Fomos derrotados pelo Barcelona (1-3) na 3ª feira e dissemos
adeus à Liga dos Campeões. Se não tínhamos aproveitado para ganhar um jogo em
casa contra 10 na semana passada, era muito difícil ser agora que o iríamos
fazer contra onze no terreno de um dos adversários mais temíveis do futebol
europeu. Até entrámos bem na partida, mas o Barcelona é muito superior e nem
teve de atingir os seus limites para ganhar com tranquilidade.
Com o regresso do Florentino ao onze e alinhando com possivelmente
a camisola mais feia de toda a nossa história (é inacreditável como alguém no
Benfica tenha deixado passar isto...!), tentámos fazer pressão alta logo desde
o início, mas, a partir do momento em que o Barça a ultrapassava, criava o pânico
na nossa defesa. Aos 11’, o inefável Raphinha continuava o seu caminho de ser a
nossa besta negra deste ano ao inaugurar o marcador depois de um remate
mal efectuado pelo Lamine Yamal, que se converteu numa assistência para o
brasileiro. Reagimos muito bem e o Otamendi empatou no minuto seguinte, numa
cabeçada, depois de um canto do Schjelderup, aproveitando um ligeiro desvio do Lewandowski.
O Barça era naturalmente mais dominador, enquanto nós falhávamos algumas vezes
por adornarmos os lances na parte final, em vez de ser mais pragmáticos. Aos 27’,
os catalães puseram-se novamente em vantagem pelo Lamine Yamal num golão em
arco de fora da área. Depois disto, tivemos mais dificuldades em responder e o
Barça sentenciou a eliminatória aos 42’ no bis do Raphinha, depois de um
contra-ataque que se seguiu a uma má decisão do Aktürkoğlu perto da baliza
adversária (calcanhar em vez de um passe mais fácil e fomos apanhados em contrapé
pela arrancada do Baldé).
Na 2ª parte, os catalães baixaram (e muito) o ritmo, mas sem
nunca perderem o controlo do jogo. Ainda metemos a bola na baliza pelo Aursnes,
mas o Pavlidis estava fora-de-jogo no início da jogada. Continuámos a tentar ao
longo dos segundos 45 minutos, mas sem nunca conseguimos verdadeiramente
colocar o Barça em sentido. O Bruno Lage, para variar, lá tirou o Schjelderup (é
sempre dos primeiros a sair, não há que saber...) e colocou o Amdouni (também
saiu o Aktürkoğlu para entrar o Renato Sanches), mas ficámos a perder, porque o
suíço passou um pouco ao lado da partida. O Barça só não alargou a vantagem,
porque o De Jong falhou uma emenda perto da pequena-área. Até final, ainda
houve uma boa jogada individual do Renato Sanches culminada com um péssimo remate
de pé esquerdo muito por cima e uma cabeçada do Amdouni que iria na direcção da
baliza, se não fosse ter ficado nos pés do Koundé antes de lá chegar.
Em termos individuais, o Otamendi terá sido o melhor e não só
pelo golo, já que se fartou de cortar bolas, estando sempre muito em jogo. Saúda-se
o regresso do Florentino, embora se tenha percebido que não estava na sua
melhor forma. O Aursnes também esteve muito bem, especialmente na 2ª parte. Já
os turcos (Kökçü e Aktürkoğlu) estiveram no pólo oposto, provavelmente como consequência
do Ramadão. O Schjelderup, infelizmente, deve ter feito dos últimos minutos da
temporada, porque já se percebeu que o Lage não gosta nada dele e vai preferir
sempre o Bruma para aquela posição. O Pavlidis não esteve mal, com a ressalva
negativa para os inúmeros foras-de-jogo em que foi apanhado.
Iremos no domingo a Vila do Conde antes da pausa para a selecções.
Terá havido tempo de descanso suficiente desde Barcelona e espera-se uma vitória,
apesar de ser um campo tradicionalmente difícil. Foco total no campeonato a
partir de agora!
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