Empatámos em Mordor (1-1) na passada 6ª feira, mas, como o Rio Ave também empatou pelo mesmo resultado no WC, ficou tudo igual na frente do campeonato. Para as expectativas que tinha, tanto o resultado, como principalmente a exibição, foram bastante melhores do que eu esperava.
O Jesus inovou, como costumava acontecer cada vez que ia a Mordor, mas desta feita correu bem: o Grimaldo avançou no terreno e o Nuno Tavares entrou para a lateral esquerda, e o Seferovic fez companhia ao Darwin, tendo o Everton e o Waldschmidt ficado no banco. O jogo começou dividido, mas a primeira oportunidade foi nossa numa jogada do Darwin pela esquerda, com o Seferovic a rematar de primeira ao lado. Aos 17’ inaugurámos o marcador, num centro largo do Nuno Tavares na esquerda, excelente assistência de primeira do Seferovic para o Grimaldo para este, com um pequeno toque à saída do Marchesín, passar a bola por cima dele. O CRAC respondeu aos 25’ com a igualdade, num lance em que o Gilberto poderia ter feito mais perante o Corona na esquerda, este assistiu o Taremi cujo remate ia para fora(!), se não tivesse ressaltado no Marega e entrado no canto inferior direito da baliza do Vlachodimos. A vaca do costume para quem não a merece. (E depois querem que uma pessoa acredite em divindades...!) Pouco minutos volvidos, tivemos uma enorme oportunidade, com o Darwin a atirar rasteiro ao poste depois de um centro do Pizzi na direita e a falhar igualmente o ressalto de pé esquerdo. Até ao intervalo, ainda poderia ter havido mais golos, dado que o Luis Díaz rematou em arco ao lado e o Darwin permitiu a defesa com o ombro pelo Marchesín, depois de uma boa arrancada do Rafa da direita para o centro e assistência do Grimaldo para o uruguaio.
A 2ª parte foi praticamente uma réplica da 1ª, com as duas equipas a tentarem ganhar. Pouco depois do reinício, houve um lance na área entre o Mbemba e o Darwin que, se fosse na nossa, seria certamente penalty. Mas obviamente que não seria neste jogo que este linda corrente de ainda não termos tido um penalty a nosso favor para o campeonato seria quebrada... À passagem da hora de jogo, o Rafa teve uma excelente chance para marcar, mas o guarda-redes contrário fez bem a mancha. Dez minutos depois, foi uma cabeçada do Marega numa bola parada a colocar o Vlachodimos à prova. A cerca de 15’, o Taremi fez um carrinho ao tornozelo do Otamendi e o Sr. Luís Godinho, depois de alertado pelo VAR, trocou o amarelo pelo óbvio vermelho. Mesmo a jogar com dez, o CRAC ainda criou perigo novamente pelo Marega com mais uma boa defesa do Vlachodimos. Até final, e depois de o Jesus ter finalmente arriscado um pouco nas substituições, o Vertonghen e o Gilberto de cabeça, e o entretanto entrado Everton num remate ainda assustaram o CRAC, mas o resultado não se alterou mais.
Em termos individuais, o Weigl foi o melhor em campo. Aliás, eu já tinha achado imensa graça àqueles que diziam que o alemão não servia, porque não era intenso, não defendia bem, etc. e tal. É só notar na fluidez do nosso jogo com ele em campo, porque não só raramente a bola fica muito tempo nos seus pés, como ainda mais raro os passes vindos dele não chegam ao seu destino. Outros que sobressaíam foram o Rafa e o Pizzi. Ter jogadores com alguns anos de casa nestes jogos ajuda sempre, porque percebem melhor do que os outros o que está em causa. O extremo deu imensa velocidade às nossas acções atacantes e o Pizzi foi, curiosamente, bastante mais pragmático a jogar do que é costume. Mais uma vez ficou provado que, sem o Tarrabt a emperrar todo o nosso jogo no meio-campo, as coisas funcionam bastante melhor. (É só comparar este jogo com a Supertaça...) A defesa (Gilberto, Otamendi, Vertonghen e Nuno Tavares) esteve muito concentrada, Vlachodimos incluído, e conseguiu controlar bem os movimentos imprevisíveis do Marega e Corona, principalmente. O Grimaldo marcou o golo e, mesmo jogando adiantado, já se sabe que não é por ali que o ataque não funciona. O Darwin teve umas quantas acelerações e ainda atirou uma bola ao poste, e o Seferovic fica na história do jogo pela magnífica assistência para o Grimaldo. O Waldschmidt e o Everton, se calhar, deveriam ter entrado mais cedo, até porque estávamos a jogar contra dez, e o Chiquinho por mim seria o substituto natural do Pizzi.
Depois de quatro jogos, voltámos a não perder contra o CRAC e desperdiçámos até uma boa oportunidade para ganhar. O que saltou logo à vista nesta partida, por contraponto às quatro anteriores, foi a nossa atitude em campo. Já se sabe que eles, sempre que nos defrontam, vêm com os dentes de fora e garras afiadas, e nós conseguimos finalmente igualá-los nesse aspecto. Arrisco-me a dizer que na 6ª feira ganhámos tantos duelos individuais como nos quatro jogos anteriores em conjunto. Espero é que esta atitude seja para manter até final da época, porque, como temos um plantel superior aos demais, será meio caminho andado para as conquistas que tanto ambicionamos.
Mais uma vez ficou provado que com equipas que nos dão espaço atras da defesa jogamos bem somos perigosos e temos oportunidades assim que as equipas deixam de dar esse espaço e para mais defendendo bem e com muitos somos completamente anulados no nosso ataque e deixamos de ter oportunidades e a isso muito contribui não termos meia distância, aliás acho que até temos alguma só que não a colocamos em pratica.
ResponderEliminarMas se o treinador esteve muito bem de inicio esteve mal depois de termos mais um jogador fazer apenas uma substituição imediatamente a termos superioridade numérica, substituição que até já deveria ter sido feita muito antes, é muito pouco e mais uma vez fazer substituições nos descontos começa a ser só parvo para mais para meter jogadores em posições que não são as suas.
O nosso grande problema foi a eficácia, mas quando os dois ponta de lança que temos nenhum deles é um finalizador nato, um nunca o será o outro ainda não o é por causa da idade, não se pode esperar mais, mas alguém achou que era uma ideia muito boa emprestar o único ponta de lança que tínhamos que era finalizador e a falta que fez, e continua a fazer, alias basta ver quem é que marcou o ano passado naquele campo.