Voltámos a vencer o Nice pelo mesmo resultado (2-0) na
passada 3ª feira na Luz e iremos defrontar o Fenerbahçe no play-off de acesso à Liga dos Campeões. Realizámos uma boa exibição,
especialmente na 1ª parte, em que conseguimos os dois golos, e não demos a mínima
chance aos franceses.
O Bruno Lage repetiu a equipa da 1ª mão, mas não entrámos
muito bem na partida, apresentando-nos algo desconcentrados e tendo permitido
aos franceses os primeiros sustos à baliza do Trubin, que se revelou atento, nomeadamente
numa saída a punhos. No entanto, a primeira vez que criámos perigo foi fatal para
o Nice, com o Aursnes a fazer um 1-0 depois de assistência do Schjelderup, brilhantemente
desmarcado pelo Enzo Barrenechea. Estávamos no minuto 19 e aos 27’ os papéis
inverteram-se, com o Aursnes a centrar atrasado para o Schjelderup fazer o 2-0
num remate rasteiro sem hipóteses para o guarda-redes. Estava resolvida a eliminatória
ainda antes da meia-hora. O único lance de verdadeiro perigo do Nice aconteceu
precisamente aos 30’ com um remate de primeira ao poste, com o Trubin batido.
Perto do intervalo, foi o Otamendi a fazer um cruzamento-remate com defesa para
canto do guarda-redes Diouf.
A 2ª parte decresceu bastante em termos de qualidade, dado
que nós estávamos satisfeitos com o resultado e o Nice nunca mostrou argumentos
para colocar a baliza do Trubin em real perigo. Até porque, quando esteve perto
disso, havia sempre um jogador do Benfica a cortar o lance, como aconteceu com
o António Silva. Na baliza contrária, o Schjelderup esteve à beira de bisar,
mas o remate de pé esquerdo bateu na trave, depois de jogada do Pavlidis. Claro
está que o nº 21 foi dos primeiros a sair, pouco depois, quando o Lage começou
a fazer substituições e o Prestianni, que entrou para o seu lugar, mexeu bastante com as águas. O pequeno argentino ia fazendo um golão, com um remate
em arco do lado esquerdo a passar perto da trave. O Leandro Barreiro também não
entrou mal e teve uma ocasião para marcar, todavia perdeu tempo na altura do
remate. O último a entrar foi o Aktürkoğlu, que deste modo, se for transferido
para o Fenerbahçe, não poderá jogar contra nós. Gosto bastante quando a
estrutura do Benfica está atenta a estes pormenores. O Henrique Araújo, entretanto
entrado, foi o protagonista da derradeira oportunidade, mas não conseguiu ter
velocidade quando ficou isolado e deu hipótese ao defesa de recuperar a posição.
Em termos individuais, o Aursnes e o Schjelderup, cada um
com um golo e uma assistência, foram os maiores destaques. Do Aursnes, já nada
há mais a esperar, é fundamental e ponto final, mas finalmente que o Schjelderup
está a ter oportunidade de mostrar a qualidade que quase todos nós víamos nele.
Só falta agora ao Lage deixá-lo jogar mais tempo e não o escolher sempre que
tem de fazer a primeira substituição... O Enzo Barrenechea a meio-campo está a
consolidar-se, especialmente com os seus passes a rasgar, e o Dedic na direita está a revelar-se um autêntico cavalo. O Ivanović não esteve tão em destaque
como em França, mas não há dúvidas de que é grande jogador.
O último obstáculo para chegar à Champions, o Fenerbahçe, vai ser complicadíssimo, mas antes disso
temos hoje a estreia no campeonato frente ao E. Amadora na Reboleira. Dado que
estamos com um jogo em atraso, é ainda mais importante entrarmos bem na Liga,
que, convém nunca esquecer, é sempre o principal objectivo da temporada.
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