Vencemos o Zenit por 1-0 e estamos na frente desta eliminatória dos
oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Como se previa, foi um jogo difícil,
onde só conseguimos marcar já em período de compensação, mas também já estava
na altura de ganharmos jogos sobre a hora. Além disso, a vitória é mais do que
justa.
O Rui Vitória fez alinhar a mesma equipa que defrontou o CRAC, mas a 1ª
parte foi típica da fase a eliminar da Champions: muitas cautelas de parte a
parte, o objectivo de não sofrer golos era muitíssimo mais importante do que
marcar e portanto assistimos a um longo bocejo durante 45’. A excepção foi um
remate do Jonas, que ainda desviou num defesa e passou a rasar o poste. O que
não teve mesmo piada nenhuma foram os amarelos ao André Almeida e,
principalmente, ao Jardel, que os vão tirar do jogo da 2ª mão.
Na 2ª parte, eu esperava alguma quebra física dos russos, porque há mais de
dois meses que não disputavam nenhum jogo oficial e isso acabou por acontecer.
Claro que a táctica deles desde início foi dar-nos a iniciativa atacante, para
poderem contra-atacar, mas como disse muito bem o Rui Vitória no final da
partida nós não caímos no engodo. Mesmo assim, apesar de não acelerarmos muito
o jogo, conseguimos criar oportunidades para marcar. A melhor de todas foi uma
dupla do Gaitán, na mesma jogada depois de uma assistência de cabeça do Jonas,
a permitir a defesa do Lodigyn a um remate em força e depois a fazer a recarga
para as nuvens. Pouco depois, o Lindelof assistiu de cabeça o Jardel, que atirou
ao lado. O Zenit só teve um remate perigoso do Witsel logo no início da 2ª
parte, que o Júlio César afastou. A partida aproximava-se do final e os russos
também perdiam dois jogadores para a
2ª mão: Javi García e Criscito. Este lateral-esquerdo acabou mesmo por ser
expulso e, na sequência do livre de que resultou o segundo amarelo, o Gaitán
finalmente acertou um centro para a área (não sei o que se passou ontem, que, à
excepção deste, todos os livres e cantos foram mal marcados…) e o Jonas de
cabeça fez o golo. Foi tudo muito parecido com isto, com a diferença a bola ter
entrado no canto inferior direito da baliza. O estádio quase veio abaixo com os
festejos e até final ainda tivemos mais uma oportunidade, num remate do Samaris
bem defendido pelo guardião contrário.
O melhor do Benfica voltou a ser, à semelhança do jogo contra o CRAC, o
Lindelof. Muito concentrado, quase nunca se deixou bater pelos adversários,
nomeadamente o tanque Dzyuba, um
rapazito de apenas 1,94 m. Destaque
obviamente também para o Jonas, pelo importante golo que marcou.
Já o disse ‘n’ vezes, nunca é demais repetir: eu troca na hora idas
consecutivas à final da Champions por títulos de campeão e eliminações na fase
de grupos. A Liga dos Campeões é muito gira, dá dinheiro e tudo o mais, mas eu quero
é o 35. E ser tricampeão, algo que na última vez que aconteceu eu tinha um ano
de vida. Posto isto, foi uma boa vitória que nos dá algumas esperanças de
passarmos aos quartos-de-final, mas que espero que não nos desconcentre do
verdadeiro objectivo da época.
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