Vencemos o Marítimo no Funchal por 2-1 e demos um passo muitíssimo
importante rumo ao título. Se ganharmos os dois jogos em casa frente ao Estoril
e ao Moreirense, seremos campeões nacionais. No entanto, há que manter a cabeça
fria neste momento, porque os excessos de euforia podem ser muito prejudiciais
e nunca é demais relembrar que ainda não ganhámos nada…
A partida na Madeira não nos poderia ter começado melhor: penalty
indiscutível sobre o Lima logo aos 4’, que o próprio brasileiro converteu
atirando rasteiro para o lado direito, contrário ao do guarda-redes. Pensei que
o mais difícil estava feito e que, a partir daqui, iríamos aproveitar o natural
balanceamento atacante do Marítimo para contra-atacar rápido e dar a machadada
no desfecho do jogo. Só que nada disto aconteceu! O golo pareceu que nos fez
mal, fomos recuando cada vez mais no terreno e deixámos o Marítimo criar
oportunidades. Atiraram uma bola ao poste num livre logo a seguir ao nosso
golo, fizeram uns quantos cruzamentos perigosos e aos 42’ empataram muito
justamente, num cruzamento da direita em que o Salvio não acompanhou o central
Igor Rossi, o que o permitiu cabecear à vontade para a baliza do Artur.
Não tinha percebido se a nossa paupérrima 1ª parte se tinha devido a
cansaço físico ou a estratégia de jogo. Viu-se pelo que fizemos no 2º tempo que
foi estratégia ainda que inconsciente dos próprios jogadores, como disse o
Jesus na flash interview. Não estamos
fadados para jogar “na expectativa” e quando finalmente assumimos o jogo na 2ª
parte, o Marítimo deixou de se ver em campo. Fomos para cima deles, o Rodrigo
teve um remate cruzado ao lado quando estava isolado e o Lima atirou duas(!)
bolas aos postes. Entretanto, tinha entrado o Cardozo para o lugar do
inoperante Ola John e voltámos a colocar-nos em vantagem aos 70’ num autogolo
do mesmo Igor Rossi, que interceptou para dentro da baliza um cruzamento do
Salvio. Até final, ainda deu para o Sr. Manuel Mota converter dois penalties
sobre o Cardozo num canto e num amarelo(!) ao nosso avançado por simulação, não
tendo o Marítimo conseguido criar nenhum lance de perigo.
Em termos individuais, e falando obviamente só da 2ª parte, destaco o Matic
e o Enzo Pérez, que foram fundamentais para a pressão mais à frente que foi
empurrando o Marítimo para o seu meio-campo. O Salvio também fez uma partida
muito esforçada e o Luisão e Garay estiveram igualmente bem. O André Almeida na
esquerda sentiu algumas naturais dificuldades, mas acabou por não comprometer. O Lima não tremeu no penalty e foi pena ter tido pontaria a mais, senão teria feito um hat-trick…
Como na 1ª parte quase não estivemos nos Barreiros, espero que os 45’ que
efectivamente jogámos não façam muita mossa para 5ª feira. Vamos ter o
Melgarejo e o Gaitán frescos, e o Cardozo só com 30’ nas pernas. Estamos há
tempo demais sem ir a uma final europeia e já não ganhamos nenhuma há uma
eternidade. O principal objectivo da época está próximo (atenção ao Estoril,
que está a fazer um óptimo campeonato e a jogar muito bem, na 2ª feira), e voltar
a uma final europeia seria a cereja no topo do bolo de uma época que pode ficar
na história. Não deixemos escapar essa oportunidade…!
prioridade estoril. turcos?
ResponderEliminarartur, almeida, luisinho, jardel, garay, matic, andre gomes, john, urreta, rodrigo e kardec tratam deles :D