domingo, setembro 27, 2009
Futebol?!
Vencemos o Leixões por 5-0 e mantivemo-nos dois pontos atrás do vacoso do Braga que marcou em Olhão aos 93’! Com a vitória do CRAC sobre os lagartos, temos os nossos vizinhos a seis pontos de distância.
Ponto prévio: prefiro que o Benfica ganhe perante 11 jogadores. Ao contrário da maioria dos adeptos do CRAC que gosta de ganhar de qualquer maneira e, se possível, humilhando o adversário (colocando, por exemplo, um seu guarda-redes a marcar penalties quando já estão a ganhar por 2-0), eu não. Só que, quando se defronta uma equipa que tem um guarda-redes a simular uma lesão aos 3’(!) e fica 2’ no chão, está tudo dito. O Leixões, há que dizê-lo com frontalidade, fez um jogo NOJENTO. Quer dizer, a bem da verdade, se fez algum tipo de jogo, não foi de futebol com certeza. Quando vi aquela cena do guarda-redes, pensei num Marítimo – parte II, mas enganei-me porque foi pior. O Marítimo fez antijogo, mas o Leixões juntou a isso a caça às pernas dos nossos jogadores! E depois o seu treinador, o inefável Zé Mota, admira-se de ter a equipa pejada de amarelos e com dois elementos expulsos! Mesmo depois de o resultado estar já em 3-0 e com nove em campo, essa caça continuava. Está-lhes mesmo no sangue. Mas, curiosamente, é só contra nós. Quando defrontaram o CRAC, não se viu esta agressividade. Coincidências, certamente.
Há pouco a dizer sobre esta partida. O Benfica, decorrente do seu processo de crescimento, ainda lida mal com este tipo de adversários que utilizam esquemas ignóbeis para não nos deixar jogar. A 1ª parte foi fraca, porque os nossos jogadores enervaram-se com tamanha negação do futebol. Felizmente conseguimos marcar antes do intervalo através do David Luiz aos 48’ (o árbitro deu, e bem, 5’ de desconto), o que era ESSENCIAL, para que a equipa se tranquilizasse e, quiçá, o Leixões mostrasse que também sabe jogar futebol e fosse à procura do golo. Só que isso não aconteceu na 2ª parte. A nossa equipa tranquilizou-se, mas o adversário continuou mais preocupado com as nossas pernas do que com a bola. Com a inevitável e justa superioridade numérica, o resultado foi-se avolumando com naturalidade: Cardozo por duas vezes (se se concentrar daquela maneira antes dos penalties e os marcar assim, não falhará mais nenhum na carreira), Ramires e Maxi Pereira marcaram os golos.
Individualmente não houve ninguém que se destacasse por aí além, já que funcionámos como um todo. Melhor na 2ª do que na 1ª parte. Mas é de salientar a manutenção da veia goleadora do Cardozo e do Ramires que, como diz o Artur, se vai revelando um concorrente de peso do Falcão pelo 2ª lugar na lista dos melhores marcadores... :-) O César Peixoto melhorou no 2º tempo, tal como o Aimar, e o Fábio Coentrão voltou a entrar bem na partida. O Luisão continua intransponível e o Javi García não demonstrou resquícios nenhuns dos problemas físicos que teve durante a semana.
Na 5ª feira temos uma partida muito importante para a Liga Europa, mas, não me canso de repetir, o que mais me impressiona no Benfica, é esta procura incessante pelo golo independentemente da proximidade temporal dos encontros que se seguem. Uma vitória na partida frente ao AEK Atenas representará um passo muito importante para a qualificação para os 1/16 final da Liga Europa. Onde obviamente temos obrigação de estar. Estou confiante que assim acontecerá e que essa vitória será com uma boa exibição da nossa parte. Até porque os gregos não vão certamente jogar(?!) como o Leixões.
P.S. – Só agora pude escrever sobre o jogo, porque ontem à noite segui directamente da Luz para o Restelo para os 30 anos da maior banda portuguesa. Fiquei muito chateado por ser tudo à mesma hora, gosto muito dos Xutos, mas o Benfica não é OBVIAMENTE negociável. Ainda deu para ver duas horas de concerto, cujo momento alto surgiu mesmo no final: o Kalú (ninguém é perfeito...) vestiu uma camisola do CRAC e 2/3 do estádio começou a cantar “SLB Glorioso SLB”! A conclusão perfeita de uma noite inesquecível!
Ponto prévio: prefiro que o Benfica ganhe perante 11 jogadores. Ao contrário da maioria dos adeptos do CRAC que gosta de ganhar de qualquer maneira e, se possível, humilhando o adversário (colocando, por exemplo, um seu guarda-redes a marcar penalties quando já estão a ganhar por 2-0), eu não. Só que, quando se defronta uma equipa que tem um guarda-redes a simular uma lesão aos 3’(!) e fica 2’ no chão, está tudo dito. O Leixões, há que dizê-lo com frontalidade, fez um jogo NOJENTO. Quer dizer, a bem da verdade, se fez algum tipo de jogo, não foi de futebol com certeza. Quando vi aquela cena do guarda-redes, pensei num Marítimo – parte II, mas enganei-me porque foi pior. O Marítimo fez antijogo, mas o Leixões juntou a isso a caça às pernas dos nossos jogadores! E depois o seu treinador, o inefável Zé Mota, admira-se de ter a equipa pejada de amarelos e com dois elementos expulsos! Mesmo depois de o resultado estar já em 3-0 e com nove em campo, essa caça continuava. Está-lhes mesmo no sangue. Mas, curiosamente, é só contra nós. Quando defrontaram o CRAC, não se viu esta agressividade. Coincidências, certamente.
Há pouco a dizer sobre esta partida. O Benfica, decorrente do seu processo de crescimento, ainda lida mal com este tipo de adversários que utilizam esquemas ignóbeis para não nos deixar jogar. A 1ª parte foi fraca, porque os nossos jogadores enervaram-se com tamanha negação do futebol. Felizmente conseguimos marcar antes do intervalo através do David Luiz aos 48’ (o árbitro deu, e bem, 5’ de desconto), o que era ESSENCIAL, para que a equipa se tranquilizasse e, quiçá, o Leixões mostrasse que também sabe jogar futebol e fosse à procura do golo. Só que isso não aconteceu na 2ª parte. A nossa equipa tranquilizou-se, mas o adversário continuou mais preocupado com as nossas pernas do que com a bola. Com a inevitável e justa superioridade numérica, o resultado foi-se avolumando com naturalidade: Cardozo por duas vezes (se se concentrar daquela maneira antes dos penalties e os marcar assim, não falhará mais nenhum na carreira), Ramires e Maxi Pereira marcaram os golos.
Individualmente não houve ninguém que se destacasse por aí além, já que funcionámos como um todo. Melhor na 2ª do que na 1ª parte. Mas é de salientar a manutenção da veia goleadora do Cardozo e do Ramires que, como diz o Artur, se vai revelando um concorrente de peso do Falcão pelo 2ª lugar na lista dos melhores marcadores... :-) O César Peixoto melhorou no 2º tempo, tal como o Aimar, e o Fábio Coentrão voltou a entrar bem na partida. O Luisão continua intransponível e o Javi García não demonstrou resquícios nenhuns dos problemas físicos que teve durante a semana.
Na 5ª feira temos uma partida muito importante para a Liga Europa, mas, não me canso de repetir, o que mais me impressiona no Benfica, é esta procura incessante pelo golo independentemente da proximidade temporal dos encontros que se seguem. Uma vitória na partida frente ao AEK Atenas representará um passo muito importante para a qualificação para os 1/16 final da Liga Europa. Onde obviamente temos obrigação de estar. Estou confiante que assim acontecerá e que essa vitória será com uma boa exibição da nossa parte. Até porque os gregos não vão certamente jogar(?!) como o Leixões.
P.S. – Só agora pude escrever sobre o jogo, porque ontem à noite segui directamente da Luz para o Restelo para os 30 anos da maior banda portuguesa. Fiquei muito chateado por ser tudo à mesma hora, gosto muito dos Xutos, mas o Benfica não é OBVIAMENTE negociável. Ainda deu para ver duas horas de concerto, cujo momento alto surgiu mesmo no final: o Kalú (ninguém é perfeito...) vestiu uma camisola do CRAC e 2/3 do estádio começou a cantar “SLB Glorioso SLB”! A conclusão perfeita de uma noite inesquecível!
sexta-feira, setembro 25, 2009
Eleições
No próximo Domingo, haverá eleições para a Assembleia da República. Numa altura tão difícil para o país e para o mundo, este acto eleitoral é de uma importância extrema. Neste sentido, é fundamental escolhermos em consciência o que é melhor para o país, socorrendo-nos dos valores que consideramos fundamentais.
Assim sendo, o meu sentido de voto é muito simples. Nos últimos anos, uma boa parte dos deputados da nação foram coniventes com actos de corrupção praticados por uma pessoa que, ao invés de ter a justiça à perna, ainda teve honras de ser convidado para almoçar na Assembleia da República! No ano passado e neste ano. Somente dois partidos não tiveram deputados presentes no beija-mão, perdão, no almoço. Como estão em pólos opostos do sistema político, a minha escolha é muito fácil. Quem quer ser respeitado, tem que dar-se ao respeito. Haja vergonha na cara!
segunda-feira, setembro 21, 2009
UFA!
Foi esta a sms que o meu amigo P me enviou no final do jogo. Demonstra bem o sofrimento que todos nós passámos a ver a vitória do Glorioso em Leiria por 2-1. Como era de prever, foi uma partida dificílima, porque o insuportável lagarto do Manuel Fernandes é bom treinador e porque se presumia que a equipa não estava no seu auge físico por causa do encontro europeu de 5ª feira, o que se veio a confirmar.
O desgaste dessa partida fez com que o Cardozo começasse esta no banco (logo na 5ª feira, não percebi porque é que não foi ele a sair quando levou a patada, mas sim o Nuno Gomes...), entrando o Keirrison, e o Shaffer voltou a ser titular em detrimento do César Peixoto (até que enfim!). Não poderíamos ter entrado melhor, já que marcámos aos 4’ pelo Saviola na sequência de um livre do Aimar. Pensei que poderíamos assistir a um jogo mais descansado, já que costumamos exibir-nos bem quando estamos em vantagem, mas isso não aconteceu. Tivemos uma boa oportunidade, mas o Keirrison não conseguiu desviar a bola do guarda-redes e uma falta escusada do Maxi Pereira permitiu à U. Leiria empatar. Centro do Silas e autogolo do David Luiz aos 18’. Até final da 1ª parte mantivemos o domínio da partida, mas não conseguimos criar grandes oportunidades de golo.
A 2ª parte não começou tão bem quanto seria desejável. O Benfica não estava a conseguir exibir-se ao nível que já nos habituou também muito por culpa da U. Leiria, que não nos deixava jogar. De uma maneira, deva referir-se, absolutamente legal, sem abusar do antijogo. Aos 64’ o Jorge Jesus lá se decidiu por fazer entrar o Cardozo, juntamente com o Nuno Gomes, para os lugares do Keirrison (ainda um corpo estranho na equipa) e Ramires (as sequelas do jogo europeu foram visíveis, já que a exibição não foi tão boa como as anteriores). Pressionámos mais o adversário, que respondia em contra-ataque e, num deles, poderia ter-se colocado em vantagem, mas o avançado atirou por cima da barra. Até que aos 78’ aconteceu o lance que decidiu o jogo. Penalty CLARÍSSIMO, vou repetir, C-L-A-R-Í-S-S-I-M-O(!), sobre o Aimar depois de uma boa tabelinha deste com o Nuno Gomes. O adversário abalroa-o completamente, é indiferente se tocou ou não na bola, estamos entendidos Rui Santos, Manuel Fernandes & Cia antibenfiquista lda?! Aliás, bastava pensarem um bocadinho e para o Sr. Jorge Sousa marcar um penalty a favor do Benfica ele tem mesmo que existir, não?! O Cardozo lá conseguiu marcar golo, apesar de o remate não ter saído muito colocado, mas a força dele fez com que passasse por baixo do corpo do guarda-redes. Até final ainda poderíamos ter aumentado a vantagem pelo Nuno Gomes e, no último lance da partida, o Quim resolveu afugentar os fantasmas do V. Setúbal (em casa) no ano passado e do Sion na pré-época deste ano, ao defender para canto uma bola bombeada para a sua baliza.
Em termos individuais, gostei muito da 1ª parte do Saviola e Aimar, e o Luisão continua absolutamente imperial. O Shaffer fez uma partida esforçada e acho que deve manter a titularidade, já o Maxi Pereira não esteve tão regular como habitualmente, o que é normal se considerarmos que vem de uma lesão prolongada. O Di María esteve francamente desinspirado tal como o Keirrison. Quem é um relógio suíço é o Javi García que, no entanto, levou mais um amarelo. O David Luiz não esteve mal, mas teve azar no autogolo. No entanto, como ouvi alguém referir, este azar persegue-o, já que está ligado aos três golos que sofremos até agora para o campeonato. O Nuno Gomes voltou a não entrar mal na equipa ao participar do lance do penalty e o Cardozo isolou-se nos melhores marcadores com cinco golos.
Com a derrota do CRAC A em casa do CRAC B(raga), isolámo-nos no 2º lugar ainda a dois pontos do 1º e temos o clube assumidamente corrupto a três de nós. Também por isso esta vitória era fundamental, porque não seria a 1ª vez que desperdiçaríamos a oportunidade de aproveitarmos um resultado negativo deles. Nem sempre as exibições podem ser de encher o olho, mas é precisamente nestes casos que ganhar é ainda mais importante. Os 22.676 que lotaram o estádio da U. Leiria pela 1ª vez desde o Euro 2004 (ou muito me engano ou este jogo vai ter mais espectadores que os outros 14 juntos...) bem mereceram este triunfo. A onda vermelha é impressionante e, a continuarmos assim, não irá parar tão cedo.
O desgaste dessa partida fez com que o Cardozo começasse esta no banco (logo na 5ª feira, não percebi porque é que não foi ele a sair quando levou a patada, mas sim o Nuno Gomes...), entrando o Keirrison, e o Shaffer voltou a ser titular em detrimento do César Peixoto (até que enfim!). Não poderíamos ter entrado melhor, já que marcámos aos 4’ pelo Saviola na sequência de um livre do Aimar. Pensei que poderíamos assistir a um jogo mais descansado, já que costumamos exibir-nos bem quando estamos em vantagem, mas isso não aconteceu. Tivemos uma boa oportunidade, mas o Keirrison não conseguiu desviar a bola do guarda-redes e uma falta escusada do Maxi Pereira permitiu à U. Leiria empatar. Centro do Silas e autogolo do David Luiz aos 18’. Até final da 1ª parte mantivemos o domínio da partida, mas não conseguimos criar grandes oportunidades de golo.
A 2ª parte não começou tão bem quanto seria desejável. O Benfica não estava a conseguir exibir-se ao nível que já nos habituou também muito por culpa da U. Leiria, que não nos deixava jogar. De uma maneira, deva referir-se, absolutamente legal, sem abusar do antijogo. Aos 64’ o Jorge Jesus lá se decidiu por fazer entrar o Cardozo, juntamente com o Nuno Gomes, para os lugares do Keirrison (ainda um corpo estranho na equipa) e Ramires (as sequelas do jogo europeu foram visíveis, já que a exibição não foi tão boa como as anteriores). Pressionámos mais o adversário, que respondia em contra-ataque e, num deles, poderia ter-se colocado em vantagem, mas o avançado atirou por cima da barra. Até que aos 78’ aconteceu o lance que decidiu o jogo. Penalty CLARÍSSIMO, vou repetir, C-L-A-R-Í-S-S-I-M-O(!), sobre o Aimar depois de uma boa tabelinha deste com o Nuno Gomes. O adversário abalroa-o completamente, é indiferente se tocou ou não na bola, estamos entendidos Rui Santos, Manuel Fernandes & Cia antibenfiquista lda?! Aliás, bastava pensarem um bocadinho e para o Sr. Jorge Sousa marcar um penalty a favor do Benfica ele tem mesmo que existir, não?! O Cardozo lá conseguiu marcar golo, apesar de o remate não ter saído muito colocado, mas a força dele fez com que passasse por baixo do corpo do guarda-redes. Até final ainda poderíamos ter aumentado a vantagem pelo Nuno Gomes e, no último lance da partida, o Quim resolveu afugentar os fantasmas do V. Setúbal (em casa) no ano passado e do Sion na pré-época deste ano, ao defender para canto uma bola bombeada para a sua baliza.
Em termos individuais, gostei muito da 1ª parte do Saviola e Aimar, e o Luisão continua absolutamente imperial. O Shaffer fez uma partida esforçada e acho que deve manter a titularidade, já o Maxi Pereira não esteve tão regular como habitualmente, o que é normal se considerarmos que vem de uma lesão prolongada. O Di María esteve francamente desinspirado tal como o Keirrison. Quem é um relógio suíço é o Javi García que, no entanto, levou mais um amarelo. O David Luiz não esteve mal, mas teve azar no autogolo. No entanto, como ouvi alguém referir, este azar persegue-o, já que está ligado aos três golos que sofremos até agora para o campeonato. O Nuno Gomes voltou a não entrar mal na equipa ao participar do lance do penalty e o Cardozo isolou-se nos melhores marcadores com cinco golos.
Com a derrota do CRAC A em casa do CRAC B(raga), isolámo-nos no 2º lugar ainda a dois pontos do 1º e temos o clube assumidamente corrupto a três de nós. Também por isso esta vitória era fundamental, porque não seria a 1ª vez que desperdiçaríamos a oportunidade de aproveitarmos um resultado negativo deles. Nem sempre as exibições podem ser de encher o olho, mas é precisamente nestes casos que ganhar é ainda mais importante. Os 22.676 que lotaram o estádio da U. Leiria pela 1ª vez desde o Euro 2004 (ou muito me engano ou este jogo vai ter mais espectadores que os outros 14 juntos...) bem mereceram este triunfo. A onda vermelha é impressionante e, a continuarmos assim, não irá parar tão cedo.
sexta-feira, setembro 18, 2009
Tranquilo
Entrámos a ganhar na Liga Europa ao derrotar o Bate Borisov por 2-0. Convém recordar que estávamos a defrontar o tri (em vias de ser tetra) campeão da Bielorrússia e, se tínhamos naturalmente de assumir o favoritismo até porque jogávamos em casa, não deveríamos pensar que seriam favas contadas.
E, de facto, não pensámos. Fizemos quatro alterações na equipa titular (Júlio César, Maxi Pereira, Felipe Meneses e Nuno Gomes), deixando o Saviola no banco e o Aimar e Quim na bancada. A partida começou muito dividida e os bielorrussos mostraram que sabiam trocar a bola. A nossa intensidade era menor do que nos encontros anteriores, o que era perfeitamente normal, já que o Aimar e o Saviola não estavam em campo. Mesmo assim, imprimimos alguma velocidade, em especial pelo Di María, e começámos a acercar-nos da baliza contrária. Não criámos tantas oportunidades como em partidas anteriores, mas foi sem surpresa que chegámos à vantagem aos 36’ num golão do Nuno Gomes depois de uma boa jogada do Maxi Pereira. O mais difícil estava feito e 5’ depois fizemos o 2-0 através do Cardozo depois de uma assistência brilhante do Nuno Gomes. Antes do intervalo, o Di María teve um remate muito perigoso, mas, se tivesse levantado a cabeça, teria visto o Ramires isolado na direita e a nossa vantagem no descanso seria provavelmente superior.
Estava curioso para ver como seria a 2ª parte, em especial a gestão do esforço por causa do jogo com o Leiria no Domingo, mas entrámos decididos a marcar o 3º golo e pôr-nos a salvo de que um lance fortuito do adversário recolocasse a diferença mínima no marcador. Durante 20’ pressionámos o Bate Borisov, tivemos algumas boas oportunidades (nomeadamente um mau domínio do Nuno Gomes que estava isolado), mas a bola não entrou. A partir da saída do capitão aos 66’, coincidência ou não, baixámos de rendimento (o Saviola esteve discreto) e os bielorrussos começaram a sondar a nossa baliza. Tiveram uma ou duas boas oportunidades, mas, quando o Jorge Jesus fez entrar o Rúben Amorim para o lugar do Di María aos 77’, a brincadeira acabou e eles nunca mais criaram perigo.
O melhor em campo para mim foi o Nuno Gomes. Um golo e uma assistência tornam-no num elemento fundamental para a nossa vitória. Só foi pena aquele mau domínio de bola que lhe teria dado o bis. Não concordei com a sua substituição, porque estava a jogar bem e porque seria uma boa oportunidade para o Cardozo descansar, mas o Jorge Jesus não entendeu assim. O Felipe Menezes ainda está um pouco verde (salvo seja!), mas nota-se que tem muito bom toque de bola. Para estreia, não foi mau. O Di María esteve melhor que no Restelo, mas também não levou com uma pantufada logo no início do jogo. O Luisão fez um jogo praticamente perfeito e, não fora o Nuno Gomes, seria o melhor em campo. O Júlio César não teve muito trabalho, mas sinceramente acho injusto para o Moreira, que fez uma muito boa pré-época e teve apenas um deslize em Poltava. Acho que ele merecia ser o titular na Liga Europa. O Maxi só se notou que tinha vindo de lesão, quando deu o berro no último quarto de hora. Daí também a entrada do Amorim para defesa-direito, subindo ele para médio. Como nota menos positiva, continuo a não compreender a insistência no César Peixoto em detrimento do Shaffer.
É certo que os 8-1 e 4-0 fora de casa nos enchem a alma, mas o modo como foi obtida esta vitória é extraordinariamente importante para nos dar confiança para o futuro. Quando não conseguimos o “80”, estamos no “40”, o que nos permite ganhar à mesma. Esta inteligência de saber ter paciência para nos colocarmos em vantagem e controlar o adversário, limitando-lhe ao máximo as hipóteses de criar perigo na nossa baliza, é outra das conquistas fundamentais deste ano. Esperamos que seja para continuar, de preferência já no Domingo em Leiria. E muita atenção ao Jorge Sousa!
P.S. – O Rúben Amorim é sócio do Benfica desde que nasceu e tem todas as condições para vir a ser um dos capitães daqui a umas épocas. Mas não pode ter atitudes como a de hoje no final da partida. A saudação ao público depois do jogo é FUNDAMENTAL para manter a união da equipa com os adeptos. Sair disparado para os balneários depois do árbitro apitar, sejam quais forem as razões (presume-se amuo por não ter sido titular, o que ainda é pior), não é justificável. Muito bem esteve o Jorge Jesus a ir buscá-lo e a fazê-lo voltar ao campo. Espero que este mau momento dele não se repita. Até por ele ser assumidamente benfiquista e dever, acima de todos, perceber a importância daquele gesto.
E, de facto, não pensámos. Fizemos quatro alterações na equipa titular (Júlio César, Maxi Pereira, Felipe Meneses e Nuno Gomes), deixando o Saviola no banco e o Aimar e Quim na bancada. A partida começou muito dividida e os bielorrussos mostraram que sabiam trocar a bola. A nossa intensidade era menor do que nos encontros anteriores, o que era perfeitamente normal, já que o Aimar e o Saviola não estavam em campo. Mesmo assim, imprimimos alguma velocidade, em especial pelo Di María, e começámos a acercar-nos da baliza contrária. Não criámos tantas oportunidades como em partidas anteriores, mas foi sem surpresa que chegámos à vantagem aos 36’ num golão do Nuno Gomes depois de uma boa jogada do Maxi Pereira. O mais difícil estava feito e 5’ depois fizemos o 2-0 através do Cardozo depois de uma assistência brilhante do Nuno Gomes. Antes do intervalo, o Di María teve um remate muito perigoso, mas, se tivesse levantado a cabeça, teria visto o Ramires isolado na direita e a nossa vantagem no descanso seria provavelmente superior.
Estava curioso para ver como seria a 2ª parte, em especial a gestão do esforço por causa do jogo com o Leiria no Domingo, mas entrámos decididos a marcar o 3º golo e pôr-nos a salvo de que um lance fortuito do adversário recolocasse a diferença mínima no marcador. Durante 20’ pressionámos o Bate Borisov, tivemos algumas boas oportunidades (nomeadamente um mau domínio do Nuno Gomes que estava isolado), mas a bola não entrou. A partir da saída do capitão aos 66’, coincidência ou não, baixámos de rendimento (o Saviola esteve discreto) e os bielorrussos começaram a sondar a nossa baliza. Tiveram uma ou duas boas oportunidades, mas, quando o Jorge Jesus fez entrar o Rúben Amorim para o lugar do Di María aos 77’, a brincadeira acabou e eles nunca mais criaram perigo.
O melhor em campo para mim foi o Nuno Gomes. Um golo e uma assistência tornam-no num elemento fundamental para a nossa vitória. Só foi pena aquele mau domínio de bola que lhe teria dado o bis. Não concordei com a sua substituição, porque estava a jogar bem e porque seria uma boa oportunidade para o Cardozo descansar, mas o Jorge Jesus não entendeu assim. O Felipe Menezes ainda está um pouco verde (salvo seja!), mas nota-se que tem muito bom toque de bola. Para estreia, não foi mau. O Di María esteve melhor que no Restelo, mas também não levou com uma pantufada logo no início do jogo. O Luisão fez um jogo praticamente perfeito e, não fora o Nuno Gomes, seria o melhor em campo. O Júlio César não teve muito trabalho, mas sinceramente acho injusto para o Moreira, que fez uma muito boa pré-época e teve apenas um deslize em Poltava. Acho que ele merecia ser o titular na Liga Europa. O Maxi só se notou que tinha vindo de lesão, quando deu o berro no último quarto de hora. Daí também a entrada do Amorim para defesa-direito, subindo ele para médio. Como nota menos positiva, continuo a não compreender a insistência no César Peixoto em detrimento do Shaffer.
É certo que os 8-1 e 4-0 fora de casa nos enchem a alma, mas o modo como foi obtida esta vitória é extraordinariamente importante para nos dar confiança para o futuro. Quando não conseguimos o “80”, estamos no “40”, o que nos permite ganhar à mesma. Esta inteligência de saber ter paciência para nos colocarmos em vantagem e controlar o adversário, limitando-lhe ao máximo as hipóteses de criar perigo na nossa baliza, é outra das conquistas fundamentais deste ano. Esperamos que seja para continuar, de preferência já no Domingo em Leiria. E muita atenção ao Jorge Sousa!
P.S. – O Rúben Amorim é sócio do Benfica desde que nasceu e tem todas as condições para vir a ser um dos capitães daqui a umas épocas. Mas não pode ter atitudes como a de hoje no final da partida. A saudação ao público depois do jogo é FUNDAMENTAL para manter a união da equipa com os adeptos. Sair disparado para os balneários depois do árbitro apitar, sejam quais forem as razões (presume-se amuo por não ter sido titular, o que ainda é pior), não é justificável. Muito bem esteve o Jorge Jesus a ir buscá-lo e a fazê-lo voltar ao campo. Espero que este mau momento dele não se repita. Até por ele ser assumidamente benfiquista e dever, acima de todos, perceber a importância daquele gesto.
segunda-feira, setembro 14, 2009
Chapa 4
Ganhámos em Belém por 4-0 em mais uma demonstração do excelente momento que atravessamos. Foi uma vitória indiscutível e o que mais me impressionou foi que nem sequer forçámos muito. Se o tivéssemos feito, nem quero pensar qual seria o resultado. Aliás, foi uma atitude inteligente da nossa parte, porque vamos ter três jogos numa semana e as pernas têm que dar para tudo.
Da equipa inicial, e apesar da recuperação do Maxi Pereira, o Rúben Amorim continuou a titular, mas a grande surpresa (e incompreensível, para mim) foi a inclusão do César Peixoto na lateral esquerda em detrimento do Shaffer. Não percebi a opção, porque já no jogo frente ao V. Setúbal o César Peixoto não tinha estado bem naquele lugar e hoje foi indiscutivelmente o pior jogador do Benfica. Eu compreendo que haja jogadores de que os treinadores gostem mais, mas esta dúvida permanente do Jorge Jesus em relação ao valor do Shaffer é algo que me ultrapassa. O homem é dos melhores no plantel a centrar e está melhor a defender, mas parece que não é suficiente...
Não poderíamos ter entrado melhor na partida com o Saviola a correr 60 metros e marcar um golo fabuloso logo aos 6’. Foi a resposta a uma das raríssimas oportunidades do Belenenses logo no minuto inicial, quando o Quim resolveu sair mal a um cruzamento (como é hábito). Pouco depois do nosso golo, outra óptima jogada do Saviola ia permitindo ao Cardozo aumentar o marcador, mas o cabeceamento foi mal efectuado. Até ao intervalo, o nosso ritmo diminuiu bastante, mas o Belenenses também não se mostrava capaz de criar perigo.
A vantagem mínima era perigosa, até porque o árbitro era o Sr. Olegário Benquerença e nunca fiando. A 2ª parte foi bastante melhor, porque os jogadores do Benfica foram para cima do adversário para acabar de vez com a partida. O que aconteceu logo aos 57’ com um golo do Cardozo depois de assistência do Saviola. A partir daqui, o Belenenses baixou os braços, mas nós, mesmo em ritmo de treino se compararmos com o jogo frente ao V. Setúbal, fomos sempre tentando marcar mais. E assim aconteceu com os golos do Javi García (76’) e Ramires (88’). O que mais impressiona neste Benfica é precisamente esta fome de golos. De uma maneira ou de outra, e mesmo controlando mais a partida, tentamos sempre marcar mais. A nossa velocidade no último terço de campo é impressionante e dá gosto ver quatro jogadores a correr para a baliza, tentando dar opções de passe ao Aimar que tinha a bola, com 3-0 a nosso favor.
Individualmente há que destacar o Saviola, principalmente pela 1ª parte. Para quem está “velho” e vem para cá para a “reforma”, não está nada mal. Outro em grande nível foi o Ramires. Que jogador! São raras as intervenções erradas que tem no jogo. Também gostei do Aimar, cuja inteligência a jogar à bola é fantástica. O Javi García não sabe jogar mal, mas vai ser um dos jogadores mais perseguidos pelos árbitros (já vai no 3º amarelo). O Di María levou uma grande trancada no início do jogo e não esteve tão acutilante como em partidas anteriores. O Cardozo, apesar de só ter jogado cinco minutos na sua selecção, vem sempre muito desgastado das viagens e fez um jogo fraquinho. Só que, como diz o Leão Eça Cana aka Carlos Silva, “não joga nada e só sabe marcar golos... :-)” A defesa não esteve mal (com excepção do César Peixoto, mas em termos atacantes), todavia o David Luiz tem que ser mais inteligente nalgumas situações de jogo em que faz faltas desnecessárias perto da linha lateral quando o adversário está em dificuldades. Provoca livres perigosos contra nós que são completamente escusados.
Na maior enchente dos últimos (largos) anos no Restelo e com quase meia-Tertúlia Benfiquista (Pedro F. Ferreira, D’Arcy, Gwaihir, Pedrov, Superman Torras e Artur) novamente presente tal como na época passada, este triunfo recolocou-nos novamente no 2º lugar. E só não estamos em 1º, porque o CRAC B, perdão, o Braga ganhou na Madeira com um penalty fantasma a 5’ do fim. Quero ver o que vai acontecer para a semana quando defrontarem a casa-mãe. Quanto a nós, na 5ª feira é muito importante começar a carreira na Liga Europa com uma vitória frente ao Bate Borisov. Para ver se começamos a limpar a má imagem da péssima carreira europeia do ano passado
Da equipa inicial, e apesar da recuperação do Maxi Pereira, o Rúben Amorim continuou a titular, mas a grande surpresa (e incompreensível, para mim) foi a inclusão do César Peixoto na lateral esquerda em detrimento do Shaffer. Não percebi a opção, porque já no jogo frente ao V. Setúbal o César Peixoto não tinha estado bem naquele lugar e hoje foi indiscutivelmente o pior jogador do Benfica. Eu compreendo que haja jogadores de que os treinadores gostem mais, mas esta dúvida permanente do Jorge Jesus em relação ao valor do Shaffer é algo que me ultrapassa. O homem é dos melhores no plantel a centrar e está melhor a defender, mas parece que não é suficiente...
Não poderíamos ter entrado melhor na partida com o Saviola a correr 60 metros e marcar um golo fabuloso logo aos 6’. Foi a resposta a uma das raríssimas oportunidades do Belenenses logo no minuto inicial, quando o Quim resolveu sair mal a um cruzamento (como é hábito). Pouco depois do nosso golo, outra óptima jogada do Saviola ia permitindo ao Cardozo aumentar o marcador, mas o cabeceamento foi mal efectuado. Até ao intervalo, o nosso ritmo diminuiu bastante, mas o Belenenses também não se mostrava capaz de criar perigo.
A vantagem mínima era perigosa, até porque o árbitro era o Sr. Olegário Benquerença e nunca fiando. A 2ª parte foi bastante melhor, porque os jogadores do Benfica foram para cima do adversário para acabar de vez com a partida. O que aconteceu logo aos 57’ com um golo do Cardozo depois de assistência do Saviola. A partir daqui, o Belenenses baixou os braços, mas nós, mesmo em ritmo de treino se compararmos com o jogo frente ao V. Setúbal, fomos sempre tentando marcar mais. E assim aconteceu com os golos do Javi García (76’) e Ramires (88’). O que mais impressiona neste Benfica é precisamente esta fome de golos. De uma maneira ou de outra, e mesmo controlando mais a partida, tentamos sempre marcar mais. A nossa velocidade no último terço de campo é impressionante e dá gosto ver quatro jogadores a correr para a baliza, tentando dar opções de passe ao Aimar que tinha a bola, com 3-0 a nosso favor.
Individualmente há que destacar o Saviola, principalmente pela 1ª parte. Para quem está “velho” e vem para cá para a “reforma”, não está nada mal. Outro em grande nível foi o Ramires. Que jogador! São raras as intervenções erradas que tem no jogo. Também gostei do Aimar, cuja inteligência a jogar à bola é fantástica. O Javi García não sabe jogar mal, mas vai ser um dos jogadores mais perseguidos pelos árbitros (já vai no 3º amarelo). O Di María levou uma grande trancada no início do jogo e não esteve tão acutilante como em partidas anteriores. O Cardozo, apesar de só ter jogado cinco minutos na sua selecção, vem sempre muito desgastado das viagens e fez um jogo fraquinho. Só que, como diz o Leão Eça Cana aka Carlos Silva, “não joga nada e só sabe marcar golos... :-)” A defesa não esteve mal (com excepção do César Peixoto, mas em termos atacantes), todavia o David Luiz tem que ser mais inteligente nalgumas situações de jogo em que faz faltas desnecessárias perto da linha lateral quando o adversário está em dificuldades. Provoca livres perigosos contra nós que são completamente escusados.
Na maior enchente dos últimos (largos) anos no Restelo e com quase meia-Tertúlia Benfiquista (Pedro F. Ferreira, D’Arcy, Gwaihir, Pedrov, Superman Torras e Artur) novamente presente tal como na época passada, este triunfo recolocou-nos novamente no 2º lugar. E só não estamos em 1º, porque o CRAC B, perdão, o Braga ganhou na Madeira com um penalty fantasma a 5’ do fim. Quero ver o que vai acontecer para a semana quando defrontarem a casa-mãe. Quanto a nós, na 5ª feira é muito importante começar a carreira na Liga Europa com uma vitória frente ao Bate Borisov. Para ver se começamos a limpar a má imagem da péssima carreira europeia do ano passado
quinta-feira, setembro 10, 2009
Relembrar XXIII - Os outros oito
Ainda no rescaldo da magnífica goleada frente ao V. Setúbal e como inspiração para os nossos jogadores, recordo aqui os últimos quatro jogos em que o Benfica marcou oito golos para o campeonato nacional. Sit back, relax, são 32 golos do Benfica em pouco mais de 12 minutos. Um pouco de "Benfica Memória" faz-nos sempre bem. Até porque estes tempos idos parecem estar a querer regressar. Para alegria de todos nós.
Benfica - 8 - Alcobaça - 1
Época 1982/83
Marcadores: Néné (5), Diamantino (2), Chalana.
Realço a eficácia do Néné (cinco golos!), a finta do Chalana no 2-0 e o seu golo. Este jogo foi a 14 de Maio (bela data!), véspera da 2ª mão da final da Taça Uefa frente ao Anderlecht. Não houve cá poupanças...
Benfica - 8 - V. Guimarães - 0
Época 1983/84
Marcadores: Diamantino (2), Manniche (2), Néné (2), José Luís, Stromberg.
Destaco os dois golos do Manniche, especialmente o segundo, e o Néné que entrou aos 70', e ainda bisou. O guarda-redes do V. Guimarães era o Silvino.
Benfica - 8 - Penafiel - 0
Época 1983/84
Marcadores: Néné (4), Diamantino, Carlos Manuel, Manniche, Stromberg.
Como não destacar os dois penalties inacreditáveis não assinalados sobre o Stromberg? O Manniche ia furando as redes e o Néné estava sempre lá para encostar. Este jogo foi a seguir à eliminação em casa frente ao Liverpool (1-4). Que resposta!
Benfica - 8 - Famalicão - 0
Época 1993/94
Marcadores: Celestinho (autogolo) (2), Yuran (2), Ailton, Rui Costa, Mozer, Rui Águas.
Grande jogada no golo do Ailton e o jogo que lançou para o estrelado o Celestino, who else? Jogo na véspera da ida a Leverkusen... Poupança?
Benfica - 8 - Alcobaça - 1
Época 1982/83
Marcadores: Néné (5), Diamantino (2), Chalana.
Realço a eficácia do Néné (cinco golos!), a finta do Chalana no 2-0 e o seu golo. Este jogo foi a 14 de Maio (bela data!), véspera da 2ª mão da final da Taça Uefa frente ao Anderlecht. Não houve cá poupanças...
Benfica - 8 - V. Guimarães - 0
Época 1983/84
Marcadores: Diamantino (2), Manniche (2), Néné (2), José Luís, Stromberg.
Destaco os dois golos do Manniche, especialmente o segundo, e o Néné que entrou aos 70', e ainda bisou. O guarda-redes do V. Guimarães era o Silvino.
Benfica - 8 - Penafiel - 0
Época 1983/84
Marcadores: Néné (4), Diamantino, Carlos Manuel, Manniche, Stromberg.
Como não destacar os dois penalties inacreditáveis não assinalados sobre o Stromberg? O Manniche ia furando as redes e o Néné estava sempre lá para encostar. Este jogo foi a seguir à eliminação em casa frente ao Liverpool (1-4). Que resposta!
Benfica - 8 - Famalicão - 0
Época 1993/94
Marcadores: Celestinho (autogolo) (2), Yuran (2), Ailton, Rui Costa, Mozer, Rui Águas.
Grande jogada no golo do Ailton e o jogo que lançou para o estrelado o Celestino, who else? Jogo na véspera da ida a Leverkusen... Poupança?
* Publicado em simultâneo com a Tertúlia Benfiquista.
Esperança
Vencemos na Hungria (1-0) com mais um golo brasileiro, desta feita do Pepe, e mantivemos as hipóteses de atingir o 2º lugar para jogarmos o play of de acesso ao Mundial 2010. Ao contrário do jogo na Dinamarca, a nossa exibição de ontem foi paupérrima e só se salvou mesmo a vitória.
Tivemos o mérito de marcar muito cedo (9’), mas quando se esperava que isso permitisse à equipa libertar-se da pressão e jogasse bom futebol, aconteceu precisamente o contrário. Rapidamente o objectivo passou a ser não sofrer golos, o que deu origem a uma partida chatíssima em que uma equipa tentava segurar a vantagem e a outra não tinha capacidade para a pôr em causa, excepto em lances de bola parada. A táctica do autocarro acabou por dar resultado e lá conseguimos o triunfo.
Estivemos quase a chegar ao 2º lugar já que a Suécia só marcou em Malta aos 83’ e através de um autogolo! Mas o empate da Dinamarca na Albânia acabou por nos favorecer, já que assim eles precisam do resultado frente à Suécia para se qualificarem. Ou seja, o arranjinho do Euro 2004 (em que só um 2-2 permitia que ambos passassem aos quartos-de-final em detrimento da Itália e o placard foi... 2-2!) não vão ter sequela. Ainda por cima, a Holanda (já qualificada) fez o favor de ir ganhar à Escócia e fez com que os britânicos fossem o pior 2º classificado, pelo que estou convencido que, se Portugal ganhar os dois jogos em casa que faltam, conseguirá ir ao play of. Espero que isso aconteça, mas nada apagará esta vergonhosa fase de qualificação.
Tivemos o mérito de marcar muito cedo (9’), mas quando se esperava que isso permitisse à equipa libertar-se da pressão e jogasse bom futebol, aconteceu precisamente o contrário. Rapidamente o objectivo passou a ser não sofrer golos, o que deu origem a uma partida chatíssima em que uma equipa tentava segurar a vantagem e a outra não tinha capacidade para a pôr em causa, excepto em lances de bola parada. A táctica do autocarro acabou por dar resultado e lá conseguimos o triunfo.
Estivemos quase a chegar ao 2º lugar já que a Suécia só marcou em Malta aos 83’ e através de um autogolo! Mas o empate da Dinamarca na Albânia acabou por nos favorecer, já que assim eles precisam do resultado frente à Suécia para se qualificarem. Ou seja, o arranjinho do Euro 2004 (em que só um 2-2 permitia que ambos passassem aos quartos-de-final em detrimento da Itália e o placard foi... 2-2!) não vão ter sequela. Ainda por cima, a Holanda (já qualificada) fez o favor de ir ganhar à Escócia e fez com que os britânicos fossem o pior 2º classificado, pelo que estou convencido que, se Portugal ganhar os dois jogos em casa que faltam, conseguirá ir ao play of. Espero que isso aconteça, mas nada apagará esta vergonhosa fase de qualificação.
domingo, setembro 06, 2009
Sina portuguesa
A selecção nacional empatou na Dinamarca (1-1) e, com a vitória da Suécia na Hungria (2-1), deixou de depender apenas dela para chegar ao play-of de acesso ao Mundial 2010. Foi um jogo perfeito do que costuma ser a selecção portuguesa (Scolari e Humberto à parte, obviamente): muitas e claras oportunidade de golo, falhanços inacreditáveis, eficácia do adversário e óptima desculpa de um penalty por marcar a nosso favor para justificar o resultado menos positivo.
Jogando na táctica da moda, o famigerado losango, Portugal fez a melhor exibição dos últimos tempos. Chegámos a ser brilhantes e assumimos mais uma vez o nosso estatuto de melhor selecção do mundo de futebol sem balizas. Na hora de rematar é que estava tudo estragado. O Simão esteve particularmente infeliz neste aspecto e teve dois falhanços de baliza aberta. Os dinamarqueses pouco chatearam a nossa defesa, excepto perto do intervalo quando inauguraram o marcador.
Na 2ª parte, a fazer lembrar esta célebre substituição, o senhor professor Carlos Queiroz fez entrar o Liedson, mas alterou a táctica para o 4-3-3! Porquê continuar a jogar bem no losango, quando se mete um ponta-de-lança que está é mesmo habituado a jogar em 4-3-3? Ou não será assim? Será que o Liedson sempre jogou é num losango no seu clube? Assim sendo, nada melhor do que provar que ele também é bom no 4-3-3, não é, senhor professor Carlos Queiroz? Como é óbvio, a 2ª parte da selecção não foi tão boa, também porque o Deco, que tinha sido dos melhores na 1ª, baixou imenso de nível. O Liedson falhou uma oportunidade de baliza aberta, mas compensou com o golo do empate a 5’ do fim. Até final, ainda tivemos oportunidade para chegar à vantagem, mas não conseguimos.
Vai ser um escândalo, mas muito provavelmente a selecção vai ficar fora do Mundial. Para continuar a ter esperanças, é imperioso ganhar na Hungria na próxima 4ª feira. Se não o fizermos, ficaremos mesmo em casa, mas como estamos num país onde a falta de vergonha impera, aposto que vai continuar tudo na mesma. Ou seja, o senhor professor Carlos Queiroz não vai ter a hombridade de colocar o lugar à disposição. Quem quer apostar?
P.S. – E o burro era o outro...!
Jogando na táctica da moda, o famigerado losango, Portugal fez a melhor exibição dos últimos tempos. Chegámos a ser brilhantes e assumimos mais uma vez o nosso estatuto de melhor selecção do mundo de futebol sem balizas. Na hora de rematar é que estava tudo estragado. O Simão esteve particularmente infeliz neste aspecto e teve dois falhanços de baliza aberta. Os dinamarqueses pouco chatearam a nossa defesa, excepto perto do intervalo quando inauguraram o marcador.
Na 2ª parte, a fazer lembrar esta célebre substituição, o senhor professor Carlos Queiroz fez entrar o Liedson, mas alterou a táctica para o 4-3-3! Porquê continuar a jogar bem no losango, quando se mete um ponta-de-lança que está é mesmo habituado a jogar em 4-3-3? Ou não será assim? Será que o Liedson sempre jogou é num losango no seu clube? Assim sendo, nada melhor do que provar que ele também é bom no 4-3-3, não é, senhor professor Carlos Queiroz? Como é óbvio, a 2ª parte da selecção não foi tão boa, também porque o Deco, que tinha sido dos melhores na 1ª, baixou imenso de nível. O Liedson falhou uma oportunidade de baliza aberta, mas compensou com o golo do empate a 5’ do fim. Até final, ainda tivemos oportunidade para chegar à vantagem, mas não conseguimos.
Vai ser um escândalo, mas muito provavelmente a selecção vai ficar fora do Mundial. Para continuar a ter esperanças, é imperioso ganhar na Hungria na próxima 4ª feira. Se não o fizermos, ficaremos mesmo em casa, mas como estamos num país onde a falta de vergonha impera, aposto que vai continuar tudo na mesma. Ou seja, o senhor professor Carlos Queiroz não vai ter a hombridade de colocar o lugar à disposição. Quem quer apostar?
P.S. – E o burro era o outro...!
quinta-feira, setembro 03, 2009
Particular em Toronto
Vencemos o Celtic (3-1) e conquistámos mais um troféu em torneios particulares. Foi uma partida bem demonstrativa do espírito do Benfica este ano: é para ganhar e ponto final. Mesmo com uma equipa muito desfalcada por causa das selecções (assim como o Celtic), o que é facto é que a vitória é mais que justa e a exibição até foi agradável.
Longe parece que vão os tempos em que os jogadores encaravam estes jogos como frete e a aplicação não era muita. Hoje em dia, independentemente de estarmos num particular ou num oficial, os jogos são sempre levados a sério e o objectivo é somente um: ganhar. Entrámos muito bem na partida e marcámos logo aos 2’ pelo Keirrison depois de uma boa jogada do Nélson Oliveira que rematou ao poste, sobrando depois a bola para o brasileiro. Na 1ª parte tivemos algumas movimentações interessantes, mas sem criar grande perigo, no entanto o Celtic empatou contra a corrente do jogo no último minuto. No 2º tempo, ainda levámos com uma bola ao poste, mas depois com as entradas do David Luiz e Saviola a nossa superioridade acentuou-se. O júnior Ruben Pinto fez o 2-1 depois de um roubo de bola do Di María e o Saviola o 3-1 na recarga a um remate do mesmo Di María de fora-da-área. Até final, se o último passe tivesse saído melhor num ou noutro lance, poderíamos ter aumentado o score.
Individualmente, o Di María foi o melhor jogador em campo. Jogando na posição do Aimar na 1ª parte fez a cabeça em água aos escoceses. Também gostei da objectividade do miúdo Rúben Pinto a jogar sobre a direita, da segurança do Roderick que de facto não engana ninguém e da regularidade do César Peixoto. O Saviola veio agitar as coisas quando entrou e foi importante que o Keirrison tenha marcado o primeiro golo, ele que se nota estar ainda em adaptação. Menos positiva apenas a actuação do Sidnei que me pareceu estranhamente inseguro. Quanto ao estreante Júlio César, não deu para ser posto muito à prova.
Mais uma partida bem interessante do Benfica a demonstrar que as chamadas “segundas linhas” também se estão a dar bem com os métodos do treinador e a nova táctica. Como nota negativa da partida, apenas a lesão do Rúben Amorim já mesmo no final do jogo, que espero não seja nada de grave. Ele que já tinha substituído ainda na 1ª parte o Luís Filipe que também se lesionou. Parece que o lado direito da nossa defesa tem que ir à bruxa!
Longe parece que vão os tempos em que os jogadores encaravam estes jogos como frete e a aplicação não era muita. Hoje em dia, independentemente de estarmos num particular ou num oficial, os jogos são sempre levados a sério e o objectivo é somente um: ganhar. Entrámos muito bem na partida e marcámos logo aos 2’ pelo Keirrison depois de uma boa jogada do Nélson Oliveira que rematou ao poste, sobrando depois a bola para o brasileiro. Na 1ª parte tivemos algumas movimentações interessantes, mas sem criar grande perigo, no entanto o Celtic empatou contra a corrente do jogo no último minuto. No 2º tempo, ainda levámos com uma bola ao poste, mas depois com as entradas do David Luiz e Saviola a nossa superioridade acentuou-se. O júnior Ruben Pinto fez o 2-1 depois de um roubo de bola do Di María e o Saviola o 3-1 na recarga a um remate do mesmo Di María de fora-da-área. Até final, se o último passe tivesse saído melhor num ou noutro lance, poderíamos ter aumentado o score.
Individualmente, o Di María foi o melhor jogador em campo. Jogando na posição do Aimar na 1ª parte fez a cabeça em água aos escoceses. Também gostei da objectividade do miúdo Rúben Pinto a jogar sobre a direita, da segurança do Roderick que de facto não engana ninguém e da regularidade do César Peixoto. O Saviola veio agitar as coisas quando entrou e foi importante que o Keirrison tenha marcado o primeiro golo, ele que se nota estar ainda em adaptação. Menos positiva apenas a actuação do Sidnei que me pareceu estranhamente inseguro. Quanto ao estreante Júlio César, não deu para ser posto muito à prova.
Mais uma partida bem interessante do Benfica a demonstrar que as chamadas “segundas linhas” também se estão a dar bem com os métodos do treinador e a nova táctica. Como nota negativa da partida, apenas a lesão do Rúben Amorim já mesmo no final do jogo, que espero não seja nada de grave. Ele que já tinha substituído ainda na 1ª parte o Luís Filipe que também se lesionou. Parece que o lado direito da nossa defesa tem que ir à bruxa!
terça-feira, setembro 01, 2009
8-1
Trucidámos o V. Setúbal e 15 anos depois voltámos a marcar oito golos para o campeonato. Foi uma exibição avassaladora da nossa parte e, se me lembro bem dos 8-0 ao Famalicão em 93/94 (grande Celestino!), confesso que não me recordo de um 5-0 no final da 1ª parte. O Jorge Jesus tinha prometido e cumpriu: para este jogo não havia desculpas.
Os paineleiros e comentadeiros do costume virão com a ladainha habitual do “o Setúbal é que foi muito fraquinho”, “nem deviam estar na I Liga”, etc. Se fosse outra equipa, nomeadamente a corrupta, não se cansariam de cantar loas à grande exibição e resultado, mas como somos nós, aposto que vão dizer que os outros é que não prestam. Entrámos na partida com um ritmo impressionante e, mesmo antes de inaugurarmos o marcador aos 16’ pelo Javi García, tivemos dois ou três lances de perigo. Foi sem surpresa que chegámos à vantagem quando o espanhol resolveu fazer o que deveria ter feito por duas vezes em Guimarães: cabecear para a baliza na sequência de bolas paradas. Em apenas 20’ marcámos os cinco golos da 1ª parte! O Luisão fez o 2-0 num lance muito semelhante ao do primeiro golo. O Cardozo marcou, e bem, um penalty a castigar derrube indiscutível ao Ramires. O Aimar fez um dos melhores golos do jogo e o próprio Ramires fechou a contagem no 1º tempo. O V. Setúbal praticamente não existiu e só se fez notar pela sarrafada que deu aos nossos jogadores (ou não fosse treinada pelo Carlos Azenha, antigo adjunto do CRAC). Mesmo assim acho que a partir de determinada altura desistiram, porque se continuassem arriscar-se-iam a nem terminar a partida.
Esperava-se uma 2ª parte mais calma do que a 1ª, o que aconteceu durante os primeiros 15’. Depois disso, voltámos a acelerar e a criar buracos imensos na defesa contrária. O 6-0 foi obra do Cardozo aos 65’, que enviou para a baliza um cabeceamento do Javi García que sairia ao lado. Cinco minutos depois entraram o Fábio Coentrão e o César Peixoto e, principalmente por causa do primeiro, aumentámos ainda mais a velocidade. O paraguaio estreou-se num hat-trick desde que está em Portugal e fez o 7-0 aos 75’. Num só jogo já igualou os primeiros classificados nos melhores marcadores! Dois minutos depois, entrou o Nuno Gomes e comentei com os meus companheiros de bancada que ainda iria a tempo de marcar o seu golito quando tudo já estava decidido (tal como na Madeira no ano passado). E assim foi, aos 84’ o Coentrão fez um óptimo centro e o capitão correspondeu ainda com uma ainda melhor cabeçada. A malta pedia “só mais um”, mas esse “um” veio do lado errado. Uma descoordenação entre o David Luiz e o Quim permitiu aos vitorianos estrearem-se a marcar na Liga. Confesso que este golo me desagradou imenso, porque foi um golo estúpido e estávamos mesmo no fim do período de compensação. Bem que poderia ter ficado 8-0...
Numa vitória deste calibre, o grande destaque terá de ser dado à equipa toda, treinador incluído. Há muito, muito tempo que não via o Benfica com esta atitude. Quanto mais marcávamos, mais queríamos marcar. Nunca desistimos de aumentar o marcador e, com a velocidade que imprimíamos, parecia que estava sempre 0-0. Mesmo assim, pelos três golos, é justo que se destaque o Cardozo. Também gostei imenso do Aimar (duas assistências e um golão em 64’), da movimentação do Saviola (apenas lhe faltou um golito...), da inteligência do Ramires (que jogador!) e da velocidade do Di María. O Coentrão voltou a entrar bem num jogo e os golos do Nuno Gomes são sempre especiais. O Rúben Amorim esteve muito bem na lateral-direita e espero que o Jesus tenha resolvido de vez a questão na esquerda: o César Peixoto foi jogar para lá quando substituiu o Shaffer e não esteve muito feliz. Os dois centrais (Luisão e David Luiz) resolveram muito bem os poucos problemas que tiveram na defesa. Quanto ao Quim, uma noite hiper tranquila manchada pelo lance do golo deles.
Infelizmente o campeonato vai para agora por causa das selecções, mas espero que consigamos manter este momentum quando a Liga voltar. Quem deve ter ficado tão contente como nós com este resultado e exibição são os dirigentes do Belenenses. Hoje foram 40.915 espectadores(!) num jogo numa 2ª feira à noite e perspectiva-se (se os dirigentes não colocarem preços obscenos) a maior assistência no Restelo em muitos anos.
Os paineleiros e comentadeiros do costume virão com a ladainha habitual do “o Setúbal é que foi muito fraquinho”, “nem deviam estar na I Liga”, etc. Se fosse outra equipa, nomeadamente a corrupta, não se cansariam de cantar loas à grande exibição e resultado, mas como somos nós, aposto que vão dizer que os outros é que não prestam. Entrámos na partida com um ritmo impressionante e, mesmo antes de inaugurarmos o marcador aos 16’ pelo Javi García, tivemos dois ou três lances de perigo. Foi sem surpresa que chegámos à vantagem quando o espanhol resolveu fazer o que deveria ter feito por duas vezes em Guimarães: cabecear para a baliza na sequência de bolas paradas. Em apenas 20’ marcámos os cinco golos da 1ª parte! O Luisão fez o 2-0 num lance muito semelhante ao do primeiro golo. O Cardozo marcou, e bem, um penalty a castigar derrube indiscutível ao Ramires. O Aimar fez um dos melhores golos do jogo e o próprio Ramires fechou a contagem no 1º tempo. O V. Setúbal praticamente não existiu e só se fez notar pela sarrafada que deu aos nossos jogadores (ou não fosse treinada pelo Carlos Azenha, antigo adjunto do CRAC). Mesmo assim acho que a partir de determinada altura desistiram, porque se continuassem arriscar-se-iam a nem terminar a partida.
Esperava-se uma 2ª parte mais calma do que a 1ª, o que aconteceu durante os primeiros 15’. Depois disso, voltámos a acelerar e a criar buracos imensos na defesa contrária. O 6-0 foi obra do Cardozo aos 65’, que enviou para a baliza um cabeceamento do Javi García que sairia ao lado. Cinco minutos depois entraram o Fábio Coentrão e o César Peixoto e, principalmente por causa do primeiro, aumentámos ainda mais a velocidade. O paraguaio estreou-se num hat-trick desde que está em Portugal e fez o 7-0 aos 75’. Num só jogo já igualou os primeiros classificados nos melhores marcadores! Dois minutos depois, entrou o Nuno Gomes e comentei com os meus companheiros de bancada que ainda iria a tempo de marcar o seu golito quando tudo já estava decidido (tal como na Madeira no ano passado). E assim foi, aos 84’ o Coentrão fez um óptimo centro e o capitão correspondeu ainda com uma ainda melhor cabeçada. A malta pedia “só mais um”, mas esse “um” veio do lado errado. Uma descoordenação entre o David Luiz e o Quim permitiu aos vitorianos estrearem-se a marcar na Liga. Confesso que este golo me desagradou imenso, porque foi um golo estúpido e estávamos mesmo no fim do período de compensação. Bem que poderia ter ficado 8-0...
Numa vitória deste calibre, o grande destaque terá de ser dado à equipa toda, treinador incluído. Há muito, muito tempo que não via o Benfica com esta atitude. Quanto mais marcávamos, mais queríamos marcar. Nunca desistimos de aumentar o marcador e, com a velocidade que imprimíamos, parecia que estava sempre 0-0. Mesmo assim, pelos três golos, é justo que se destaque o Cardozo. Também gostei imenso do Aimar (duas assistências e um golão em 64’), da movimentação do Saviola (apenas lhe faltou um golito...), da inteligência do Ramires (que jogador!) e da velocidade do Di María. O Coentrão voltou a entrar bem num jogo e os golos do Nuno Gomes são sempre especiais. O Rúben Amorim esteve muito bem na lateral-direita e espero que o Jesus tenha resolvido de vez a questão na esquerda: o César Peixoto foi jogar para lá quando substituiu o Shaffer e não esteve muito feliz. Os dois centrais (Luisão e David Luiz) resolveram muito bem os poucos problemas que tiveram na defesa. Quanto ao Quim, uma noite hiper tranquila manchada pelo lance do golo deles.
Infelizmente o campeonato vai para agora por causa das selecções, mas espero que consigamos manter este momentum quando a Liga voltar. Quem deve ter ficado tão contente como nós com este resultado e exibição são os dirigentes do Belenenses. Hoje foram 40.915 espectadores(!) num jogo numa 2ª feira à noite e perspectiva-se (se os dirigentes não colocarem preços obscenos) a maior assistência no Restelo em muitos anos.
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