Um golo do Lima em cima do intervalo deu-nos uma vitória importantíssima em
Vila do Conde (1-0), num campo onde o CRAC tinha empatado. Se formos campeões
no final da época, iremos lembrar-nos deste jogo como um dos mais importantes
nessa caminhada vitoriosa.
O Rio Ave está em 5º lugar no campeonato e percebeu-se bem porquê.
Criou-nos sempre imensas dificuldades, não nos deixando construir o jogo como
gostamos. Para além disso, ainda tivemos o contratempo da lesão do Maxi
Pereira, que nem sequer viajou, e do facto de o Enzo Pérez ter sido substituído
logo aos 30’ também por lesão. E, com o Carlos Martins e o Aimar igualmente de
baixa e a expulsão do André Gomes na semana passada, ficámos reduzidos ao Bruno
César, que continua numa forma lamentável. Mesmo com estas contrariedades,
poderíamos ter criado uma boa vantagem na 1ª parte, já que o Cardozo atirou uma
bola ao poste, proporcionou uma óptima defesa ao Oblak (se bem que me pareceu
que a bola ia para fora) e fez outro remate perigoso desviado por um defesa,
mas que o árbitro, Sr. Bruno Esteves, converteu em pontapé de baliza. O Lima
teve igualmente um remate que rasou o poste e o Matic uma cabeçada que o Oblak
defendeu. No primeiro dos dois minutos de descontos que o árbitro deu (houve
também um jogador adversário a ser sair por lesão), inaugurámos o marcador num
lançamento lateral, com uma boa cabeçada do Jardel para trás (MUITO melhor que
o Matic neste tipo de lances, em que nem sequer salta…) e o Lima a antecipar-se
ao adversário para fuzilar.
Na 2ª parte, pareceu-nos que nos ressentimos em termos físicos da partida
da Champions e não criámos tantas oportunidades. Ainda assim, o Cardozo
poderia ter marcado o golo do ano, num remate de primeira de fora da área, mas
a bola fez uma tangente ao poste. O Salvio não estava a fazer um grande jogo,
mas ao menos ajudava o André Almeida a defesa-direito, algo que o Gaitán que o
substituiu não conseguiu fazer. Perdemos um pouco com essa alteração e o Rio
Ave começou a acercar-se da nossa baliza. No ataque, só o Ola John criava
desequilíbrios, mas não fomos felizes ao tentar o golo da tranquilidade. Passámos
alguns calafrios, o Jardel e o Garay foram muito importantes para manter o
nulo, assim como o Artur, que fez uma defesa do outro mundo, num lance que
acabou por ser invalidado, porque a bola já tinha saído do campo antes do
cruzamento.
Em termos individuais, gostei bastante do Cardozo (foi pena não ter marcado
pelo menos um golo, já que jogou e fez jogar, com boas aberturas nos flancos),
dos centrais, como já referi, do Matic, que foi gigante no meio-campo, ainda
por cima sem a ajuda do Enzo Pérez a partir de determinada altura, e do Ola
John, que não entrou nada bem na partida, mas com o decorrer dela aumentou
imenso a sua produção e neste momento é titular indiscutível do Benfica. O
Artur é um senhor e dá uma confiança enorme à equipa.
Seria muito importante recuperar os jogadores lesionados do meio-campo,
especialmente agora que voltaremos a contar com o Luisão já a partir do próximo
jogo. Os próximos dois compromissos são decisivos e, se queremos manter-nos na
Taça de Portugal e Liga dos Campeões, teremos obrigatoriamente que os ganhar. A
equipa demonstra um nível exibicional bastante aceitável e conseguimos passar
os dois meses sem o capitão sem danos de maior.
P.S. – No jogo entre a lagartada e o Braga, o elemento decisivo do
campeonato da época anterior entrou novamente em destaque: o Sr. Pedro Proença
anulou um golo completamente limpo ao Braga a 15’ do fim, que daria o 1-1. Não
posso dizer que a vitória dos lagartos não nos tenha sido favorável, mas
preferiria um empate. Com a tendência inata do Sr. Pedro Proença para roubar os
de vermelho, é mais fácil esperar que este governo cumpra uma só promessa
eleitoral.
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