domingo, maio 24, 2009
Despedida
No último jogo da época vencemos o Belenenses por 3-1 e contribuímos para que esta equipa, cujo speaker do estádio pede salvas de palmas ao presidente do CRAC por “ter ajudado muito o clube” (whatever that means), fosse despromovida à II Liga. Eu até tinha alguma simpatia por eles, principalmente por serem um clube de Lisboa e eu gostar de ir ao Restelo ver o Benfica, mas depois daquela cena, é para o lado que eu durmo melhor.
Fizemos um jogo q.b., já que a réplica também não foi grande coisa. Entrámos praticamente a perder, com um golo do Silas aos 3’. Como nos anteriores 43 jogos oficiais só por uma vez tínhamos conseguido dar a volta ao marcador, havia 2,32% de possibilidades de ganharmos esta partida, mas felizmente foi desta vez que contrariámos a estatística. Empatámos aos 20’ no 17º golo para o campeonato daquele avançado paraguaio “tosco e lento” que nós temos, mas que (olhem lá a chatice!) se farta de marcar golos. Este foi de cabeça depois de um magnífico centro do Maxi Pereira. Tivesse o Cardozo sido opção para titular desde o início da época e seria certamente o melhor marcador do campeonato. Até final da 1ª parte pouco mais se passou, com excepção do hara-kiri de um jogador do Belenenses (Saulo) que resolveu pontapear o Di María no chão perto do intervalo e ser obviamente expulso. Muito gostaria eu de saber o que é que passa pela cabeça de um profissional de futebol para fazer uma coisa destas num jogo de vida ou de morte para a sua equipa.
Na 2ª parte, com menos um, o Belenenses poucas vezes passou de meio-campo e nós lá fizemos a obrigação de tentar chegar à vitória, mas sem aplicar uma velocidade por aí além, com excepção do Urreta. Foi um improvável Fellipe Bastos, que tinha entrado na 1ª parte para o lugar do abúlico Carlos Martins (o Quique não tem pejo em tirar os jogadores de campo, seja em que altura for, se estes não estiverem a cumprir), a desempatar a partida num grande pontapé de fora da área. Percebeu-se logo ali que a partida estava ganha, mas mesmo assim ainda deu para, já nos descontos, o Mantorras contribuir para a sua estatística pessoal de marcar um golo a cada duas horas desde que teve a grave lesão (é inacreditável este número!). Tive pena que o Quique não tenha tirado o Katsouranis antes dos 90’ para lhe permitir que se despedisse de nós de uma maneira mais relevante.
Individualmente o destaque vai inteirinho para o Urreta. Como diria alguém que eu espero sinceramente que não seja o nosso próximo treinador, que “granda” jogo! Rapidez, jogar a bola sempre para a frente, generosidade em ajudar a defesa, bons centros, óptimos passes a desmarcar os colegas foi um autêntico festival. Afinal, não tínhamos que ter procurado muito para descobrir um extremo-direito... Também gostei do Maxi Pereira que foi, provavelmente, o jogador mais regular durante a época toda. E faltam palavras para o Cardozo, de longe o nosso melhor ponta-de-lança da última década (no mínimo). O resto da equipa esteve num plano aceitável.
Para as expectativas que tínhamos no início da temporada, nomeadamente depois das contratações, esta foi uma desilusão completa. Ganhámos a Taça da Liga, mas tínhamos obrigação de fazer muito mais nas outras competições, especialmente no campeonato. O balanço far-se-á nos próximos dias.
P.S. - O Domingos Soares Oliveira já veio dizer que, sem Champions, é inevitável que vendamos jogadores, mas acho que devemos ter muito cuidado com o que iremos fazer. Terei muita pena se sair o Luisão (essencial no balneário e a voz de comando na defesa), mas a forma como ele se despediu dos adeptos indiciou isso mesmo. É um dos poucos sobreviventes da equipa que foi campeã e o único que é titular indiscutível. No entanto, tendo ele já 28 anos se calhar quererá fazer o contrato da sua vida. Além disso, há neste plantel alternativas credíveis para o substituir, se o negócio se proporcionar (mas por menos de 10 milhões de euros nem pensar!). Numa posição onde não há alternativas credíveis no plantel e será impossível arranjar tanta qualidade no mercado a preços acessíveis é a de ponta-de-lança. Seria um ERRO HISTÓRICO deixar sair o Cardozo, o que espero que nem sequer passe pela cabeça dos nossos responsáveis.
Fizemos um jogo q.b., já que a réplica também não foi grande coisa. Entrámos praticamente a perder, com um golo do Silas aos 3’. Como nos anteriores 43 jogos oficiais só por uma vez tínhamos conseguido dar a volta ao marcador, havia 2,32% de possibilidades de ganharmos esta partida, mas felizmente foi desta vez que contrariámos a estatística. Empatámos aos 20’ no 17º golo para o campeonato daquele avançado paraguaio “tosco e lento” que nós temos, mas que (olhem lá a chatice!) se farta de marcar golos. Este foi de cabeça depois de um magnífico centro do Maxi Pereira. Tivesse o Cardozo sido opção para titular desde o início da época e seria certamente o melhor marcador do campeonato. Até final da 1ª parte pouco mais se passou, com excepção do hara-kiri de um jogador do Belenenses (Saulo) que resolveu pontapear o Di María no chão perto do intervalo e ser obviamente expulso. Muito gostaria eu de saber o que é que passa pela cabeça de um profissional de futebol para fazer uma coisa destas num jogo de vida ou de morte para a sua equipa.
Na 2ª parte, com menos um, o Belenenses poucas vezes passou de meio-campo e nós lá fizemos a obrigação de tentar chegar à vitória, mas sem aplicar uma velocidade por aí além, com excepção do Urreta. Foi um improvável Fellipe Bastos, que tinha entrado na 1ª parte para o lugar do abúlico Carlos Martins (o Quique não tem pejo em tirar os jogadores de campo, seja em que altura for, se estes não estiverem a cumprir), a desempatar a partida num grande pontapé de fora da área. Percebeu-se logo ali que a partida estava ganha, mas mesmo assim ainda deu para, já nos descontos, o Mantorras contribuir para a sua estatística pessoal de marcar um golo a cada duas horas desde que teve a grave lesão (é inacreditável este número!). Tive pena que o Quique não tenha tirado o Katsouranis antes dos 90’ para lhe permitir que se despedisse de nós de uma maneira mais relevante.
Individualmente o destaque vai inteirinho para o Urreta. Como diria alguém que eu espero sinceramente que não seja o nosso próximo treinador, que “granda” jogo! Rapidez, jogar a bola sempre para a frente, generosidade em ajudar a defesa, bons centros, óptimos passes a desmarcar os colegas foi um autêntico festival. Afinal, não tínhamos que ter procurado muito para descobrir um extremo-direito... Também gostei do Maxi Pereira que foi, provavelmente, o jogador mais regular durante a época toda. E faltam palavras para o Cardozo, de longe o nosso melhor ponta-de-lança da última década (no mínimo). O resto da equipa esteve num plano aceitável.
Para as expectativas que tínhamos no início da temporada, nomeadamente depois das contratações, esta foi uma desilusão completa. Ganhámos a Taça da Liga, mas tínhamos obrigação de fazer muito mais nas outras competições, especialmente no campeonato. O balanço far-se-á nos próximos dias.
P.S. - O Domingos Soares Oliveira já veio dizer que, sem Champions, é inevitável que vendamos jogadores, mas acho que devemos ter muito cuidado com o que iremos fazer. Terei muita pena se sair o Luisão (essencial no balneário e a voz de comando na defesa), mas a forma como ele se despediu dos adeptos indiciou isso mesmo. É um dos poucos sobreviventes da equipa que foi campeã e o único que é titular indiscutível. No entanto, tendo ele já 28 anos se calhar quererá fazer o contrato da sua vida. Além disso, há neste plantel alternativas credíveis para o substituir, se o negócio se proporcionar (mas por menos de 10 milhões de euros nem pensar!). Numa posição onde não há alternativas credíveis no plantel e será impossível arranjar tanta qualidade no mercado a preços acessíveis é a de ponta-de-lança. Seria um ERRO HISTÓRICO deixar sair o Cardozo, o que espero que nem sequer passe pela cabeça dos nossos responsáveis.
segunda-feira, maio 18, 2009
Eficácia
Vencemos em Braga (3-1) e garantimos o 3º lugar na Liga. Foi uma vitória justa num campo teoricamente muito difícil, em que revelámos um grande aproveitamento das três ofertas da defesa do Braga (duas deles do guarda-redes da selecção nacional, Eduardo). Quando se marca cedo é sempre mais fácil, mas mostrámos nesta partida, mesmo estando em vantagem, uma concentração superior à da Amadora, por exemplo. No entanto, mais uma vez fica um amargo de boca perante o que esta equipa seria capaz de fazer se jogasse sempre assim e o que acabou por conseguir.
Com os castigos do Luisão e do Aimar ainda estava menos confiante do que é habitual, mas os golos do Cardozo logo aos 7’ e depois do Di María aos 13’ tiveram o condão de me acalmar. Entre os dois ainda houve a lesão muscular do David Luiz, que fez entrar em campo o Urreta que foi dos melhores. O Braga tentou responder, criou perigo numa ou outra ocasião, mas nós nunca perdemos de vista a baliza contrária e, com os espaços que naturalmente surgiam, fomos criando perigo. A 2ª parte começou praticamente com o 0-3, numa grande jogada do Urreta depois de outro falhanço da defesa contrária. O Braga foi-se abaixo animicamente e a partida perdeu um pouco de velocidade. Mesmo assim ainda tivemos tempo para uma bola no poste a meias entre o Cardozo e um defesa. No último minuto, já fazia falta o golito sofrido, que desta vez surgiu na sequência de um penalty do Miguel Vítor.
Individualmente destaco o Urreta (excelente entrada na partida, um óptimo golo, muita ajuda defensiva e cruzamentos perigosos), o Cardozo (mais um golo) e o Moreira (que voltou à titularidade e fez uma ou outra defesa em que estou convencido que, se fosse o Quim, a bola entraria). O Miguel Vítor também esteve muito personalizado e o Di María mais objectivo do que é costume. Em plano menos positivo estiveram o Reyes (não sei até que ponto um toque na 1ª parte o deixou inferiorizado) e o nº 25 (que espero tenha realizado o penúltimo jogo de águia ao peito, já que com a lesão do David Luiz infelizmente teremos que levar com ele no próximo fim-de-semana).
Na última jornada lá vamos ter que mandar o Belenenses para a II Liga. Por princípio até teria pena, porque sempre é um clube de Lisboa, mas uma agremiação cujo speaker pediu uma grande salva de palmas para o maior mafioso do futebol português, quando o seu clube foi jogar ao Restelo este ano, deixou de merecer a minha simpatia. Outra coisa: o Cardozo está a três golos do melhor marcador do campeonato (Néné). Dado que este vai jogar ao WC na última jornada, talvez não fosse má ideia incluirmos no plano do jogo a possibilidade de proporcionarmos ao paraguaio o título de melhor marcador (não esquecendo que o Liedson está também um golo à sua frente). É que desde o Rui Águas em 90/91 que não temos um jogador nosso a ser o melhor marcador do campeonato...
P.S. – A arbitragem do Sr. Artur Soares Dias foi das coisas mais inenarráveis que assisti nos últimos tempos. Uma dualidade de critérios inacreditável, cartões amarelos cirúrgicos (cinco jogadores de um lado e outro vão ficar impedidos de alinhar na última jornada -o Braga ir jogar ao CRAC terá alguma coisa a ver com o assunto...?), a expulsão do Yebda em cinco minutos estando ele em campo há 11 e do Quique perto do final foi um festival de poderio do sistema. Nem com tudo decidido no final do campeonato descansam?!
P.P.S. – A selecção nacional que continue com este guarda-redes a titular e depois queixe-se...
Com os castigos do Luisão e do Aimar ainda estava menos confiante do que é habitual, mas os golos do Cardozo logo aos 7’ e depois do Di María aos 13’ tiveram o condão de me acalmar. Entre os dois ainda houve a lesão muscular do David Luiz, que fez entrar em campo o Urreta que foi dos melhores. O Braga tentou responder, criou perigo numa ou outra ocasião, mas nós nunca perdemos de vista a baliza contrária e, com os espaços que naturalmente surgiam, fomos criando perigo. A 2ª parte começou praticamente com o 0-3, numa grande jogada do Urreta depois de outro falhanço da defesa contrária. O Braga foi-se abaixo animicamente e a partida perdeu um pouco de velocidade. Mesmo assim ainda tivemos tempo para uma bola no poste a meias entre o Cardozo e um defesa. No último minuto, já fazia falta o golito sofrido, que desta vez surgiu na sequência de um penalty do Miguel Vítor.
Individualmente destaco o Urreta (excelente entrada na partida, um óptimo golo, muita ajuda defensiva e cruzamentos perigosos), o Cardozo (mais um golo) e o Moreira (que voltou à titularidade e fez uma ou outra defesa em que estou convencido que, se fosse o Quim, a bola entraria). O Miguel Vítor também esteve muito personalizado e o Di María mais objectivo do que é costume. Em plano menos positivo estiveram o Reyes (não sei até que ponto um toque na 1ª parte o deixou inferiorizado) e o nº 25 (que espero tenha realizado o penúltimo jogo de águia ao peito, já que com a lesão do David Luiz infelizmente teremos que levar com ele no próximo fim-de-semana).
Na última jornada lá vamos ter que mandar o Belenenses para a II Liga. Por princípio até teria pena, porque sempre é um clube de Lisboa, mas uma agremiação cujo speaker pediu uma grande salva de palmas para o maior mafioso do futebol português, quando o seu clube foi jogar ao Restelo este ano, deixou de merecer a minha simpatia. Outra coisa: o Cardozo está a três golos do melhor marcador do campeonato (Néné). Dado que este vai jogar ao WC na última jornada, talvez não fosse má ideia incluirmos no plano do jogo a possibilidade de proporcionarmos ao paraguaio o título de melhor marcador (não esquecendo que o Liedson está também um golo à sua frente). É que desde o Rui Águas em 90/91 que não temos um jogador nosso a ser o melhor marcador do campeonato...
P.S. – A arbitragem do Sr. Artur Soares Dias foi das coisas mais inenarráveis que assisti nos últimos tempos. Uma dualidade de critérios inacreditável, cartões amarelos cirúrgicos (cinco jogadores de um lado e outro vão ficar impedidos de alinhar na última jornada -o Braga ir jogar ao CRAC terá alguma coisa a ver com o assunto...?), a expulsão do Yebda em cinco minutos estando ele em campo há 11 e do Quique perto do final foi um festival de poderio do sistema. Nem com tudo decidido no final do campeonato descansam?!
P.P.S. – A selecção nacional que continue com este guarda-redes a titular e depois queixe-se...
sábado, maio 09, 2009
Penoso
Empatámos com o Trofense (2-2) e dissemos definitivamente adeus à Liga dos Campeões. Ao invés, temos é que nos preocupar com a manutenção do 3º lugar, porque a jogar desta maneira vai ser difícil consegui-lo.
Uma atitude indigna e lamentável da maioria dos jogadores levou-nos a este resultado. Sem raça, chama, ambição e querer é difícil ganhar jogos e nós hoje só jogámos durante os últimos 10 minutos da 1ª parte, quando conseguimos marcar dois golos e anular a desvantagem que tínhamos no marcador. Estava curioso para saber se ao 42º jogo oficial da época conseguíamos pela 2ª vez dar a volta ao marcador (a única foi frente ao Olhanense para a Taça da Liga) e ganhar uma partida em que estivéssemos em desvantagem, mas ainda não foi hoje. Colocamos 10 jogadores na área e um à entrada dela sempre que sofremos livres ou cantos, mas mesmo assim há sempre um jogador adversário que consegue meter a bola na baliza. 30 golos sofridos em 28 jogos é ridículo. O 2-2 surgiu a 30’ do fim, mas mesmo assim não tivemos capacidade para partir para cima do Trofense e tentar marcar o golo da vitória. Inexplicável a falta de vontade e ambição manifestada especialmente nessa última meia-hora. O mínimo que os jogadores e equipa técnica deveriam fazer era oferecerem-se para pagar os bilhetes a todos os que foram ver este jogo ao vivo.
Individualmente destaco o Cardozo por ter feito outro bis. O paraguaio já tem 15 golos, que é quase um terço do total de golos que marcámos no campeonato (48). Tivesse o Sr. Quique Flores apostado nele desde o início da época e sabe-se lá em que lugar estaríamos agora. Mais um equívoco a juntar a muitos outros que o espanhol cometeu ao longo da temporada. O que vale é que ele já veio dar a entender que irá colocar o lugar à disposição no final da época. Acho uma atitude sensata e a única possível. Falhámos redondamente no campeonato (já para não falar na Taça Uefa e na de Portugal...) e há que assumir as responsabilidades. A sua margem de manobra para ficar para o ano está definitivamente arrumada. É impossível que isso aconteça.
P.S. – Estive a ver o 3º jogo de basquete frente ao CRAC. Ganhámos 70-64, apesar de uma arbitragem inacreditável. Não fora a baixíssima percentagem de lances livres do CRAC e não teríamos ganho. Qualquer coisinha era falta para o CRAC. Há Olegários Benquerenças em várias modalidades.
Uma atitude indigna e lamentável da maioria dos jogadores levou-nos a este resultado. Sem raça, chama, ambição e querer é difícil ganhar jogos e nós hoje só jogámos durante os últimos 10 minutos da 1ª parte, quando conseguimos marcar dois golos e anular a desvantagem que tínhamos no marcador. Estava curioso para saber se ao 42º jogo oficial da época conseguíamos pela 2ª vez dar a volta ao marcador (a única foi frente ao Olhanense para a Taça da Liga) e ganhar uma partida em que estivéssemos em desvantagem, mas ainda não foi hoje. Colocamos 10 jogadores na área e um à entrada dela sempre que sofremos livres ou cantos, mas mesmo assim há sempre um jogador adversário que consegue meter a bola na baliza. 30 golos sofridos em 28 jogos é ridículo. O 2-2 surgiu a 30’ do fim, mas mesmo assim não tivemos capacidade para partir para cima do Trofense e tentar marcar o golo da vitória. Inexplicável a falta de vontade e ambição manifestada especialmente nessa última meia-hora. O mínimo que os jogadores e equipa técnica deveriam fazer era oferecerem-se para pagar os bilhetes a todos os que foram ver este jogo ao vivo.
Individualmente destaco o Cardozo por ter feito outro bis. O paraguaio já tem 15 golos, que é quase um terço do total de golos que marcámos no campeonato (48). Tivesse o Sr. Quique Flores apostado nele desde o início da época e sabe-se lá em que lugar estaríamos agora. Mais um equívoco a juntar a muitos outros que o espanhol cometeu ao longo da temporada. O que vale é que ele já veio dar a entender que irá colocar o lugar à disposição no final da época. Acho uma atitude sensata e a única possível. Falhámos redondamente no campeonato (já para não falar na Taça Uefa e na de Portugal...) e há que assumir as responsabilidades. A sua margem de manobra para ficar para o ano está definitivamente arrumada. É impossível que isso aconteça.
P.S. – Estive a ver o 3º jogo de basquete frente ao CRAC. Ganhámos 70-64, apesar de uma arbitragem inacreditável. Não fora a baixíssima percentagem de lances livres do CRAC e não teríamos ganho. Qualquer coisinha era falta para o CRAC. Há Olegários Benquerenças em várias modalidades.
domingo, maio 03, 2009
Fim da linha
Perdemos na Madeira perante o Nacional (1-3) e hipotecámos de vez as hipóteses de irmos à pré-eliminatória da Liga dos Campeões. Os lagartos tinham empatado em Coimbra uns minutos antes, mas ao contrário do que seria desejável isso não serviu de motivação para os nossos jogadores. E é inadmissível! Tínhamos uma oportunidade única de encurtar a distância para dois pontos e ao invés ficámos a cinco.
O que mais me custa a perceber é a forma como entrámos na partida. Muito lentos, sem rasgos, pouco crentes e isto tudo quando os jogadores já sabiam do resultado dos lagartos. Há aqui qualquer coisa que não funciona desde o início da época, já que foram “n” as vezes em que deveríamos ter tido como motivação os maus resultados dos rivais e entramos abúlicos em campo. A ausência do Aimar não pode explicar tudo. Dois remates perigosos (David Luiz e Cardozo) para duas boas defesas do Bracalli é muito pouco para uma 1ª parte.
No 2º tempo, estivemos mais dinâmicos, mas um erro do Quique ao tirar o Katsouranis (que estava a ser dos melhorzinhos) em vez do desequilibrado do Carlos Martins, para colocar o Di María, precipitou tudo. O Nacional passou a ter mais espaço a meio-campo (o Carlos Martins a defender é uma nulidade) e abriu o marcador aos 56’ pelo Nené, com a Quim a ficar a meio-caminho na saída da baliza. Pouco depois, o Nuno Gomes tem mais um daqueles lances em que não se pode falhar: isolado frente ao guarda-redes permitiu a sua defesa. Seria o 1-1, mas em vez disso acabámos por sofrer o 2º golo num remate fora da área sem oposição do Ruben Micael aos 64’, em que me pareceu que o Quim se lançou demasiado tarde. Reagimos bem e reduzimos quatro minutos depois pelo Reyes. E aqui entrou o Sr. Jorge Sousa em acção. Como não é mentecapto como o Sr. Rui Gomes Costa da semana passada, até estava a passar despercebido pelo jogo, só que num lance capital prejudicou-nos gravemente: há óbvia mão dentro da área de um jogador adversário num lance com o Cardozo, mas o árbitro de frente para a jogada não quis assinalar. Logo a seguir, e como a sorte não estava mesmo do nosso lado, já cá faltava a inevitável bola ao poste, neste caso do David Luiz. No tempo de compensação, fomos apanhámos em contra-pé e o Nacional fez o 3º golo.
Individualmente não houve ninguém que se tivesse sobressaído por aí além, mas acho que o David Luiz foi o nosso melhor jogador. Também gostei razoavelmente, apesar dos três golos sofridos, do Miguel Vítor. O Ruben Amorim melhorou quando foi jogar para o meio e só foi pena não ter tido a companhia do Katsouranis. O Cardozo foi muito bem marcado, mas os seus (poucos) remates foram invariavelmente perigosos. O Di María veio mexer com a equipa, mas continua pouco objectivo na altura do passe.
É o ponto final em mais uma época frustrante e só espero que quem de direito, mais especificamente o treinador, tire as suas ilações quando a temporada terminar. Depois de tudo o que se passou, não é admissível que o Benfica entre em campo amorfo e desperdice desta maneira uma oportunidade soberana de se aproximar do 2º lugar.
P.S. – Como benfiquista sinto-me INDIGNADO e REVOLTADO com o sorriso do Sr. Joaquim, nosso guarda-redes, aquando do 3º golo do Nacional. Eu posso admitir um golo falhado com a baliza aberta ou um frango, mas não admito que um jogador do Benfica, que ainda por cima era o capitão naquela altura do jogo, sorria depois de termos sofrido um golo. Para além do mais, um golo que acabou de vez com as esperanças de irmos à Liga dos Campeões. É uma FALTA de RESPEITO para com todos nós. O Benfica não é nenhuma brincadeira! EXIJO um pedido público de desculpas ou então adeus, e não volte!
P.P.S. - Ver o nosso jogo a seguir ao Real Madrid - Barcelona (2-6) foi de uma crueldade imensa. Aquele Barça não existe... Como é que se torna tudo tão fácil?!
O que mais me custa a perceber é a forma como entrámos na partida. Muito lentos, sem rasgos, pouco crentes e isto tudo quando os jogadores já sabiam do resultado dos lagartos. Há aqui qualquer coisa que não funciona desde o início da época, já que foram “n” as vezes em que deveríamos ter tido como motivação os maus resultados dos rivais e entramos abúlicos em campo. A ausência do Aimar não pode explicar tudo. Dois remates perigosos (David Luiz e Cardozo) para duas boas defesas do Bracalli é muito pouco para uma 1ª parte.
No 2º tempo, estivemos mais dinâmicos, mas um erro do Quique ao tirar o Katsouranis (que estava a ser dos melhorzinhos) em vez do desequilibrado do Carlos Martins, para colocar o Di María, precipitou tudo. O Nacional passou a ter mais espaço a meio-campo (o Carlos Martins a defender é uma nulidade) e abriu o marcador aos 56’ pelo Nené, com a Quim a ficar a meio-caminho na saída da baliza. Pouco depois, o Nuno Gomes tem mais um daqueles lances em que não se pode falhar: isolado frente ao guarda-redes permitiu a sua defesa. Seria o 1-1, mas em vez disso acabámos por sofrer o 2º golo num remate fora da área sem oposição do Ruben Micael aos 64’, em que me pareceu que o Quim se lançou demasiado tarde. Reagimos bem e reduzimos quatro minutos depois pelo Reyes. E aqui entrou o Sr. Jorge Sousa em acção. Como não é mentecapto como o Sr. Rui Gomes Costa da semana passada, até estava a passar despercebido pelo jogo, só que num lance capital prejudicou-nos gravemente: há óbvia mão dentro da área de um jogador adversário num lance com o Cardozo, mas o árbitro de frente para a jogada não quis assinalar. Logo a seguir, e como a sorte não estava mesmo do nosso lado, já cá faltava a inevitável bola ao poste, neste caso do David Luiz. No tempo de compensação, fomos apanhámos em contra-pé e o Nacional fez o 3º golo.
Individualmente não houve ninguém que se tivesse sobressaído por aí além, mas acho que o David Luiz foi o nosso melhor jogador. Também gostei razoavelmente, apesar dos três golos sofridos, do Miguel Vítor. O Ruben Amorim melhorou quando foi jogar para o meio e só foi pena não ter tido a companhia do Katsouranis. O Cardozo foi muito bem marcado, mas os seus (poucos) remates foram invariavelmente perigosos. O Di María veio mexer com a equipa, mas continua pouco objectivo na altura do passe.
É o ponto final em mais uma época frustrante e só espero que quem de direito, mais especificamente o treinador, tire as suas ilações quando a temporada terminar. Depois de tudo o que se passou, não é admissível que o Benfica entre em campo amorfo e desperdice desta maneira uma oportunidade soberana de se aproximar do 2º lugar.
P.S. – Como benfiquista sinto-me INDIGNADO e REVOLTADO com o sorriso do Sr. Joaquim, nosso guarda-redes, aquando do 3º golo do Nacional. Eu posso admitir um golo falhado com a baliza aberta ou um frango, mas não admito que um jogador do Benfica, que ainda por cima era o capitão naquela altura do jogo, sorria depois de termos sofrido um golo. Para além do mais, um golo que acabou de vez com as esperanças de irmos à Liga dos Campeões. É uma FALTA de RESPEITO para com todos nós. O Benfica não é nenhuma brincadeira! EXIJO um pedido público de desculpas ou então adeus, e não volte!
P.P.S. - Ver o nosso jogo a seguir ao Real Madrid - Barcelona (2-6) foi de uma crueldade imensa. Aquele Barça não existe... Como é que se torna tudo tão fácil?!
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