso), mas façamos votos para que estes golos o ajudem
a atingi-la. Outro dos melhores em campo foi indiscutivelmente o Zivkovic, que
está cada vez mais preponderante na equipa, não só com as suas assistências,
mas também pelo que ajuda em termos defensivos. Quanto ao Salvio, que tem
alguns (inacreditáveis para mim) anticorpos entre os benfiquistas, claro que (ainda...
espero) não é o jogador que nos habituou, mas tem o mérito de nunca desistir.
E, de vez em quando, as coisas saem-lhe bem (subiu bastante de produção na 2ª
parte). A defesa esteve segura, mas o Nacional nunca a colocou verdadeiramente
à prova. Ter-se-á de rever num futuro próximo, mas não desgostei do Filipe
Augusto: pareceu-me inteligente na abordagem dos lances, a perceber para onde é
que a bola ia e com boa capacidade de passe.
Teremos novo jogo
em casa na próxima sexta-feira, perante o Arouca, e não se espera menos do que
uma nova vitória. Desperdiçámos de maneira inglória uma vantagem muito confortável
que teremos de reaver em parte sob pena de ainda fazermos a lagartada ganhar a época. Aposto que esqueceriam
tudo de mau que têm feito, se pudessem roubar-nos o campeonato e oferecê-lo ao
CRAC quando tivermos que ir ao WC perto do final de Abril. Mas ainda há muitos
jogos até lá e não podemos de todo voltar a facilitar.
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