Conseguimos a primeira vitória no campeonato no passado sábado,
ao derrotar o Casa Pia por 3-0. Quem só saiba o resultado, ficará certamente
com uma ideia errada do que se passou na partida, porque foi um jogo bastante difícil,
muito por culpa própria nossa. E da nossa exasperante lentidão, em especial na
1ª parte.
Tivemos uns três minutos iniciai fortíssimos...! O
Prestianni atirou ao lado na sequência de uma interessante combinação ofensiva,
mas até ao intervalo foi o marasmo quase total. O que não é de espantar quando
se joga com dois trincos (Florentino e Barreiro) e dois médios-centro como alas
(João Mário e Aursnes). O miúdo (Prestianni) só tem 18 anos e não pode arcar sempre
com as despesas de acelerar o nosso jogo e o Pavlidis não consegue fazer milagres
se a bola não lhe chega de todo. Um remate de fora da área do João Mário foi o único
momento em que pusemos à prova o guardião contrário. Pouco, muitíssimo pouco.
Como estava evidentemente
tudo a correr bem na 1ª parte, o Roger Schmidt não fez substituições a seguir
ao intervalo...! Sem comentários! Curiosamente,
excepto eventualmente para o Sr. Schmidt, as coisas mantiveram-se iguais na 2ª
parte. Futebol lento, previsível, sem acelerações, nem rasgos, tudo muito
afunilado, enfim, aquele filme que estamos fartos de ver desde a época passada...
Até que à passagem dos 65’, o Sr. Schmidt lembrou-se finalmente de que existe
um banco de suplentes e de que até temos lá jogadores de alguma valia e que
custaram bom dinheiro, que, talvez, até possam ser úteis para desbloquear
jogos... Fez três substituições de uma assentada (Marcos Leonardo, Kökçü e
Tiago Gouveia para os lugares de Prestianni – inacreditável a sua saída... – João
Mário e Leandro Barreiro) e o resultado viu-se logo cinco minutos depois. Aos
70’, cruzamento da esquerda do Tiago Gouveia e cabeçada inapelável do Pavlidis
sem hipóteses para o guarda-redes Patrick Sequeira. Pouco depois, o Casa Pia
teve uma enorme oportunidade, mas a cabeçada do Nuno Moreira saiu por cima,
quando o Trubin andava aos papéis num
cruzamento para a área. Aos 80’, acabámos com as dúvidas, com o 2-0 pelo Tiago Gouveia,
que espero que tenha percebido que não deve rematar como se estivesse a jogar râguebi...
(Neste mesmo jogo, teve outro lance destes). O Marcos Leonardo ainda falhou uns
quantos golos quase feitos, mas lá acabámos por fazer o 3-0 pelo Aursnes num
remate cruzado do lado direito, depois de uma assistência portentosa do Kökçü
em cima dos 90’.
Em termos individuais, palavra para o Tiago Gouveia que, com
uma assistência e um golo foi o homem do jogo. O Carreras, que substituiu o
lesionado Beste ainda na 1ª parte, também foi dos que mais tentaram levar a equipa
para a frente e o Pavlidis concretizou a única oportunidade que teve. O Prestianni
estava a ser dos melhores quando incompreensivelmente saiu, mas o Marcos Leonardo
(finalização à parte) mexeu com o nosso ataque.
Iremos ter a jornada seguinte também em casa, no próximo sábado,
mas espero que o Sr. Schmidt tenha percebido de vez o que a equipa não pode
fazer: não pode ter dois trincos em campo neste tipo de jogos e não pode jogar
sem alas. É algo muito simples, que está à vista de todos. Menos dele aparentemente.
Curioso que é incapaz de valorizar o facto de as mudanças feitas pelo treinador… terem sido fundamentais no desfecho feliz do jogo.
ResponderEliminarAceita-se que critique Schmidt pelo onze inicial.
Aceita-se que critique Schmidt por não ter mudado a equipa ao intervalo.
Não se aceita que não elogie Schmidt pela mudança feita aos 65 minutos.
Lamento… mas denota incoerência e preconceito na sua análise.
As mudanças feitas aos 65' foram... 65' a mais do que deveriam ter sido feitas! Tivessem elas sido feitas mais cedo, teríamos tido um jogo bem mais conseguido.
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