Empatámos na passada 6ª feira em Moreira de Cónegos (1-1),
no último jogo de Roger Schmidt enquanto treinador do Benfica. Com a vitória da
lagartada frente ao CRAC (2-0) no sábado, estamos agora a cinco pontos
do 1º lugar, com apenas quatro jornadas decorridas. Não era fácil um pior início
de temporada, mas nada que não fosse já antecipável na malfadada hora em que o
Rui Costa decidiu manter o Roger Schmidt no banco do Benfica. Claro que, depois
destas quatro jornadas, dos resultados e do futebol(?) apresentado, o alemão jamais
poderia resistir e foi despedido no sábado. Perdeu-se demasiado tempo e provavelmente
outro campeonato.
Sobre a saída do treinador e a contratação de um novo, haverá
um texto à parte, mas em relação a este jogo também não há muito para dizer de
diferente ao que já foi dito e redito no passado: exibição paupérrima do
Benfica, a revelar os mesmos defeitos de há séculos (afunilamento do jogo, ausência
de acelerações, menor agressividade que o adversário, poucas oportunidades de
golo), o que obviamente não é de espantar, dado que o treinador é (era) o mesmo.
O Di María entrou no onze e foram dele as melhores jogadas na 1ª parte, mas
mesmo assim sem uma clara situação de golo. Quanto ao Moreirense, marcou na
nossa baliza, mas o golo foi posteriormente anulado pelo VAR por pisão sobre o
Leandro Barreiro no início da jogada.
Na 2ª parte, entrou logo o Renato Sanches, que esteve uns
bons furos acima de frente ao E. Amadora, mas continuámos a não conseguir produzir
grande jogo ofensivo. O Pavlidis teve um bom remate defendido pelo guarda-redes
Kewin, o Di María viu um defesa a safar quase sobre a linha, porém foi o
Moreirense a abrir o marcador aos 84’ pelo Ofori, num remate que desviou no António
Silva e traiu o Trubin. Tínhamos permitido menos veleidades atacantes ao
Moreirense do que no primeiro tempo, pelo que este golo foi um castigo um pouco
pesado, mas resultou de um erro clamoroso do Carreras na saída de bola no nosso
meio-campo. No último minuto da compensação, o Leandro Barrreiro é pisado na
grande-área, num lance em que o Moreirense protestou sobre uma eventual mão na
bola do Marcos Leonardo, e o mesmo Marcos Leonardo empatou o jogo, mas já era
impossível resgatar a vitória.
Destaque individuais é escusado fazer, mas deixo só esta
nota de completo desnorte do Benfica actual: quem marcou o penalty na compensação
foi um jogador, cuja saída para a Arábia estava iminente, e que se confirmou no
dia seguinte. Jogador, esse, que já tinha falhado um penalty decisivo na meia-final
da Taça da Liga no ano passado. Por acaso, foi golo, mas foi nitidamente brincar
com o fogo.
Foi um fim de linha muito triste para o Roger Schmidt, mas o
que me preocupa mais foi esta incapacidade de ver o óbvio que o Rui Costa revelou.
Resta-nos aguardar pelo nome do novo treinador e esperar que consiga ainda
fazer alguma coisa desta temporada. Mas não tenho esperanças nenhumas nisso,
especialmente se for o nome mais forte de que se fala...
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