Num jogo bastante complicado, vencemos em Moreira do Cónegos (2-0) e
qualificámo-nos para os oitavos-de-final da Taça de Portugal. Perante a equipa
que eliminou a lagartada na ronda anterior, fomos sempre superiores, mas o
enorme domínio não se traduziu em muitas situações claras de golos e quando as
houve a falta de pontaria imperou.
Dois meses depois, o regresso do capitão Luisão foi o grande destaque da
partida. O Jesus aproveitou igualmente para fazer várias alterações, porque
entre jogadores lesionados e o regresso das selecções tivemos alguns
indisponíveis. Tal como disse o nosso treinador no final, a 1ª parte jogou-se
quase exclusivamente no meio-campo do Moreirense. Tivemos algumas boas
oportunidades (Nolito, Luisinho e Rodrigo), mas estava difícil a bola entrar.
Por outro lado, o Sr. Duarte Gomes resolveu certamente expiar os três penalties do Benfica – V. Guimarães da época passada e deixou
passar pelo menos três lances muito duvidosos na área a nosso favor (abalroamento
do Lima pelo guarda-redes, considerou que um empurrão ao Luisinho foi carga de
ombro, quando na 2ª parte assinalou falta numa carga de ombro que o Gaitán fez,
e um choque entre o mesmo Luisinho e um defesa, quando o nosso jogador tinha
chegado primeiro à bola e a tinha desviado).
Na 2ª parte, continuámos a atacar em quantidade e abrimos o marcador
através de um canto, com um remate cruzado do Matic que bateu num defesa e
entrou aos 59’. O mais difícil estava feito, mas era necessário marcar o 2º
golo para ficarmos descansados. Isso não aconteceu, o Moreirense alterou o seu
esquema de jogo e começou a acercar-se da nossa baliza. A 12’ do fim, uma das
torres de iluminação apagou-se e esteve-se mais de 20’ sem jogar. Quando o jogo
se reiniciou, tivemos pelo menos quatro passes transviados no meio-campo que
poderiam ter criado bastante perigo para a nossa baliza. Felizmente, alguma
aselhice do adversário conjugada com centrais imperiais impediram que isso
acontecesse. No último minuto de descontos, uma boa abertura do Ola John
desmarcou o Gaitán que assistiu o Cardozo (entretanto entrado) para o golinho
da ordem, que selou a nossa vitória.
Inevitável destaque para o Matic, não só pelo golo que marcou, mas por ser
quase sempre o primeiro elemento que construía o nosso ataque. No dia do
regresso do Luisão, foi o Jardel a dar mais nas vistas (julgo que ninguém
passou por ele). O Paulo Lopes também se revelou seguro na baliza. Continuo a
não gostar da forma do Bruno César, o Nolito foi desaparecendo do jogo e o Gaitán
andou desaparecido até surgir no 2º golo.
Objectivo cumprido e aguardemos pelo sorteio. Já agora, se não fosse pedir
muito, gostaria de ter um jogo na Luz, já que há mais de um ano que Taça de
Portugal é sempre sinónimo de jogo fora.
P.S. – Para além dos lances duvidosos na 1ª parte, o Sr. Duarte Gomes teve
umas quantas decisões incompreensíveis, nomeadamente a não-marcação de faltas a
nossa favor em lances óbvios. Neste capítulo, o Cardozo continua a ser o maior,
já que raramente é assinalada falta sobre ele…
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