Vencemos no Estoril (2-1) no passado sábado e mantivemos a
igualdade pontual com a lagartada na
frente do campeonato, porque eles também ganharam por 2-1 em casa ao Gil
Vicente (apesar de estarem a perder por 0-1 aos 80’...!). Depois de uma 1ª parte
bem conseguida, baixámos muito o nível na 2ª e sofremos escusadamente na parte
final do jogo.
Apesar da disponibilidade do Di María, o Bruno Lage decidiu
(e bem) deixá-lo no banco, mantendo o Amdouni na equipa titular, que foi a
mesma que defrontou o AVS, com a excepção do Florentino em vez do castigado
Carreras (o Dahl regressou à sua posição de origem de lateral-esquerdo). Entrámos
a todo o gás e o Aursnes poderia ter inaugurado o marcador logo nos minutos
iniciais, quando ficou isolado à frente do guarda-redes Robles, mas permitiu a mancha deste. No entanto, aos 7’, o
mesmo Aursnes conseguiu mesmo fazer o 1-0, novamente isolado depois de assistência
do Kökçü num contra-ataque rápido, ao rematar por entre as pernas do guarda-redes.
O Estoril não nos conseguia criar muitas dificuldades e nós só não fomos
aumentando a vantagem, porque revelámos alguma imprecisão no último passe. O
segundo golo teve de surgir numa bola parada, num livre para a área, com o Dahl
a colocar a bola na cabeça do Otamendi, que se antecipou ao guarda-redes.
Voltámos a entrar bem na 2ª parte, numa tentativa de fechar
a partida de vez, mas não tivemos grandes chances de marcar e essa boa entrada foi
sol de pouca dura. O Estoril foi
equilibrando o jogo, o Amdouni lesionou-se e entrou o Schjelderup, mas nós deixámos
de conseguir criar lances ofensivos. Apesar de dominar, o Estoril só teve a
primeira oportunidade, porque o Otamendi fez um péssimo passe na nossa zona
defensiva e depois fez penalty sobre o Begraoui. Estávamos no 65º minuto e
temia-se o pior para o resto do jogo, no entanto, o Trubin foi gigante perante
o mesmo Begraoui e também tivemos sorte, porque a recarga do Zanocelo bateu na
barra. Livrámo-nos de boa, mas não aprendemos nada, porque logo a seguir o
avançado Marqués não rematou quando estava em boa posição. O Lage chamou o Leandro
Barreiro e o Belotti, mas a bola demorou a sair e o Estoril marcou... Foi aos 78’
num cruzamento do Guitane e cabeceamento do Zanocelo com o Trubin a dar a
sensação de que poderia ter feito mais... Depois da entrada daqueles dois, voltámos
a reassumir o jogo e o Estoril não conseguiu ter as mesmas facilidades em
chegar à nossa área. E foram ambos a ter a melhor oportunidade até final, com o
Barreiro a falhar o desvio e o Belotii a parecer-me derrubado na área, mas nem
o Sr. João Gonçalves nem o VAR assinalaram nada... Aliás, pouco depois houve
outro lance que noutros campos seria claramente penalty por mão na bola, mas não
no nosso caso. Para demonstrar bem ao que vinha, o Sr. João Gonçalves deu só oito minutos de compensação... Mas
teve azar, porque não houve nenhum lance onde pudesse ter uma intervenção mais
directa...
Em termos individuais, o Otamendi teve uma prestação
irrepreensível só manchada pelo lance do penalty, que acabou por não ter consequências
negativas graças ao Trubin, que também esteve bem, embora no lance do golo
pudesse ter feito mais (a bola passou-lhe por baixo da mão). Quanto ao resto da
equipa, os destaques são sobretudo pela 1ª parte, com o Aktürkoğlu a confirmar
o bom momento, com muito dinamismo pela faixa esquerda, e o Aursnes a ser importante
pela abertura do marcador (apesar do falhanço uns minutos antes...). As
entradas do Leandro Barreiro e Belotti deveriam ter acontecido mais cedo,
porque deram capacidade de luta à equipa, que estava a faltar naquele momento.
Iremos receber a lagartada
no sábado numa final como nunca me lembro de ter acontecido no campeonato:
quem ganhar (nós, se for com diferença de pelo menos dois golos) será campeão. O
empate favorecerá a lagartada, porque
fica com vantagem no confronto directo, e uma vitória tangencial nossa coloca-nos
a um ponto do título. Jogamos em casa, saibamos usar esse trunfo a nosso favor.
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