Vencemos o Casa Pia no sábado na Luz por 3-0 e mantivemos a distância para o Braga e CRAC, qua também ganharam em casa (4-1 ao Famalicão e 2-0 ao Vizela, respectivamente). Perante a equipa-sensação do campeonato, num fantástico 5º lugar, e novamente desfalcados do Rafa e Gonçalo Ramos, demos uma óptima resposta e fizemos uma partida muito inteligente.
Entrámos novamente bem no jogo, extremamente pressionantes e o Casa Pia mal saía do seu meio-campo. Tivemos uma grande ocasião logo no início, mas o João Mário atirou incrivelmente por cima quando estava em boa posição. Pouco depois foi o David Neres a ver um remate seu desviado por um defesa e quase enganava o guarda-redes Ricardo Baptista, que, uns instantes depois, defendeu por instinto um calcanhar do Gonçalo Guedes. Aos 35’, inaugurámos finalmente o marcador, numa excelente abertura do Grimaldo para a desmarcação do David Neres, centro atrasado deste para o João Mário atirar sem hipóteses para o guarda-redes. Conseguíamos desbloquear o resultado e ainda aumentámos a vantagem aos 43’, com um bis do João Mário de carrinho a corresponder bem a um centro do Grimaldo na esquerda, depois de uma boa abertura do Chiquinho para o espanhol.
Na 2ª parte, o Casa Pia foi mais afoito, mas nós fizemos uma exibição quase perfeita em termos defensivos, praticamente sem lhes darmos hipóteses de criar perigo. Um remate, e mesmo assim torto, do japonês Soma foi a excepção. Do nosso lado, iam avolumando-se as oportunidades, com o Aursnes em boa posição de cabeça a atirar ao lado e um remate de longe do Neres, que não passou muito longe, até que aos 71’ acabámos com todas as dúvidas, ao fazer o 3-0 numa jogada de costa a costa do Bah, que terminou com um remate de pé esquerdo de fora da área, ligeiramente desviado por um defesa, sem dar hipóteses ao guarda-redes. Até final, ainda poderíamos ter aumentado a vantagem com outro desvio de cabeça do Aursnes ao lado, quando seria o culminar perfeito da provavelmente melhor jogada da partida, com o entretanto entrado Rafa a permitir a mancha do guarda-redes e com o Grimaldo, num pontapé de primeira de ressaca à entrada da área, a quase marcar o golo do campeonato, mas a bola passou a rasar o poste!
Em termos individuais, óbvio destaque para o João Mário, com o segundo bis consecutivo que o fez igualar o Gonçalo Ramos nos melhores marcadores, para o Chiquinho, que está a aproveitar muito bem a oportunidade no lugar do Enzo que ficou vago, e para o Otamendi, que foi uma parede defensiva e muito responsável pela parca produção atacante do Casa Pia. Mas, em geral, toda a equipa se apresentou num nível muito elevado, sempre pressionante e a recuperar a bola muito rapidamente, numa exibição quase perfeita em termos tácticos. Faltou só a faltar mais um ou dois golinhos para ser uma das melhores desta temporada.
Iremos agora a Braga na próxima 5ª feira para a importantíssima eliminatória da Taça de Portugal. Depois de termos lá levado uma banhada para o campeonato, está na hora da vingança, até porque a conquista deste troféu é igualmente crucial (e recordo pela enésima vez o nosso vergonhoso histórico de três taças de Portugal ganhas nos últimos 25 anos...!)
P.S. – Antes do jogo, houve a despedida do André Almeida, depois de 12 anos e 12 títulos com a gloriosa camisola. ATÉ QU’ENFIM que fazemos uma despedida como deve ser a um jogador que foi marcante no clube e nos ajudou a conquistar muitos troféus! Antes dele, só o Jonas e o Rui Costa tiveram direito a algo semelhante, o que é ABSOLUTAMENTE incompreensível. Jogador com história no clube TEM DE se despedir dos adeptos antes de um jogo, para poder sentir o carinho e o agradecimento de todos nós! Não é difícil perceber isto quando se gosta de futebol e se entende o jogo! Não basta uma entrevista à BTV e ‘tá feito! Assim de cabeça, Luisão, Cardozo, Fejsa, Jardel e Salvio, todos eles deveriam ter tido tratamento semelhante. Espero que isto mude doravante e que esta despedida do André Almeida faça jurisprudência!
Jogar sem ponta de lança com avançados moveis traz algumas vantagens, mas noutros momentos do jogo existe alguma falta de presença dentro da área e nas zonas de finalização e para mim até mais importante que isso é ter de adaptar alguém a uma posição para a qual não tem as características ideais e que acaba por ter uma produção muito menos do que aquela que habitualmente tem na sua posição de origem.
ResponderEliminarContinuo sem perceber a necessidade de se andar a fazer substituições às prestações neste jogo as últimas três deveriam ter sido feitas todas ao mesmo tempo é que assim nem os jogadores que acabam por sair descansam o que quer que seja nem quem entra acaba por ter os minutos que poderia ter, e deveria ter, até porque o treinador nem é adepto da rotação.
Finalmente existiu a despedida de um jogador no estádio com público independentemente de o facto dos adeptos gostarem mais ou menos de este ou aquele jogador era assim que deveria ser sempre é que despedidas com o estádio vazio, como se fizeram várias nestes últimos tempos, até parece uma coisa clandestina como se existisse medo de saber a opinião dos adeptos e de que estes se expressassem.