Vencemos o Santa Clara na passada 4ª feira por 3-0 e qualificámo-nos para a final four da Taça da Liga. Foi uma partida que não foi assim tão fácil quanto o resultado dá
a entender, dado que ao intervalo estava 0-0 e só marcámos o primeiro golo aos
71’. No entanto, a justeza da nossa vitória é inquestionável.
O Bruno Lage fez menos alterações do que eu tinha pensado, já que só colocou o Cabral, Amdouni, Renato Sanches e António Silva em relação à
partida anterior. A 1ª parte foi completamente desperdiçada, dado que raramente
criámos perigo, muito por causa da lenta circulação de bola. Uma cabeçada do
Beste e um remate em força do Cabral foram as únicas situações de golo que criámos,
contra uma do Santa Clara já perto do intervalo, em que o Safira atirou para as
nuvens em excelente posição. Claro que à fraca qualidade exibicional da 1ª
parte não é alheio o facto de o Santa Clara ter feito muito antijogo, com
sucessivos jogadores no relvado e muita demora na reposição da bola em jogo.
Para a 2ª parte, o Bruno Lage apostou logo na artilharia pesada, com Di María e Kökçü
para os lugares do Amdouni e Renato Sanches. E a equipa melhorou logo
imediatamente, com uma circulação muito mais célere. No entanto, por volta da
hora de jogo apanhámos um grande susto com o Trubin a hesitar numa saída de
bola e o Gabriel Silva a felizmente falhar o chapéu. Empurrávamos o Santa Clara para o seu meio-campo, mas
estava difícil conseguir meter a bola na baliza. Até que aos 67’, o Lage lá se
decidiu pela entrada do Pavilidis para o lugar do Beste (e não do Cabral, como
tem sido habitual), ficando nós a jogar com dois pontas-de-lança. E a
substituição deu logo efeito aos 71’, com um jogada do grego na esquerda e
centro para o Di María marcar um golão de primeira (já tinha tentado aquele
movimento frente ao Rio Ave, mas um defesa interceptou a bola). O Pavlidis
entrou endiabrado e fez o seu primeiro bis
com o manto sagrado: aos 76’ a corresponder de cabeça a um centro do Carreras
na esquerda e aos 80’ a rematar de pé direito depois de uma assistência do Otamendi
de cabeça. Até final, ainda houve a oportunidade de o António Silva dar o corpo
à bola e safar o golo de honra dos açorianos.
Destaque óbvio para o Pavlidis com uma assistência e dois
golos. Esperemos que este jogo seja o seu ketchup.
O Di María e o Kökçü foram muito importantes para a melhoria exibicional na 2ª
parte, com o Carreras a revelar igualmente um nível acima da média, como tem
sido habitual nele. Ao invés, voltei a não gostar particularmente do Beste na
extrema-esquerda, ainda por icma havendo outras opções válidas no banco para
aquele lugar. O Trubin esteve muito pouco confiante nas saídas fora da área e é
algo que deve rever no futuro. O Bah e o Aktürkoğlu pareceram revelar alguma
fadiga resultado porventura da sequência de jogos seguidos.
Iremos defrontar o Braga em Janeiro para tentar o acesso à
final. Apesar de sermos a equipa com mais troféus nesta competição, já não a
ganhamos há sete anos, pelo que este é o ano de finalmente quebrar esse enguiço.
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