Empatámos com o Boca Juniors (2-2) na passada 2ª feira na
estreia no Mundial de clubes. Dado que aos 28’ perdíamos por 0-2 e a partir dos
70’ ficámos a jogar com dez, o resultado acabou por não ser nada mau.
O Bruno Lage surpreendeu ao dar a titularidade ao Bruma e
Renato Sanches, ficando os turcos no banco, com o Dahl na lateral-direita,
porque o Tomás Araújo ficou em Lisboa (e aparentemente ainda não tivemos tempo
para arranjar um substituto para o Bah...). Nem entrámos mal no jogo, com o Renato
Sanches a perder uma soberana ocasião com um remate ao lado , estando em óptima
posição. O Bruma atirou ao poste pouco depois, mas o lance foi invalidado por
fora-de-jogo. O problema foi que o Boca Juniors marcou na primeira vez que foi à
nossa baliza, aos 22’, com o Florentino a ser mal batido na esquerda e o
respectivo cruzamento a ser bem desviado pelo Merentiel. Seis minutos depois,
aos 28’, os argentinos voltaram à nossa área e fizeram o 0-2 pelo antigo lagarto Battaglia de cabeça num canto, em
que nós andámos aos papéis. Sentimos
(e de que maneira!) ambos os golos e deixámos de conseguir ligar o nosso jogo.
O Boca Juniors usava da agressividade típica dos argentinos e nós nunca
conseguimos igualar isso. Quando num canto perto do intervalo o Otamendi se
antecipa a um adversário e leva um pontapé, e o VAR a assinala o penalty, foi algo
que caiu literalmente do céu. Tínhamos uma excelente ocasião para reduzir a
desvantagem sem ter feito nada para a merecer. O Di María enganou o Marchesín
na marcação do penalty, fazendo o importantíssimo 1-2 antes do intervalo, o que
nos dava alguma esperança para a 2ª parte.
Depois do intervalo, o Bruno Lage fez entrar o Belotti para
o lugar do Dahl, mas curiosamente
jogar com dois pontas-de-lança não resultou... Sinceramente, não percebo esta insistência
do Lage nesta táctica, que NUNCA resultou esta época! No entanto, o facto mais
saliente deste segundo tempo foram os pouquíssimos minutos jogados, porque o jogo
foi cheio de quezílias, muito físico e com imensas interrupções. A vinte minutos
do fim, o Belotti levantou demasiado o pé, atingiu a cabeça de um adversário e
foi expulso pelo VAR, porque o árbitro lhe tinha mostrado um amarelo. A partir
daqui, confesso que pensei que já tínhamos ido... No entanto, aos 84’ outra
bola parada, desta vez um canto do Kökçü na direita, propiciou ao Otamendi uma
entrada de rompante de cabeça, fazendo o 2-2 sem hipóteses para o guarda-redes
contrário. Logo a seguir, o Carreras poderia ter- nos dado a vitória, mas o remate
de pé direito foi defendido pelo guarda-redes. Até final, menção ainda para a
expulsão de um jogador do Boca Juniors por entrada violenta sobre o Florentino
e para os incompreensíveis 5’ de compensação (a 1ª parte teve... 7’!).
Em termos individuais, o Otamendi foi o único a merecer
destaque por ter estado nos nossos dois golos. E mais ninguém se salientou por
aí além, porque, se até sofrermos o primeiro golo, até nem tivéssemos estado
mal, a partir daí decaímos bastante e nunca nos reencontrámos exibicionalmente.
O golo do Otamendi permitiu que não estivéssemos já
praticamente eliminados e amanhã iremos defrontar o Auckland, com o objectivo
de marcar o maior número de golos possível, porque a diferença de golos pode
ser um factor decisivo no apuramento para o oitavos-de-final.
Sem comentários:
Enviar um comentário