O último jogo do estágio em França resultou num 0-0 frente ao Lille. Como o
marcador indica, e neste caso não engana, foi a partida mais difícil que
tivemos, já que o Lille está muitos furos acima do Marselha.
A nossa equipa entrou bem e não acho que tenha acusado muito o cansaço,
porque, depois de um período mais complicado no início da 2ª parte, até
terminámos bem o encontro. Não conseguimos criar assim tantas oportunidades,
mas ainda deu para atirarmos duas bolas aos postes (Nolito e Carlos Martins). Provando
que o resultado se calhar até acabou por ser justo, o Artur foi o melhor do
Benfica com três ou quatro defesas que mantiveram a nossa baliza inviolada.
Alinhámos com bastantes potenciais titulares e só com o Enzo Pérez como corpo
estranho. Corpo esse que foi logo retirado a meio da 1ª parte com uns
providenciais “problemas musculares”, segundo disse o Jesus no final (é curioso:
é a primeira vez que vejo alguém com “problemas musculares” sair do campo a
correr…). Entrou o Nolito e viu-se logo a diferença entre alguém que se aplica
com a camisola do Benfica e outro que só está a passeá-la no campo. O Melgarejo
jogou o tempo todo a defesa-esquerdo, melhorou na 2ª parte, e, corrigindo
alguns defeitos normais, voltou a confirmar que poderá ser uma solução válida.
O Ola John também voltou a mostrar bons pormenores e o Carlos Martins poderá
ser um dos 12º jogadores do plantel. Dos velhos, o Witsel será a chave para
termos ou não uma época de sucesso: se tiver mesmo que ser vendido, será uma desgraça,
porque não há ninguém no plantel para o substituir (e arranjar alguém de fora
que pegue assim de estaca não será nada fácil). (Claro que, até vir FINALMENTE um substituto para o Maxi, corremos igual risco de ter a época estragada se ele se lesionar.) O Luisão e Garay são uma
dupla quase intransponível. Houve poucas substituições, mas a entrada do Djaló
perto do final e o fabuloso centro que ele fez, rasteiro e em direcção da
linha de fundo, é decididamente motivo para rescisão por justa causa.
Foi pena não termos marcado, mas gostei de termos passado o terceiro jogo
sem sofrermos golos. Pode ser um bom princípio, já que a quantidade escandalosa
de golos que sofremos no ano passado é algo que não se pode voltar a repetir.
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