Vencemos o U. Leiria por 1-0 e selámos matematicamente o 2º lugar que nos
dará acesso directo à fase de grupos da Liga dos Campeões da próxima época. Foi
o U. Leiria que ameaçou não comparecer ao jogo durante toda a semana, mas
afinal fomos nós que estivemos ausentes. O objectivo da vitória foi cumprido,
mas fizemos das piores exibições da era Jesus.
Não há muito a dizer sobre a partida. Fizemos o único golo aos 20’ num
livre do Bruno César, o U. Leiria apresentou-se com meia-dúzia de juniores e alguns
emprestados pelo Benfica e fez uma partida muito digna. Ninguém facilitou nada
à nossa equipa (não houve autogolos, mãos na bola escusadas na área, ou
frangos que ajudassem o Cardozo a ganhar os melhores marcadores) e assim é
que deve ser. Ainda por cima, criou uma ou outra oportunidade de golo. Quanto a
nós, jogámos a duas velocidades: devagarinho e parados. Lá fomos criando também
situações para marcar mais golos, mas revelámos muita falta de pontaria (com
destaque negativo para o Cardozo, que incrivelmente não conseguiu marcar
nenhum) e permitimos que o Oblak voltasse a mostrar que pode ser uma boa
solução de futuro para a nossa baliza (daqui a 10 anos, quando o Artur se
reformar).
Em termos individuais, quase ninguém se destacou, tão paupérrima que foi a
nossa exibição. Talvez o Bruno César e o Maxi Pereira tenham sido dos únicos a
tentar lutar contra o marasmo. O Cardozo acaba em época em terrível baixa de
forma e vamos lá a ver se consegue o tal troféu de melhor marcador. O Luís
Martins foi lançado a titular e mostrou porque é que tem sido frequentador
assíduo da bancada. O Djaló é outro que tem grandes dificuldades no domínio da
bola e tudo o que não seja correr e rematar é um problema. Todos os outros não
saíram da mediocridade.
Foi uma despedida muito triste dos jogos em casa este ano. Como a última
imagem é a que fica, esta exibição acabou por ilustrar bem o fracasso que foi
esta época. Era bom que alguém dissesse aos jogadores do Benfica que deveria
ser um privilégio para eles vestir a nossa camisola num jogo oficial (algo que 95%
dos 31.070 que foram ao estádio dariam a vida para ter o privilégio de fazer
durante cinco minutos) e que o mínimo que poderiam fazer era mostrar respeito
pelos sócios e adeptos, e oferecerem uma boa exibição no último jogo em casa.
Junto a minha voz àqueles que reivindicam mais benfiquismo na estrutura do
Benfica. Isto que se viu nesta partida não é nada e os meninos pareciam que
estavam a fazer um frete. Não se compreende e é inadmissível.
P.S. – Foi simpático terem nomeado o Pedro Proença e o seu assistente
Ricardo Santos para a festa em casa do CRAC. Afinal de contas, eles também
foram dos grandes obreiros do título. Claro que, mais uma vez, o Sr. Pedro
Proença não deixou os seus créditos por mãos alheias e lá expulsou dois
jogadores da lagartada. O jogo estava difícil e o 2-0 para os corruptos só foi
conseguido nos últimos 10 minutos. E no fim todos festejaram, porque um título
sendo roubado sabe ainda melhor naquele antro.
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