Vencemos no passado sábado o E. Amadora por 1-0 na Luz e
mantivemo-nos a três pontos de ambos os rivais, que se defrontarão na próxima
jornada. Quando o Kökçü inaugurou o marcador aos 19’, esperava-se que isso
tranquilizasse a equipa e a embalasse para uma exibição mais condigna com o plantel
que demos. Pura ilusão, já que o (pouco) nível apresentado frente ao Casa Pia
se manteve nesta partida.
A entrada do Kökçü para o lugar do João Mário foi a mudança
mais significativa na equipa, já que a troca do lesionado Beste pelo Carreras e
do António Silva pelo Otamendi foram mais posicionais. Tirando o golo e a sua
jogada, a 1ª parte voltou a ser uma pasmaceira quase total. O mesmo Kökçü já
tinha atirado por cima, quando estava em boa posição, num lance anterior, mas a
lesão muscular do Aursnes, que o levou a ser substituído pelo Tiago Gouveia aos
32’, foi o facto mais saliente da etapa inicial. Vamos ver quanto tempo iremos ficar
sem ele... Ainda metemos uma bola na baliza pelo Pavlidis em cima do intervalo,
mas o grego fez falta sobre o guarda-redes. Entretanto, o Sr. Hélder Malheiro tentou
por tudo desconcentrar os nossos jogadores, com amarelos muitíssimo duvidosos e
cheguei a temer que não chegássemos ao final com 11.
Na 2ª parte, criámos mais oportunidades, mas o Pavlidis não
estava em noite inspirada. Por volta dos 70’, aconteceu outro momento alto do
jogo, com a entrada do Renato Sanches em campo, mas o nosso regressado jogador
mostrou que ainda está longe de poder ser titular, por causa dos (baixos) índices
físicos que apresenta. O Di María também entrou, mas não foi tão decisivo
quanto costuma ser. O valeu foi que o E. Amadora é uma equipa muito fraca e praticamente
não criou perigo. Outra nota negativa vai para a lesão no ombro do Tiago
Gouveia, que o deve atirar para fora dos relvados por um período possivelmente
longo.
Em termos individuais, destaque para o Kökçü pelo golo e
pelo que mostrou enquanto teve pernas. A diferença para com o João Mário é abissal.
O Carreras na esquerda vai solidificando a posição, aproveitando a lesão do
Beste. O Pavlidis demonstra que tem muito valor, mas se as bolas não lhe chegam
em condições não consegue fazer milagres. A dupla de meio-campo enferma do mal
de serem dois trincos, mas o Sr. Schmidt continua a não querer perceber que é
uma parvoíce jogar com os dois em jogos contra equipas como o E. Amadora, que são
a maioria do campeonato português.
Cada ida à Luz está a ser um suplício. Já sabemos que vamos
sofrer e nos exasperar, mas, enquanto este treinador lá continuar, resta-nos
saber viver com isso. O que é mais preocupante no Sr. Schmidt é que ele parece
não ver tudo o que os outros vêem. Só isso explica algumas decisões e hesitações,
especialmente na hora de fazer trocas na equipa. Vir dizer no final deste jogo
e no frente ao Casa Pia que “jogámos bem” é de alguém que decididamente não vê
os mesmos jogos do que nós...
Iremos a Moreira de Cónegos para a semana, antes da pausa
para as selecções, e devíamos aproveitar o embate entre os outros dois rivais no
WC para encurtar distâncias. Mas, pelo modo como estamos a jogar, não prevejo nada
bom a sair dessa partida, até porque o Moreirense tem sido um dos destaques
desta fase inicial da Liga.
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