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domingo, junho 14, 2015

Campeões Nacionais de Futsal

Vencemos a lagartada por penalties no quarto jogo da final do play-off e reconquistámos o título nacional de futsal. Foi um jogo emocionante, onde acabámos por ser mais felizes, mas a nossa vitória neste campeonato é indiscutível. Terminou assim um dos melhores (creio mesmo que deverá ser o melhor) anos de toda a história do nosso clube. O quadro em anexo, roubado indecentemente ao meu amigo João Tomaz, exemplifica isto mesmo: só nos ficou a faltar o andebol, porque senão era o pleno. E com dobradinhas em todas as modalidades de pavilhão! Enjoy!

sábado, junho 13, 2015

Arménia - 2 - Portugal - 3

Fizemos história ao vencer pela primeira vez na Arménia e estamos muito perto de garantir a qualificação para o Euro 2016. Depois da derrota caseira com a Albânia, somamos quatro vitórias seguidas e estamos isolados na frente do grupo I com 12 pontos em cinco jogos.

Fomos surpreendidos aos 14’ num livre de muito longe, em que o adversário aproveitou a má colocação do Patrício, e ficámos em desvantagem. Empatámos ainda na 1ª parte (29’), num penalty indiscutível sobre o Moutinho que o C. Ronaldo concretizou. Na 2ª parte, o capitão de Portugal aproveitou um desentendimento entre um defesa e o guarda-redes para fazer o 1-2 num desvio cheio de oportunidade (55’). Três minutos depois aconteceu o momento do jogo: um golão de C. Ronaldo num remate de fora da área. Aos 61’, a coisas complicaram-se com o duplo amarelo ao Tiago (completamente escusado) e o Patrício levantou a moral dos arménios aos 72’, ao defender um remate para a frente, permitindo naturalmente a recarga. Mas até final conseguimos manter a calma e o resultado não se alterou.

O Cristiano Ronaldo, ao fazer um hat trick, foi obviamente o destaque positivo na selecção portuguesa, ao passo que o Rui Patrício, com dois frangos, foi a nota negativa. Esta nossa selecção é mesmo C. Ronaldo e mais dez. E o pior é que a dependência está a aumentar cada vez mais. Mas enquanto der para conseguirmos os nossos objectivos…

sexta-feira, junho 12, 2015

Novo treinador

O Benfica confirmou oficialmente a contratação de Rui Vitória para as próximas… três épocas. A estrutura do Benfica considera que o Rui Vitória é melhor treinador do que o Jorge Jesus. Melhor dito: a estrutura do Benfica considera que o Rui Vitória está mais apto para nos levar ao tricampeonato do que o Jorge Jesus [pausa… para absorver a informação…]. Em favor da estrutura, há que dizer que eu também estava muito descrente quando o Jesus foi contratado (há links em catadupa no post anterior), mas ao segundo jogo de pré-época já se notava alguma coisa (“não deveremos embandeirar em arco, mas é impossível não ver que apresentamos uma consistência de jogo bastante razoável para esta altura da época”) e na final do Torneio de Amesterdão eu já estava praticamente convertido (“sinceramente cada vez me dá mais gozo ver-nos jogar à bola”). Peço a Eusébio que o mesmo aconteça com o Rui Vitória. Ou, se não for tão cedo, pelo menos que o seja no jogo da Supertaça.

Pelas declarações de quem os conhece e pelo que se sabe publicamente, não tenho a menor dúvida de que o Rui Vitória é uma pessoa muito mais urbana do que o Jesus, com um feitio… digamos… menos difícil e é benfiquista. Três qualidades essenciais num ser humano, mas acessórias num treinador. Porque no Benfica o essencial é ganhar títulos. Repito: o mais importante é continuar a ganhar títulos (e não “apostar na formação”…). Com o Jesus, isso era possível. Com o Rui Vitória, iremos ver.

P.S. - Eu peço desculpa, mas não consigo mudar o chip assim tão rapidamente… Isto leva o seu tempo e a bola terá de começar a rolar para eu desejar ardentemente ver sinais que me levem a engolir este enorme cepticismo. O que acontecerá com todo o gosto. Obviamente! De qualquer maneira, por princípio e para primeiro contrato, acho três anos muito tempo para um treinador. Posto isto, alguém sabe quando se começam a renovar os red pass?

* Publicado em simultâneo com a Tertúlia Benfiquista.

sábado, junho 06, 2015

O ego e O erro

Ponto prévio:

Da mesma maneira que um pessoa burra não passa a inteligente só porque está vestida com uma camisola do Benfica, quem é bom enquanto está no Benfica não deixa de o ser só porque saiu do Benfica. Vá ele para onde for.

O que eu mais temia, tal como exprimi no outro post, aconteceu: Jorge Jesus não vai ser o nosso treinador para a próxima época. Espero estar redondamente enganado, mas temo que tenhamos cometido um erro histórico. Antes de qualquer outra coisa, na hora da saída, é mais do que justo deixar-lhe aqui o meu mais profundo agradecimento por todas as conquistas destes seis anos e pelo futebol magnífico que fomos apresentando.

Eu estou particularmente à vontade para dizer isto, porque no início tive sérias dúvidas acerca da sua competência e mesmo durante o seu percurso houve uma série de coisas que não me agradaram nada (uma, duas, três, quatro, cinco e, principalmente, seis). MAS, e este MAS é essencial, o homem ganhou títulos! E, se não se quiser valorizar o facto de ele ter aprendido imenso nestes seis anos e se ver a evolução da equipa (o que me fez defender a sua continuidade em 2013 mesmo depois do que aconteceu no Jamor), isto é que deveria contar para se tomar a decisão de renovar com ele. Porque isto é que é essencial: enriquecer o palmarés. Seja com que jogadores for, é isto que nos interessa. Tenha o treinador o feitio que tiver, seja bem ou mal educado, isso não fica para a história. O que fica são as conquistas. E essas existiram em barda, especialmente nas últimas duas épocas.

O presidente diz que tem uma “ideia clara” para o Benfica: “um treinador sem medo de apostar nos nossos miúdos, que seja capaz de fazer projecto integrado dos escalões de formação até ao futebol profissional”. Eu acho isto óptimo em tese, mas já agora convinha que garantisse títulos. Porque eu escolho na hora um título com 11 estrangeiros na equipa em vez de vitórias morais com 11 portugueses. Aliás, esta história da “formação” tem muito que se lhe diga: os próprios lagartos, nos últimos 33 anos, só ganharam o campeonato quando não “apostaram na formação”. Portanto, só foram campeões duas vezes. Obviamente. Como justificação para não manter o Jesus, é muito fraca.

Por outro lado, acusa-se o Jesus de não partilhar os títulos com a “estrutura”. Em primeiro lugar, queria pedir encarecidamente o favor de não utilizarem esta palavra, porque eu começo logo a hiperventilar. Durante anos, ouvimos dizer que o CRAC ganhava campeonatos por causa da “estrutura” e todos nós sabemos o que isso significava. Aí sim, é que a “estrutura” ganhava jogos e campeonatos, com ajudas alimentares que só os acéfalos ignoram. Portanto, por favor, utilizem lá outra palavra que essa tem a conotação que tem. Além de que não me parece que tenha sido a “estrutura” a inventar um Fábio Coentrão a defesa-esquerdo, um Enzo Pérez e um Pizzi a médio-centro, um Jardel a central de eleição, etc. (a lista é muito grande e todos nós a conhecemos). Voltando ao tema, as taças não estão no museu? Não são propriedade do Benfica? Não se fica com um treinador porque ele não fala de nós? De novo, uma justificação muito pobrezinha para uma não-renovação.

O que me parece de todo inexplicável é esta evidência: como é que não se renova com um homem que ganhou três campeonatos em seis anos, foi bicampeão (coisa que não nos acontecia há 31 anos), ganhou seis dos últimos sete troféus nacionais e nos levou duas finais europeias seguidas (não íamos a nenhuma há 24 anos e a duas consecutivas há 53 anos!)?! É preciso estar mesmo a olhar para o acessório para não ver o cerne da questão. Alguém de bom senso acredita que o Jesus não é o melhor treinador português a seguir ao Mourinho? Não é suposto termos os melhores no nosso clube? Como é que o Benfica se dá ao luxo de prescindir de alguém assim?!

A partir do momento em que o Benfica não manifesta um desejo expresso de renovar com ele, é natural que o Jesus se tenha virado para outras paragens. Por isso, não tomo esta ida para a lagartada como uma “traição”. Não, não é, porque o desinteresse inicial partiu (inacreditavelmente) de nós.

E o que me custa mais neste processo todo é que deixámos sair o treinador que mais bem colocado estava para nos dar o 35. Sim, porque o 34 é todo mérito dele (o que fez nesta época a famosa “estrutura” foi retirar-lhe seis titulares, mais o André Gomes e o Cardozo, e compensá-lo com dois craques trintões e um Talisca que só durou meio ano…). E o 35 para a próxima época é fundamental, porque um tricampeonato nosso significaria a implosão de Mordor. A “estrutura” deles não aguentaria um terceiro ano de seca connosco a sermos campeões. E é uma pena que não se tenha dado o devido valor a isto e lhes acabemos por oferecer um balão de oxigénio, que já nem eles esperavam ter. Repito: é isto que me custa mais nesta história toda.

Pouco me interessa neste momento se o Jesus vai resultar ou não na lagartada. Enquanto lá estiver um presidente que faz mosh à equipa de hóquei em patins, estamos relativamente seguros. Com a sede de protagonismo que ambos têm, vai ser inevitável o choque de personalidades. No entanto, já estou mais preocupado com a performance do CRAC. E na tal estocada final que lhes poderíamos dar na próxima temporada.

Independentemente das razões aduzidas pelo próprio, o que mais transparece nesta decisão é o Luís Filipe Vieira a querer provar que consegue ganhar sem o Jorge Jesus. Porque o futebol é mesmo a única modalidade campeã do Benfica em que o treinador não vai continuar. E uma coisa destas é muito difícil de explicar e mais ainda de entender. No fundo, tudo se resume a uma questão de ego. Qualquer argumento utilizado esbarra logo na evidência de que o homem foi (bi)campeão. E quem é campeão tem sempre razão. Mesmo que utilize o Ola John em vez do Gonçalo Guedes.

Para bem de todos nós, nada me daria mais prazer do que vir aqui no final da próxima época fazer o meu mea culpa e elogiar esta decisão temerária do nosso presidente. Seria muito bom sinal.

P.S. – Muito, MUITO feia a rábula de fazer desaparecer o Jesus da estrutura em 3D dos bicampeões na loja do Benfica (ganhámos este campeonato sem treinador, é…?). Reescrever a história é estalinista e só deveria ser apanágio de outro clube mais a norte. Lamentável! (Parece que voltámos ao tempo dos apagões e das regas…) Também vir a público fazer-se declarações sobre a idoneidade do Jorge Jesus é algo que os responsáveis do Benfica se deveriam abster de fazer. Ou não tivessem trabalhado com ele durante seis anos. Já o conheciam, não? Independentemente do que aconteça no futuro, Jorge Jesus já está na história do Benfica como o mais titulado treinador português que passou pelo clube e, por conseguinte, um dos melhores de sempre. Saibamos respeitar isso. (Mesmo que ele no futuro hipoteticamente não o faça.)

P.P.S. – Também eu tenho reservas MUITO sérias em relação ao Rui Vitória (nunca achei que o futebol do V. Guimarães fosse assim grande coisa). Por mim, por todas as razões (experiência de clube grande e de Champions, vencedor de títulos mesmo com um presidente desestabilizador e resposta proporcional aos lagartos) mas PRINCIPALMENTE porque é melhor treinador, iria buscar o Marco Silva. De caras.

* Publicado em simultâneo com a Tertúlia Benfiquista.

quarta-feira, junho 03, 2015

Superação

  

Parece que estamos prestes a superar por LARGA margem a maior IDIOTICE da nossa história até ao momento.

P.S. - Quem achar que haverá algo me dará mais prazer do que vir aqui no final da próxima época reconhecer que idiota foi este post, pode ir já ao médico, porque claramente o cérebro está perdido em parte incerta.

* Publicado em simultâneo com a Tertúlia Benfiquista.