Vencemos ontem o Paços de Ferreira na Luz (2-1) e, com o empate da lagartada em Famalicão (2-2) e a derrota do Braga frente ao Belenenses SAD (1-2), estamos agora no 2º lugar do campeonato a dois pontos dos nossos vizinhos e a manter dois de vantagem perante o CRAC (4-3 em casa frente ao Tondela). Foi a chamada vitória arrancada a ferros, dado que o golo do triunfo surgiu a segundos do final do tempo de compensação!
Em nova jornada no meio das provas europeias e com apenas três dias entre jogos, já se calculava que esta partida não seria fácil. Para além disso, íamos defrontar uma equipa que tinha ganho ao CRAC e estava no 5º lugar. Depois de ter entrado bem na 5ª feira e até ter marcado um golo, o Weigl foi titular e o Taarabt também regressou ao onze. Até nem começámos mal, com oportunidades flagrantes para o Darwin e Pizzi, ambos só com o guarda-redes pela frente, mas a não conseguirem colocar a bola na baliza. Do outro lado, o Paços tentou sempre jogar e teve igualmente uma óptima oportunidade com o Douglas Tanque a cabecear na pequena-área (lamentável a forma como o Otamendi foi batido...), mas o Vlachodimos a fazer uma enorme defesa. E foi o Paços mesmo a chegar à vantagem através de um bom remate do lateral-esquerdo Reabciuk na sequência de um canto, depois de o Vlachodimos ter socado a bola e o Rafa não a ter conseguido dominar. No entanto, se o VAR deveria servir para alguma coisa (em vez de invalidar golos por foras-de-jogo de 5 cm...), deveria ser para ter visto que o Vlachodimos estava tapado por um avançado em claro fora-de-jogo na altura do remate. Porém, aparentemente o Sr. Bruno Esteves estava distraído... Desconcentrámo-nos e, logo a seguir, tivemos sorte em não ficar a perder por 0-2, com o Douglas Tanque em óptima posição a atirar por cima. Até ao intervalo, ainda colocámos a bola na baliza, mas esta bateu na mão do Rafa antes da recarga dele, o Taarabt rematou ao lado com o guarda-redes batido, mas do outro lado, num canto, deixámos um adversário saltar completamente à vontade(!) e tivemos sorte, porque a bola também saiu ao lado.
Para a 2ª parte, o Jesus resolveu tirar um dos poucos que estava a jogar ao primeiro toque, o Weigl, e o Pizzi, fazendo entrar o Gabriel e Seferovic. Fizemos a igualdade relativamente cedo, aos 58’, numa assistência do Gilberto na direita para bom remate do Rafa na passada. Jogámos pelas laterais e marcámos. Que surpresa...! Entretanto, entrou o Waldschmidt (literalmente) para o lugar do Everton e também não melhorámos nada, porque o alemão não é obviamente extremo. Talvez para tentar contrariar os muitos hatersque (incompreensivelmente) tem por aí, o Gilberto fez a segunda assistência da noite, mas infelizmente foi para o Seferovic ter a sua enésima perdida escandalosa. Logo a seguir, o Darwin, que estava a passar completamente ao lado do jogo, teve uma simulação brilhante e disparou à barra! Quase a chegar aos dez minutos finais, o Jesus resolveu tirar o único jogador que estava a levar a equipa para a frente com as suas arrancadas e, para além disso, que tinha marcado o golo, o Rafa, e colocar o Pedrinho, que deve ter alguma claúsula no contrato que o impede de ir à linha e, portanto, faz sempre a mesma movimentação da direita para o centro. O que segue a tendência da equipa de afunilar constantemente o jogo... O que valeu foi que, com 78’ de atraso, saiu o Taarabt e entrou o Chiquinho, que, apesar de estar longe de ser brilhante, ao mesmo dá alguma fluidez ao nosso futebol e não tem de dar 376 toques na bola antes de a libertar. Aos 94’, o Gabriel, que estava igualmente péssimo, a falhar n passes e a demorar séculos a libertar a bola, teve a única boa acção na partida e cruzou largo da esquerda para o Waldschmidt de cabeça aproveitar a meia-saída em falso do guarda-redes e atirar lá para dentro. Olha, outra jogada pela lateral, outra bola na baliza...! Foi daqueles golos que nos faz amaldiçoar (ainda mais) esta pandemia para o todo sempre por não o poder festejar ao vivo no estádio.
Em termos individuais, o Rafa foi o melhor e foi pena que não o pudesse ser durante os 90’. Ao invés, o Darwin e o Waldschmidt raramente fizeram as coisas bem, mas é um privilégio ter jogadores destes que a única acção de jeito que têm em campo pode decidir uma partida (um esteve quase e o outro decidiu mesmo). Continuo sem perceber este sacrifício do Weigl e não é por ter feito o centro do golo que vou achar que o Gabriel é melhor do que ele na posição 6. Prefiro, de longe, jogadores que fazem a bola correr do que aqueles que correm muito, mas emperram o jogo todo. Como é igualmente o caso do Taarabt, cujo timing de libertar a bola tem de levar uma volta de 180º.
A exibição foi muito má, salvou-se o resultado. Sim, é de realçar o facto de nunca desistirmos e termos conseguido marcar perto do final em alguns jogos, mas, com este plantel, temos OBRIGAÇÃO de estar a render muito mais! Continuo (sentado) à espera que alguém me explique o que se passou na temporada passada, principalmente o facto de termos feito a melhor primeira volta de uma equipa, desde que existem os três pontos, e uma das piores segundas voltas da nossa história. Tudo na mesma temporada! É que dá a sensação de que é algo que extravasa a questão do treinador, porque se está a repetir esta época, mas em muito menos tempo: começámos bem, todavia, a partir do Bessa, houve uma debacle em termos exibicionais (com naturais consequências em alguns resultados). Aguardo explicações de quem de direito.
Muito bem!!!
ResponderEliminarParabéns pelo excelente trabalho ao longos destes anos! Sou leitor do blog desde 2005 ou até antes. Continua! Um abraço
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ResponderEliminar" Aguardo explicações de quem de direito"
Se me permite um conselho,direi que é melhor ficar sentado,porque de pé cansa-se.
infelizmente pode aguardar sentado, pois na óptica da Direcçaõ os sócios não têm o direito de serem esclarecidos...............manda quem pode.
ResponderEliminarO Gabriel fez um "centro para golo da lateral"?
ResponderEliminarNão vi esse jogo, vi o jogo em que fez uma assistência fantástica...
Se o objetivo é parecer minimamente credível falhaste completamente, se era apenas minimizar uma ação fantástica de um jogador que se desgosta então estiveste bem...
Também não percebo a razão para jogarmos sempre pelo meio com os jogadores a passarem o tempo todo a jogar futsal à entrada da área adversaria sem que dai saia qualquer coisa de perigoso sequer para mais quando já toda a gente viu que o fazemos e para piorar as coisas reforçam a zona central com quase a equipa toda depois temos que mais de metade das oportunidades que criamos neste jogo resultaram de cruzamentos e só não foram mais porque poucos fizemos em todo o jogo.
ResponderEliminarSe no jogo anterior já não tinha percebido as alterações este seguiu o mesmo exemplo com jogadores que nem estavam a jogar mal a saírem, até o que estava a ser o melhor, jogadores que passaram completamente ao lado do jogo a ficarem mais tempo do que aquele que deviam, alguns até como é habitual não duram mais de uma hora de jogo, e depois jogadores que entram para posições que não são as suas e com isso reduzindo em muito as probabilidades de fazerem um bom jogo.
O nosso defesa direito fez o seu melhor jogo desde que cá chegou e foi inclusive até um dos melhores mas foi só e apenas o primeiro jogo bom que fez em sentido contrario temos o nosso extremos esquerdo que depois de ter feito um jogo muito bom, também foi o seu melhor jogo até à altura, depois disso teve dois jogos em que nem esteve nem bem nem mal passou foi os dois jogos seguintes completamente ao lado do jogo e a fazer apenas de corpo presente.
Islander: onde é que eu digo que o Gabriel NÃO fez uma assistência...? "Cruzou largo da esquerda" para um colega marcar é o quê?! Sim, a assistência foi óptima, mas, sim, foi a ÚNICA coisa de jeito que fez no jogo todo.
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