Vencemos ontem o Farense no São Luís por 3-1 e apurámo-nos
para os quartos-de-final da Taça de Portugal. Depois de irmos para o intervalo
a perder e a jogar muito pouco, facto que me assustou bastante, na etapa
completamente demos um resposta convincente, potenciada pelo facto de termos
dado a volta ao marcador relativamente cedo e em apenas dois minutos.
Com um intervalo muito curto entre jogos, o Bruno Lage fez
algumas alterações na equipa com as entradas do Samuel Soares, Bah, Leandro
Barreiro e Arthur Cabral em relação à partida da final da Taça da Liga. Até nem
começámos mal, com uma iniciativa do Schjelderup pela esquerda, que centrou
para o Di María rematar de primeira no lado direito, ligeiramente por cima.
Seria um golão de fazer levantar o estádio. À semelhança do jogo para o campeonato,
sofremos um golo muito cedo (7’) numa cabeçada do Tomané num canto, lance em
que o António Silva não saltou com suficiente convicção e foi batido no ar. Até
ao intervalo, revelámos grandes dificuldades em criar perigo, dado que o
Farense se fechava muito bem na defesa e nós, com três trincos, não circulávamos
a bola com suficiente rapidez. Para piorar o cenário, o Di María saiu ainda
antes dos primeiros 45’, com queixas musculares. Aliás, não se percebe como é
que o Lage o colocou a titular com tantos jogos próximos e agora arriscamo-nos
a que não esteja disponível contra o Barcelona... Entrou o Amdouni para o seu
lugar perto do intervalo, mas não teve grande impacto no jogo.
A 2ª parte foi felizmente bastante diferente. Revelámos
muito mais intensidade, com uma pressão maior sobre o adversário, mas, ao contrário
da primeira, foi a nossa baliza a ver perigo rondar nos minutos iniciais, valendo-nos
o instinto do Samuel Soares a um recarga depois de um livre para nossa área. No
entanto, aos 56’, o jogo começou a mudar com outro excelente golo do Schjelderup,
numa iniciativa pela esquerda em que passou por um defesa e rematou forte e
colocado, sem hipóteses para o guarda-redes Ricardo Velho. Dois minutos depois,
passámos para a frente numa bela jogada do Carreras pela esquerda, que centrou
largo para o Arthur Cabral ter um bom domínio, deixar a bola rolar e rematar
cruzado, também sem hipóteses para o guarda-redes. O Farense acusou
naturalmente o golo e a partida ficou praticamente decidida quatro minutos
depois, aos 62’, com o 3-1 pelo Bah, depois de uma jogada iniciada por ele, com
insistência do Arthur Cabral, que rematou de ângulo difícil para defesa do
Ricardo Velho, e o acompanhamento da jogada pelo Bah, que atirou por baixo do
corpo do guarda-redes. Até final, fomos conseguindo controlar a partida, sem
conceder grandes chances ao Farense e com o Bruno Lage a ir aproveitando para
rodar um pouco a equipa.
Em termos individuais, o Schjelderup voltou a ser de longe o
melhor e está cada vez mais entrosado com a equipa. O Arthur Cabral merece
igualmente destaque por ter tido participação direta em dois dos golos. O
Florentino também se exibiu em bom plano, nunca dando muitas veleidades ao meio-campo
adversário. De resto, todos os outros subiram de produção da primeira para a 2ª
parte e a nossa vitória foi mais do que justa.
Iremos receber o Braga nos quartos-de-final e, se passarmos,
uma equipa do Campeonato de Portugal nas meias. Ou seja, temos mais do que
obrigação de chegar à final para tentar começar a reverter esta vergonha inominável
de termos ganho três taças nos últimos 28 anos...
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