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domingo, fevereiro 26, 2012

A perder gás

Depois de 37 jogos seguidos, ficámos pela segunda jornada consecutiva sem marcar e empatámos em Coimbra 0-0. Com este desaire, desbaratámos os cinco pontos de vantagem que tínhamos perante o CRAC (que irá obviamente ganhar mais logo em casa ao Feirense). Estamos numa fase de retrocesso exibicional e em termos de resultados na altura mais decisiva da época! A continuar assim, o futuro avizinha-se muito negro…

A 1ª parte explica-se muito facilmente: zero velocidade deu origem a quase zero oportunidades de golo. Salvou-se uma cabeçada do Aimar defendida pelo Peiser e pouco mais. Com o Rodrigo a ressentir-se da entrada do animal na Rússia e a ficar fora dos 18, parece que já não sabemos jogar sem as mudanças de velocidade dele. Junte-se a isso um Gaitán péssimo, um Aimar pouco produtivo e 11 jogadores da Académica dentro do seu meio-campo, e não se consegue fazer nada de significativo.

Na 2ª parte, entrou o Nélson Oliveira para o lugar do Matic (espero que seja o último jogo sem o Javi García, que já esteve no banco) e a partida mudou de figura. Ele trouxe a velocidade que precisávamos, é um facto, e fez mexer bastante o nosso ataque, mas infelizmente falhou três(!) oportunidades de baliza aberta, uma das quais sem o guarda-redes na baliza! Assim, é difícil ganhar jogos… O Nolito, entretanto entrado, também permitiu uma defesa ao Peiser mesmo no final da partida e ainda houve outros lances em que poderíamos ter marcado. A Académica contra-atacou muito mais na 2ª parte, mas estivemos bem na defesa e raramente os deixámos criar perigo.

Em termos individuais, o Nélson Oliveira acabou por ser a figura do jogo pela positiva e negativa. Com o Rodrigo em campo, teríamos certamente aproveitado pelo menos uma daquelas oportunidades, mas a qualidade do Nélson não engana. De resto, sinceramente, não me lembro de mais ninguém que tenha feito um bom jogo. Excepção feita ao Garay, que acabou por cortar alguns lances deles que poderiam ter sido perigosos. Para além do Gaitán e Aimar, também o Cardozo passou ao lado do jogo (como em Guimarães). Do Emerson, continuo a dizer o mesmo: será um milagre ganharmos qualquer coisa, com um lateral-esquerdo daqueles… Por duas vezes, apareceu à vontade na grande-área do lado esquerdo para centrar para quem quisesse, por duas vezes a bola não chegou a nenhum jogador nosso…

Agora é tudo muito simples e vou escrever já isto para ficar registado: ou ganhamos aos corruptos na próxima 6ª feira, ou a época vai toda por água abaixo. O momentum está todo do lado neles (cinco pontos recuperados em apenas duas jornadas vão fazer esquecer humilhações europeias) e mesmo um empate vai beneficiá-los imenso em termos psicológicos. Se não lhes ganharmos, duvido que consigamos eliminar o Zenit quatro dias depois, porque iremos estar com a moral muito afectada. Sim, o que se passou na época anterior ainda está muito vivo na minha memória. Portanto, o Jesus pode dizer que o quiser cá para fora, que eu espero que lá para dentro o discurso seja bem diferente: sim, o jogo frente ao CRAC É decisivo!

P.S. – Claro está que numa partida em que a bola não quis entrar, o Sr. Hugo Miguel conseguiu transformar um penalty sobre o Aimar na 2ª parte em falta atacante(!) e não ver ainda na 1ª um braço na bola depois de um centro do Bruno César. Enfim, o costume, mas nada que não estivéssemos já a prever. Apoia-se o Fernando Gomes para a Liga e Federação, e depois quer-se milagres. Está bem, está…

quarta-feira, fevereiro 22, 2012

Thank you - parte II

Ou melhor, parte 4! O que é mais incrível é que o 4-0 soube-me a pouco. Tivesse o Mancini feito jus à equipa que tem, não a tivesse posto na retranca e a jogar no erro do adversário (tipicamente italiano), e teríamos uma alegria ainda mais épica. Mesmo assim, para além dos quatro, foi uma bola ao poste e mais dois isolados que falharam. Foi pena. Mas 6-1 no conjunto das duas mãos é o resultado que ficará para a história. E que bela história esta!

terça-feira, fevereiro 21, 2012

Livres e cantos

Depois de vários meses em que só fomos derrotados na Taça de Portugal, eis que em apenas cinco dias averbamos duas derrotas consecutivas. Perdemos em Guimarães por 0-1 e interrompemos igualmente uma fantástica série de jogos consecutivos a marcar (desde a malfadada meia-final da Liga Europa em Braga em Maio que marcávamos em todos os jogos e, para o campeonato, desde a derrota por 0-5 na casa do CRAC em Novembro de 2010 que não ficávamos a zeros). Foi uma exibição muito desinspirada perante um adversário que deve ter feito o melhor jogo da época.

Confesso que estranhei a constituição inicial da equipa, porque sem o Javi García lesionado, o Jesus ainda deixou o Witsel no banco, fazendo alinhar o Aimar e os dois pontas-de-lança. Era uma formação muito atacante e o que é facto é que tivemos sempre muita dificuldade em impor o nosso jogo. O V. Guimarães marcava muito bem o Aimar e nós não conseguíamos construir tantas oportunidades de golo como é habitual. Mesmo assim houve uns quantos lances em que poderíamos ter marcado, mas o Nolito falhou um canto à Camacho quando estava em óptima posição, o Gaitán rematou ao lado numa boa jogada individual e o Matic atirou com a nuca, não aproveitando uma saída em falso do Nilson. Na defesa, o Luisão e o Artur mostravam-se invulgarmente pouco seguros. O jogo arrastava-se para o intervalo, quando o auxiliar do Sr. Carlos Xistra, o Sr. José Cardinal, inventou uma falta perto da linha lateral a favor do V. Guimarães de que resultou o único golo da partida. O Cardozo não saltou como devia e o Matic, em vez de se preocupar com os pés do adversário e a bola, só se preocupou em agarrar o Toscano, que assim conseguiu rematar à meia-volta, acabando por marcar.

Na 2ª parte, a partida teve só um sentido, mas como disse o Jesus no final tivemos menos oportunidades do que na 1ª. O Nolito isolado sobre a esquerda permitiu a defesa do Nilson e o Cardozo num canto aproveitou um ressalto, mas rematou por cima quando se rematasse em direcção ao relvado teria provavelmente marcado. Aos 58’, o Jesus tirou o Matic para colocar o Witsel, mas só voltou a mexer na equipa aos 85’! E foi pena, porque o Nolito desceu muito de produção na 2ª parte e talvez o Bruno César devesse ter entrado mais cedo. Nunca demos a sensação que poderíamos dar a volta ao resultado, mas pelo que fizemos também não merecíamos sair derrotados.

Em termos individuais, é difícil destacar alguém numa partida tão pouco conseguida da nossa parte. Talvez o Garay tenha sido o menos mau, o Nolito fez uma boa 1ª parte, mas caiu muito na 2ª e Aimar também nunca se escondeu, embora as coisas nem sempre tenham corrido pelo melhor. Ao invés, o Cardozo passou completamente ao lado do jogo, o Rodrigo não esteve tão bem como em jogos anteriores (provavelmente resquícios ainda da patada do animal na Rússia), o Matic não é decididamente o Javi García e será um milagre se conseguirmos ganhar algo com um lateral-esquerdo como o Emerson…

Claro está que, mesmo com um jogo menos conseguido, se soubéssemos marcar convenientemente livres e cantos (devemos ter tido entre 15 e 20 no total!), teríamos ganho. É inadmissível que uma equipa como a nossa não aproveite melhor estes lances e marque os cantos todos para a cabeça do primeiro defesa, e os livres todos directos para o guarda-redes. Apesar desta derrota, mantemo-nos na liderança do campeonato, mas agora apenas com dois pontos de vantagem sobre os corruptos. O que faz com que tenhamos que lhes ganhar quando os recebermos na Luz daqui a duas jornadas, porque o empate deixou de ser um bom resultado. Mas antes, claro está, é imprescindível uma vitória em Coimbra no próximo fim-de-semana. Espero que esta semana negativa não tenha repercussões nos próximos jogos.

sexta-feira, fevereiro 17, 2012

Thank you!


Agora, sff, um 5-0 na 2ª mão.

quinta-feira, fevereiro 16, 2012

Cão imundo

Perdemos ingloriamente em São Petersburgo com o Zenit por 3-2 e estamos em desvantagem nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Foi uma derrota muito amarga, já que empatámos o jogo aos 87’ e um erro incrível do Maxi Pereira, que estava a ser o melhor em campo, um minuto(!) depois deu novo golo ao adversário. Saio desta partida com uma sensação de frustração enorme e algo apreensivo (já explico melhor porquê) quanto ao desfecho da eliminatória, apesar de obviamente tudo continuar em aberto.

O título deste post deve-se ao momento do jogo: aos 17’, esse animal hediondo que eu me recuso a nomear agrediu o Rodrigo, num lance parecido com este. Felizmente não partiu a perna ao nosso jogador, mas provocou-lhe uma lesão que certamente o vai impedir de jogar nos próximos jogos. É o que se chama uma entrada “para memória futura”, já que se avizinha o jogo com os assumidamente corruptos (e a 2ª mão) e nada melhor do que pôr fora de jogo o jogador do Benfica em melhor forma. Começava mal a partida jogada nuns inacreditáveis -13ºC(!) e com o relvado naturalmente em péssimo estado. A jogar momentaneamente com 10, marcámos um golo pouco depois. Aos 20’, o Cardozo bate um livre, o guarda-redes defende para a frente e o Maxi Pereira recarga para o 0-1. O Rodrigo ainda voltou a entrar, mas apenas para dar tempo ao Aimar para aquecer e a substituição deu-se aos 27’. A partir do nosso golo, o Zenit acordou e passou a jogar à bola. Aumentou o ritmo e conseguiu empatar aos 27’, já depois de o Artur ter feito uma boa defesa, por parte do Shirokov, num lance em que se sentiu a falta do Javi García, já que o adversário apareceu sem marcação à entrada da área, com o Matic (que até fez um jogo razoável) nas covas. Até ao intervalo, poderia ter havido mais golos quer numa quer noutra baliza, mas a falta de pontaria imperou. Para além disso, alguns passes mal feitos impediram-nos de dar a melhor sequência a contra-ataques que poderiam ter sido perigosos.

A 2ª parte iniciou-se do mesmo modo que a 1ª,com as equipas num ritmo baixo e sem querer arriscar muito. O Gaitán de ângulo quase impossível e principalmente o Cardozo, numa boa jogada do Emerson, poderiam ter marcado, embora os russos também tenham tido uma boa oportunidade num remate por cima. Mas uma desatenção do Emerson, que não acompanhou o jogador que subiu no seu flanco depois de um toque de calcanhar do Kerzhakov, provocou o 2-1 marcado com outro toque de calcanhar(!) pelo Semak aos 71’. Ao contrário da 1ª parte, o Zenit não estava a justificar estar em vantagem no marcador, facto que aconteceu nos 10’ seguintes em que passámos um mau bocado. Cheguei a desejar que a partida terminasse aos 80’, porque estava mesmo a ver um terceiro golo. Mas nos últimos 10’ recompusemo-nos e acabámos por fazer o empate aos 87’ pelo Cardozo, depois de um remate atabalhoado do Gaitán que o guarda-redes defendeu para a frente, o que permitiu ao Tacuara marcar em 10 dos últimos 11 jogos em que participou (não fossem aqueles 5’ frente ao Marítimo na Taça da Liga e onde já ia o recorde do Eusébio…). Gritei o golo como há algum tempo não o fazia, mas o balde de água gélida veio logo no minuto seguinte quando o Maxi Pereira assistiu o Shirokov para o 3-2. Até final, o Nolito ainda teve um bom remate, mas o resultado manteve-se.

Em termos individuais, o Maxi Pereira e o Emerson (sim, o Emerson!) estavam os nossos melhores jogadores, mas cada um deles borrou a pintura ao estar ligado a um golo do Zenit. Assim como o Matic, que fez uma exibição muito personalizada, com excepção do esquecimento do 1-1. O Artur acabou por só fazer uma defesa e sofrer três golos sem culpa nenhuma. Os centrais não estiveram mal e o Garay livrou-se do amarelo que o impediria de jogar na 2ª mão, algo que INFELIZMENTE não aconteceu com o Aimar, que foi vítima de um critério incrível do Sr. Jonas Eriksson, árbitro sueco, que o admoestou num lance de disputa de bola (depois de só ter mostrado amarelo ao cão imundo no lance com o Rodrigo!). O Gaitán e o Witsel ganhariam muito se libertassem mais a bola e não se pusessem a fintar à saída(!) da nossa área, e não estiveram tão bem como em partidas anteriores (em especial, o belga). O Bruno César, que jogou em vez do Nolito, cumpriu, mas o espanhol mexeu com as coisas quando entrou. O Cardozo lá somou mais um golo e participou activamente no outro, mas teve mais ocasiões em que poderia ter rematado melhor do que fez. O Rodrigo poderia ter sido decisivo, mas o animal assassino não o permitiu.

Fiquei apreensivo para o jogo da 2ª mão, quando vi na flash interview a expressão do Jesus quando lamentou o facto de o Aimar não poder jogar. Iria ser muito importante para descobrir espaços na presumível muralha russa. Por outro lado, vamos ver como evolui o Rodrigo, porque sem nenhum deles o panorama torna-se mais negro. Além disso, estamos em desvantagem e eu bem vi como os russos se defenderam na pocilga, com o catenaccio do Spalletti a funcionar na perfeição. A juntar a isto, estarão com mais três semanas de treinos e, se já neste jogo não se notou a diferença de ritmo entre as equipas, ainda será pior na 2ª mão. Era bom que o Malafeev, o guarda-redes titular, continuasse de fora. Conforta-me saber que estamos há não-sei-quantos jogos a marcar consecutivamente e basta 1-0 para passarmos, mas todo o cuidado será pouco numa semana terrível, pois será apenas quatro dias depois de termos recebido os assumidamente corruptos.

P.S. – Espero bem que isto se verifique.

domingo, fevereiro 12, 2012

De luxo

A melhor exibição da época permitiu-nos derrotar o Nacional (4-1) e manter pelo menos a distância de cinco pontos em relação ao segundo classificado. Foi a 100ª vitória de Jorge Jesus ao comando do Benfica em apenas 141 jogos e é absolutamente notável esta percentagem de 70,92%. Noutras contas, foi a nossa 11ª vitória consecutiva e a 7ª jornada consecutiva do Cardozo a marcar para o campeonato. São números impressionantes e explicam muito da nossa supremacia nesta época.

Sem o Maxi Pereira, o Jesus inovou ao colocar o Witsel a defesa-direito(!), o que, juntamente com a falta por lesão do Javi García e consequente titularidade do Matic, me deixou um pouco de pé atrás no início da partida. Mas os meus receios foram infundados, porque assistimos ao regresso do rolo-compressor durante a maior parte do 1º tempo. O Nacional até entrou a trocar bem a bola, mas aos 9’ colocámo-nos em vantagem com uma cabeçada do Garay, que ainda desviou no Matic, na sequência de um livre. A partir daqui, tomámos conta do jogo e as oportunidades foram surgindo em catadupa. Poderíamos e deveríamos ter aproveitado melhor as hipóteses de marcar (Nolito, Cardozo ao poste e recarga do Rodrigo isolado ao lado), mas lá chegámos ao 2-0 aos 21’ num lance genial do Gaitán, que ultrapassou quatro defesas(!), e fez com que o Cardozo só tivesse que empurrar. Como a partida estava bastante desequilibrada, o Sr. Jorge Sousa resolveu entrar em acção e inventar um penalty a favor do Nacional por pretensa falta do Emerson, que nunca existiu. Foi aos 29’ que sofremos o golo, desconcentrámo-nos um pouco, mas felizmente que voltámos a repor a diferença em dois golos aos 39’, na sequência de uma boa jogada colectiva com finalização do Rodrigo.

A 2ª parte foi me nos interessante, porque tirámos um pouco o pé do acelerador (já a pensar na viagem a S. Petersburgo) e fomos muito menos vezes velozes do que na 1ª parte. Mesmo assim fomos criando perigo, mas não deixámos que fosse recíproco e chegámos ao 4-1 aos 61’ novamente pelo Rodrigo a meter a bola num ângulo quase impossível. Com as substituições, o ritmo foi-se quebrando um pouco e o Sr. Jorge Sousa assinalou um penalty a nosso favor já perto do final (ena, ena!), mas o Cardozo falhou ao atirar por cima. Escusado será dizer que saí do estádio um pouco chateado, porque detesto que a última imagem seja a de um penalty falhado (se calhar, Jesus, já ia sendo altura de mudar o marcador oficial, não? É que qualquer dia esta brincadeira saiu-nos muito cara…). O final da partida chegou em ritmo bastante lento e não foram criadas mais oportunidades.

Em termos individuais, o Rodrigo foi o homem do jogo ao bisar. Para além disso, lutou, correu, veio buscar jogo atrás, está feito um jogador completo. O Gaitán resolveu abrir o livro (bem-dita proximidade da Champions…) e foi determinante na vitória. O Nolito não foi tão decisivo como em jogos passados, mas não sabe verdadeiramente jogar mal. Aimar é o mais próximo da perfeição que podemos ver por estes dias. O Cardozo lá marcou mais um, mas a história dos penalties deve acabar para bem dele. Na defesa, não tivemos grandes problemas e estiveram todos bem. Uma palavra final para o Witsel, que começou a defesa-direito, e não se pode dizer que tenha comprometido.

Estamos bem embalados e a jogar como na melhor altura de Jesus. Agora há que virar agulhas para a Liga do Campeões e tentar ultrapassar as temperaturas negativas e a ameaça de neve em São Petersburgo para a próxima 4ª feira. Quanto ao campeonato, as duas próximas jornadas são fundamentais, com saídas a Guimarães e a Coimbra. Depois receberemos o CRAC e é imperioso mantermos, pelo menos, os cinco pontos de distância.

sexta-feira, fevereiro 10, 2012

A melhor notícia do ano (até agora)

Deus vai continuar connosco durante mais uma época. Obrigado, Senhor!

segunda-feira, fevereiro 06, 2012

Agradável

Derrotámos o Marítimo por 3-0 e estamos mais uma vez nas meias-finais da Taça da Liga. Foi uma vitória incontestável num jogo bem disputado e perante uma das melhores equipas do nosso campeonato. Iremos agora defrontar os assumidamente corruptos no nosso estádio para tentar chegar à 4ª final consecutiva.

A partida iniciou-se logo com um grande susto quando um adversário surgiu isolado frente ao Eduardo, que voltou a fazer bem a mancha tal como tinha sucedido em Guimarães. Nós criámos igualmente duas ou três boas oportunidades antes do golo do Nélson Oliveira aos 13’ depois de uma óptima abertura do Saviola. Até ao intervalo poderíamos ter aumentado o score, mas o guardião contrário (Salin) e alguma falta de pontaria foram-no impedindo.

Na 2ª parte, não baixámos o ritmo apesar de estarmos na prática com dois golos de vantagem (já que o empate também nos qualificaria). Aos 58’, o Artur Soares Dias expulsou o Pouga por cotovelada no Javi García. Visto na televisão, parece um pouco exagerado. A partir daqui, o Marítimo deixou de ser tão acutilante em termos atacantes e as oportunidades foram-se sucedendo para nós, com o Nélson Oliveira a estar em destaque ao falhar algumas. O Jesus mexeu na equipa e em boa hora o fez, já que foi o Rodrigo a sentenciar a partida, com dois golos aos 72’ e 80’. Até final, ainda deu para estrear o Djaló e para falhar mais uns quantos golos.

Em termos individuais e apesar de alguma fussanguice, o Nélson Oliveira merece o destaque, porque não só marcou um golo (e falhou outros dois) como esteve muito mexido na frente e a dar imenso trabalho à defesa contrária. O Rodrigo com dois golos tornou-se na outra grande figura da partida. O Nolito é outro jogador de quem eu gosto imenso e só pecou na finalização, já que foi o raçudo do costume (mas devia ter passado ao Cardozo no último lance do encontro…). O Gaitán também esteve mais comprometido com o jogo em relação ao Santa Clara. O Aimar é o Aimar e não é preciso dizer mais nada. O Javi García foi muito importante nos equilíbrios defensivos, já que teve que valer por ele e pelo Witsel (que ficou no banco). A defesa portou-se razoavelmente tendo em conta que faltou o Luisão e espero que o Capdevila tenha mais hipóteses, já que é por demais evidente que não fica a dever nada ao Emerson (para ser simpático para este…). O Saviola é que continua numa forma sofrível, ou então perde por comparação com os outros companheiros de ataque. Quanto ao Djaló, está claramente sem ritmo, mas mesmo assim poderia ter marcado.

Cumprimos a nossa obrigação e agora aguardemos o encontro das meias-finais, que virá depois de jogos muito mais importantes para as outras duas competições.

P.S. – Há oportunidades que se perdem ingloriamente. Não percebi a entrada do Cardozo nos últimos cinco minutos. Ok, a ovação ao Nélson Oliveira era merecida, mas poderia ter entrado outro jogador. O Cardozo marcava há oito jogos consecutivos e poderia ultrapassar o recorde do Eusébio se marcasse no nono. Em cinco minutos, isso não aconteceu (ai Nolito, Nolito…) e não vimos história. O Jesus bem que poderia ter pensado nisto, já que o resultado mais que feito…