Eliminámos ontem o Atlético (2-0) para a 4ª eliminatória da Taça
de Portugal em jogo que decorreu no Estádio do Restelo. Tenho sempre pena que estas
equipas de escalões secundários não possam receber os grandes em sua casa nos jogos da Taça, mas estamos subjugados pela
ditadura das televisões.
O Mourinho inovou ao apresentar uma táctica de três
centrais, mas a 1ª parte foi do pior que se viu esta temporada. Só se salvou (e,
aliás, durou o jogo) a estreia absoluta do Rodrigo Rego, primeiro na
lateral-esquerda e, na 2ª parte, como extremo-direito. O miúdo tem toque de
bola, tem dinâmica e tem desfaçatez, visível pelas vezes em que não se coibiu
de rematar à baliza. O resto foi uma desgraça, com muito gente a desperdiçar a
oportunidade, razão pela qual o Mourinho fez quatro(!) substituições ao
intervalo (para memória futura, saíram o Ivanović, João Rego, Barrenechea e Tomás
Araújo) e disse na flash que, se
pudesse, teria feito nove!
Na 2ª parte, o Atlético já não conseguiu chegar tantas vezes
à nossa baliza, mas o nosso golo só apareceu aos 73’ na estreia do Ríos (entrado
ao intervalo) a marcar com o manto
sagrado, num cabeceamento num canto. Quatro minutos depois, o Leandro
Barreiro (também entrado ao intervalo) foi derrubado na área e o Pavlidis
concretizou o penalty (embora o remate tenha saído quase à figura, com o guarda-redes a não defender por pouco...). O resultado
estava feito e só não se avolumou, porque o Otamendi falhou um penalty já nos
descontos (o Pavlidis tinha entretanto saído), com uma boa defesa do
guarda-redes Rodrigo Dias.
Em termos individuais, só vou destacar mesmo o Rodrigo Rego.
Tenho curiosidade para perceber se isto foi só um one shot, tipo o Pepa aqui há uns (largos) anos, ou se terá alguma
continuidade. Pelo menos aquele lugar (extremo-direito) vai estar vago nos próximos
tempos por causa da lesão do Lukebakio. Fizemos a nossa obrigação, que era
passar à eliminatória seguinte, mas sem nenhum brilhantismo e com uma 1ª parte
que deveria ser objeto de reflexão por parte de todo o plantel...
Iremos a Amesterdão na próxima 3ª feira jogar a nossa
continuidade na Champions frente ao
Ajax. Se não ganharmos, podemos esquecê-la e esta época será relembrada no
futuro como uma das piores de sempre nas competições europeias.
Há inúmeras inquietações que resultam deste jogo.
ResponderEliminarPorque foi Otamendi a marcar o penalti?
Rios pediu para ser ele a marcar.
Bisar num jogo seria um excelente tónico. Otamendi não deixou.
Ainda pensei que o capitão estaria a reservar a bola para a entregar a Scheldrup, num gesto de apoio ao jovem e à difícil fase da sua vida.
Ou que pediria a Henrique Araújo, mais um jovem que tão poucos minutos tem tido (e os poucos que tem… têm sido como carne para canhão, em minutos finais de loucura).
Mas não. O capitão, numa atitude incompreensível, achou que seria ele o protagonista.
Com o jogo decidido e a terminar, que ganharia a equipa com um golo do seu capitão?
Ultrapassa-me qualquer explicação racional. Apenas vejo egoísmo e um alarmante distanciamento entre Nico Otamendi e a equipa que, supostamente, capitaneia.
Cereja no topo do bolo, Otamendi falhou.
Nem golo, nem tónico para ninguém. Nada.
Pediria-se, no mínimo, neste contexto já muito complicado, a presença de Otamendi na flash interview.
Uma vez mais, o argentino nao avançou.
Como antigo capitão da minha equipa, o assunto apoquenta-me.
Isto não é o que um capitão deve fazer. É o seu oposto.
Se já soavam alarmes…