segunda-feira, novembro 06, 2023

Medíocre

Vencemos em Chaves no sábado (2-0) e alargámos a diferença para o CRAC para três pontos, dado que o Estoril foi magnificamente ganhar a Mordor por 1-0, estando ainda a três da lagartada que ganhou 3-2 em casa do E. Amadora (depois de estar a perder 1-2 já na 2ª parte...). Foi uma boa vitória num terreno em que perdemos na época passada, mas o futebol que mostrámos não me deixou nada confiante para difíceis os jogos que se avizinham.
 
O Roger Schmidt gostou do que se passou em Arouca e repetiu o onze, mantendo os três centrais e o Gonçalo Guedes a ponta-de-lança. No entanto, a nossa 1ª parte foi absolutamente pavorosa, do pior que temos visto nos últimos tempos (e a concorrência até é de peso...!). Não criámos uma única situação de golo, com um jogo lento, previsível, sem rasgo, em que a enorme percentagem de posse de bola não serviu para mais do que a circular sem objectividade. Remates por cima do Di María e do Morato de cabeça num canto foi o melhor que conseguimos apresentar. Do outro lado, também o Chaves atirou uma bola ao lado e mais nada.
 
Para a 2ª parte, o Schmidt colocou o Arthur Cabral no lugar do apagadíssimo Gonçalo Guedes. Colocámos um pouco mais de intensidade no jogo e tivemos a felicidade de marcar ainda relativamente cedo. Foi aos 59’ que o João Neves inventou uma jogada na direita, passou por três adversários, centrou atrasado, o guarda-redes tocou ligeiramente na bola, o que fez com que o Arthur Cabral não a conseguisse tocar bem, mas mesmo assim fê-lo o suficiente para a colocar na direcção da baliza, um defesa cortou supostamente sobre a linha (pareceu-me nitidamente já dentro) e o Aursnes na recarga só teve de empurrar. Tanto VAR e tanto investimento, e depois uma coisa simples como a tecnologia da linha de golo não há! Se o Aurnses não estivesse ali, como seria...?! Teríamos um golo roubado, é isso...?! Tínhamos feito o mais difícil, mas no lance a seguir o Chaves só não empatou porque o tiro do Bruno Langa foi ligeiramente desviado pela mão do Trubin e embateu com estrondo na barra. Depois deste enorme susto, controlámos melhor a vantagem no marcador e uma boa iniciativa do Otamendi foi mal finalizada por este depois de um centro do Rafa. No entanto, aos 80’ fizemos mesmo o 2-0 num penalty do João Mário a castigar uma estalada na cara do João Neves. Como o Di María já tinha sido (e bem) substituído pelo Tengstedt, foi o nº 20 a marcar o penalty. Enganou o guarda-redes e foi o que lhe valeu, porque se ele tem acertado o lado defendia facilmente... Até final, ainda vimos um remate desastrado do entretanto entrado Musa e um golo anulado a este por ridículos nove cm. Já disse e repito: esta história do VAR a contar centímetros nos foras-de-jogo irrita-me sobremaneira! Via-se a olho nu e era muito simples: ou está claramente fora-de-jogo ou, se houvesse dúvidas, beneficiava-se a equipa que ataca. Anular golos por aquela margem é simplesmente patético!
 
Em termos individuais, destaque inteirinho para o João Neves, que teve participação activa nos dois golos. O Aursnes também não esteve mal, assim como o Florentino no seu papel de recuperador, e aquele toque ligeiro do Trubin poderá ter salvo o resultado. De resto, tudo muito fraquito.
 
Iremos na 4ª feira ter o jogo decisivo para a continuidade na Europa, em San Sebastian, e no domingo receberemos a lagartada. Se se salvarem os resultados, como em Chaves, ficarei bastante satisfeito, mas se isso acontecer mantendo este nível exibicional será pouco menos do que um milgare...

2 comentários:

  1. eu estava assistindo ao jogo num stream online germânico e, eles, numa repetição do lance, mostraram a bola, para além da linha de golo, vinda dum ressalto no cu do cabral, ponto final parágrafo ...
    aap

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  2. João Ratão7/11/23 09:08

    Os fora de jogo de centímetros são ridículos, de facto. Já se assinalaram foras de jogo de 2 cm! Ora a diferença de posicionamento dos jogadores entre frames será sempre superior a estes valores, ainda mais estando a falar de jogadas de ataque onde a velocidade é grande. Na minha opinião, devia haver um teto para aqueles valores. Talvez entre 25 e 35 cm. Abaixo disso nunca se consideraria fora de jogo.

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