segunda-feira, maio 21, 2007
Expectável
Vencemos a Académica por 2-0, mas aconteceu o previsível (vitórias dos outros dois) pelo que acabámos a época no 3º lugar e sem nenhum título conquistado. Se uma boa performance em termos estatísticos (muitos jogos sem perder, sofrer poucos golos, marcar bastantes, ser a única equipa a não perder em casa) é compensatório para alguns, para mim claramente não é. Há que perceber o que correu mal e faço votos sinceros para que o Fernando Santos continue por muitos e bons anos... mas como adepto na bancada ao pé de nós!
Começámos bem o jogo e o Derlei (hoje ganhou o direito a ser chamado pelo nome) lá se estreou finalmente a marcar pelo Benfica, aos 11’. Só espero é que este golo não apague o que ele (não) fez ao longo destes meses todos e que volte para o sítio de onde veio. A partida foi toda jogada num ritmo bastante baixo, o que vem sendo norma nos nossos últimos encontros. Pouco depois do nosso golo, a Académica teve uma boa oportunidade, mas o Quim fez a primeira das três magníficas defesas que efectuou. Da nossa parte o Karagounis era claramente o melhor e o único corpo estranho era o Paulo Jorge (que jogou em vez do castigado Petit). Como os lagartos marcaram dois golos bastante cedo, o nosso objectivo de chegar ao 2º lugar caiu muito rapidamente e a qualidade do nosso futebol reflectiu esse estado de espírito. O Miccoli e o Karagounis ainda fizeram dois remates bastante perigosos, mas o Pedro Roma defendeu bem. O jogo estava aberto, mas nós éramos claramente a melhor equipa.
Na 2ª parte surgiu o Manú em vez do Paulo Jorge, mas não melhorámos tanto quanto seria desejável. Um cruzamento do Karagounis provocou uma hesitação na defesa contrária, mas o Miccoli não soube aproveitar e rematou à malha lateral. Pouco depois, o Derlei voltou aos (maus) velhos tempos e falhou um golo fácil, quando estava praticamente isolado. Demorou muito tempo a rematar e permitiu que um defesa cortasse a bola. O Miccoli ainda tentou mais duas vezes, mas em ambas o guarda-redes defendeu os seus remates. Poderia ter marcado ainda noutro lance, mas o fiscal-de-linha assinalou um bárbaro e inexistente fora-de-jogo. A cerca de 20 minutos do fim, o Quim voltou a brilhar com uma defesa sublime a um remate de longe do Dame. Aos 74’ deu-se o momento alto da partida com a substituição do Miccoli (pareceu-me que estava tocado) pelo Mantorras. Recebeu a muito justa standing ovation naquele que foi provavelmente o último jogo dele com a camisola do Benfica no Estádio da Luz. Quando em forma ele é um dos melhores (senão mesmo o melhor) pontas-de-lança a alinhar em Portugal, mas infelizmente tem um historial de lesões muito grande. Mesmo assim, não me importava nada que ele pudesse ficar no Benfica. A oito minutos do fim, o Katsouranis inventou um golo para o Mantorras, que isolado frente ao guarda-redes não falhou. Foi um excelente lance do grego a passar a bola por cima de um defesa e a fazer um passe de morte para o angolano. No último minuto ainda deu para ver a terceira defesa do Quim, novamente a um remate do Dame. O encontro terminou pouco depois e mesmo sem termos feito uma grande exibição conseguimos uma vitória indiscutível.
Individualmente destaco o Karagounis e o Quim. O grego foi o jogador mais decisivo em termos de organização do ataque e foi pena não ter marcado nenhum golo. Espero sinceramente que as notícias da sua saída (por inadaptação da família a Portugal) não se confirmem. O Quim foi a razão pela qual não sofremos nenhum golo hoje. O Katsouranis esteve igualmente em plano de evidência, não só a fazer de Petit, como também a lançar o ataque. Quanto ao resto da equipa esteve razoável, mas tive pena que o Rui Costa não tenha conseguido estrear-se a marcar no campeonato.
Para o ano há mais, espero com alguns novos protagonistas (especialmente sentados no banco), mas a boa notícia é que parece que vamos ter maestro por mais uma temporada. O futebol agradece e se assim for não compreendo como é que há pessoas a colocar em causa a manutenção do seu cativo, caso o treinador se mantenha. Com ou sem Fernando Santos, essas pessoas jamais poderão dizer aos netos “eu vi ao vivo todos as partidas do Rui Costa no seu último ano de jogador”. E daqui a uns tempos vão arrepender-se de ter tomado essa decisão, mas aí já será tarde demais. Há malucos para tudo...
P.S. – Como vivemos numa nação onde a justiça não funciona, temos hoje uma equipa a festejar o campeonato da I Liga, quando deveria estar a celebrar a subida de divisão, como se passa com outro clube em Itália. É triste, mas é o país que temos. E os dirigentes responsáveis andam todos a assobiar para o lado e lembram-se de inventar novas competições. Tenham mas é juízo!
Começámos bem o jogo e o Derlei (hoje ganhou o direito a ser chamado pelo nome) lá se estreou finalmente a marcar pelo Benfica, aos 11’. Só espero é que este golo não apague o que ele (não) fez ao longo destes meses todos e que volte para o sítio de onde veio. A partida foi toda jogada num ritmo bastante baixo, o que vem sendo norma nos nossos últimos encontros. Pouco depois do nosso golo, a Académica teve uma boa oportunidade, mas o Quim fez a primeira das três magníficas defesas que efectuou. Da nossa parte o Karagounis era claramente o melhor e o único corpo estranho era o Paulo Jorge (que jogou em vez do castigado Petit). Como os lagartos marcaram dois golos bastante cedo, o nosso objectivo de chegar ao 2º lugar caiu muito rapidamente e a qualidade do nosso futebol reflectiu esse estado de espírito. O Miccoli e o Karagounis ainda fizeram dois remates bastante perigosos, mas o Pedro Roma defendeu bem. O jogo estava aberto, mas nós éramos claramente a melhor equipa.
Na 2ª parte surgiu o Manú em vez do Paulo Jorge, mas não melhorámos tanto quanto seria desejável. Um cruzamento do Karagounis provocou uma hesitação na defesa contrária, mas o Miccoli não soube aproveitar e rematou à malha lateral. Pouco depois, o Derlei voltou aos (maus) velhos tempos e falhou um golo fácil, quando estava praticamente isolado. Demorou muito tempo a rematar e permitiu que um defesa cortasse a bola. O Miccoli ainda tentou mais duas vezes, mas em ambas o guarda-redes defendeu os seus remates. Poderia ter marcado ainda noutro lance, mas o fiscal-de-linha assinalou um bárbaro e inexistente fora-de-jogo. A cerca de 20 minutos do fim, o Quim voltou a brilhar com uma defesa sublime a um remate de longe do Dame. Aos 74’ deu-se o momento alto da partida com a substituição do Miccoli (pareceu-me que estava tocado) pelo Mantorras. Recebeu a muito justa standing ovation naquele que foi provavelmente o último jogo dele com a camisola do Benfica no Estádio da Luz. Quando em forma ele é um dos melhores (senão mesmo o melhor) pontas-de-lança a alinhar em Portugal, mas infelizmente tem um historial de lesões muito grande. Mesmo assim, não me importava nada que ele pudesse ficar no Benfica. A oito minutos do fim, o Katsouranis inventou um golo para o Mantorras, que isolado frente ao guarda-redes não falhou. Foi um excelente lance do grego a passar a bola por cima de um defesa e a fazer um passe de morte para o angolano. No último minuto ainda deu para ver a terceira defesa do Quim, novamente a um remate do Dame. O encontro terminou pouco depois e mesmo sem termos feito uma grande exibição conseguimos uma vitória indiscutível.
Individualmente destaco o Karagounis e o Quim. O grego foi o jogador mais decisivo em termos de organização do ataque e foi pena não ter marcado nenhum golo. Espero sinceramente que as notícias da sua saída (por inadaptação da família a Portugal) não se confirmem. O Quim foi a razão pela qual não sofremos nenhum golo hoje. O Katsouranis esteve igualmente em plano de evidência, não só a fazer de Petit, como também a lançar o ataque. Quanto ao resto da equipa esteve razoável, mas tive pena que o Rui Costa não tenha conseguido estrear-se a marcar no campeonato.
Para o ano há mais, espero com alguns novos protagonistas (especialmente sentados no banco), mas a boa notícia é que parece que vamos ter maestro por mais uma temporada. O futebol agradece e se assim for não compreendo como é que há pessoas a colocar em causa a manutenção do seu cativo, caso o treinador se mantenha. Com ou sem Fernando Santos, essas pessoas jamais poderão dizer aos netos “eu vi ao vivo todos as partidas do Rui Costa no seu último ano de jogador”. E daqui a uns tempos vão arrepender-se de ter tomado essa decisão, mas aí já será tarde demais. Há malucos para tudo...
P.S. – Como vivemos numa nação onde a justiça não funciona, temos hoje uma equipa a festejar o campeonato da I Liga, quando deveria estar a celebrar a subida de divisão, como se passa com outro clube em Itália. É triste, mas é o país que temos. E os dirigentes responsáveis andam todos a assobiar para o lado e lembram-se de inventar novas competições. Tenham mas é juízo!
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3 comentários:
a propósito de performances estatísticas, um professor meu da faculdade (de Estatística, precisamente...) dizia algo como: a estatística é a ciência segundo a qual um homem pode estar termicamente confortável com a cabeça no forno e os pés no congelador...
Mi Mi Miccoli!!
Grande homenagem, e totalmente merecida!! E sentida, pelo que li nos jornais hoje...
Enfim, vamos lá ver no que isto dá...
TMA: não queres enviar uma mensagem ao Fernando Santos a dizer isso?
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