Vencemos o Nacional no passado sábado por 3-0 e mantivemos os
três pontos de distância para a lagartada (com menos um jogo), que ganhou
no Casa Pia por 3-1, tendo aumentado para seis frente ao CRAC, que foi
derrotado em Braga (0-1). Não gosto nada de ter jogos do Benfica no dia dos meus
anos (apesar deste momento inultrapassável), porque, se por acaso corre mal,
fico com o dia obviamente estragado, mas claro que uma vitória do Glorioso e uma
derrota do CRAC deram-me uma dupla prenda muito saborosa.
Com o regresso dos suplentes por estarmos a meio da eliminatória
da Champions frente ao Barcelona, eu tinha pedido um jogo calmo e
decidido relativamente cedo para não me enervar em dia de aniversário, e o
Benfica fez-me a vontade. Abrimos o marcador logo aos 5’ pelo Amdouni, depois
de uma recuperação do Dahl a aproveitar um mau passe do guarda-redes Lucas
França na saída de bola. No entanto, este guarda-redes esteve em grande minutos
depois ao defender um remate do Belotti e principalmente outro do Amdouni, que
ainda estou para saber como não entrou... Aos 19’, penalty a nosso favor, por
derrube sobre o Belotti, que o Kökçü converteu sem hipóteses para o Lucas
França, fazendo o 2-0. Até ao intervalo, poderíamos (e deveríamos) ter
resolvido a partida de vez, mas o guarda-redes continuava a exibir-se em bom
plano e os nossos avançados mantinham-se perdulários, com realce para uma boa
jogada de combinação entre o Amdouni, Kökçü e Belotti, com este a permitir a
intervenção do guarda-redes na cara deste. Em cima do intervalo, o VAR Sr.
Ricardo Baixinho sinalizou um pequeno toque do António Silva num avançado e o árbitro
Sr. André Narciso assinalou penalty contra nós. Teria sido péssimo ir para o
descanso com o jogo, que já deveria estar mais do que resolvido nesta altura,
em aberto, mas felizmente o Samuel Soares fez uma magnífica defesa ao penalty do
Dudu.
A 2ª parte começou praticamente com uma bola à barra do
Bruma numa jogada de contra-ataque e, pouco depois, o mesmo Bruma estava em
fora-de-jogo quando fez a assistência para o Dahl, que assim viu ser anulado um
golão seu de pé direito de fora da área. Dez minutos depois do recomeço, uma
perda de bola em zona perigosa do Amdouni deu ao Nacional a única verdadeira
oportunidade, mas o remate do Dudu já na pequena área saiu felizmente ao lado.
Daqui até final, a partida foi-se arrastando sem que nós conseguíssemos criar
grande perigo, mesmo com a entrada de alguns titulares, até que mesmo em cima
dos 90’, num livre para a área, um defesa do Nacional colocou a mão na bola e o
entretanto entrado Pavlidis marcou um dos melhores penalties de que me lembro:
golo ao canto superior esquerdo da baliza, sem a mínima hipótese para o Lucas
França. Fazíamos o 3-0 selando uma vitória tranquila, tal como eu tinha pedido.
Em termos individuais, o Amdouni esteve em destaque durante a
1ª parte, mas depois decaiu a seguir ao intervalo, assim como o Kökçü. Quanto ao
Dahl, é mesmo para exercer a opção o mais depressa possível, porque já ninguém
duvida que é uma mais-valia. O Belotti falhou um golo feito, mas é um upgrade
em relação ao Cabral como suplente do Pavlidis. O Samuel Soares foi muitíssimo
importante com aquele penalty defendido que, a ser concretizado, tornaria a 2ª
parte muito mais stressante. O Otamendi atravessa uma das melhores fases do
ano.
Jogamos daqui a algumas horas em Barcelona o acesso aos
quartos-de-final da Liga dos Campeões. Será uma missão (quase) impossível, mas
o que se exige é que a equipa esteja à altura da história do clube e dê a maior
luta que conseguir. De qualquer forma, o jogo em Vila do Conde no próximo
domingo é que é fundamental.
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