Vencemos o Olhanense por 2-0 e conseguimos a 6ª vitória consecutiva no
campeonato. Foi uma partida de sentido único em que a nossa vitória nunca
esteve em causa, apesar da lentidão com que jogámos na maior parte do tempo,
resquícios ainda da noite europeia. A diferença positiva que temos com o Jesus
em relação a um passado recente é que raramente falhamos nestes jogos a
passo. Podemos não jogar tão bem como o habitual, mas lá vamos ganhando. Por
seu lado, a exibição (?) do Olhanense vem provar mais uma vez que o campeonato
português deveria ter 10 equipas a quatro voltas.
Talvez por causa do jogo da Champions, entrámos a todo o gás na tentativa
de resolver o assunto cedo. Matic, Salvio e Ola John estiveram perto de fazer o
golo, mas este só aconteceu aos 26’ num penalty do Cardozo a castigar agarrão
evidente ao Maxi Pereira na área. O Tacuara rematou rasteiro para o lado
contrário onde habitualmente a bola vai (lado direito do guarda-redes), o
Bracali bem se estirou, mas não chegou lá. Até ao intervalo, o Rodrigo ainda
teve uma boa oportunidade de cabeça, antecipando-se ao guarda-redes, mas a bola
saiu por cima.
A 2ª parte foi mais do mesmo, excepto logo no início quando o Artur fez uma
boa defesa na sequência de um livre adversário. Foi a única vez que o Olhanense
incomodou a nossa baliza. Por sua vez, nós íamos construindo oportunidade atrás
de oportunidades, com o Rodrigo e Melgarejo a desperdiçar, e o Garay a
proporcionar ao Bracali uma das melhores defesas do encontro. O
não-aparecimento do 2º golo começava a exasperar-me, porque estávamos sempre à
mercê de um lance fortuito de bola parada que nos podia custar muito caro. Mas
felizmente apareceu o capitão Luisão a selar a nossa vitória aos 72’ num golpe
de cabeça na sequência de um canto. Até final, o Cardozo, Lima e Salvio ficaram
a dever-nos mais três golos e o que poderia ter sido uma goleada ficou-se por
um muito parco 2-0.
Em termos individuais, o Ola John voltou a sobressair, se bem que com menos
intensidade do que em partidas anteriores, o Carlos Martins fez uma óptima 1ª
parte e o Matic voltou a ser enorme. O Rodrigo é que continua a não acertar,
também porque por vezes quer fazer tudo depressa e bem. O Salvio não está igualmente
na sua melhor forma e voltou a falhar um golo fácil perto do fim. Os centrais
(Luisão e Garay) fizeram uma exibição irrepreensível.
Com o imbróglio na Taça de Portugal, não vamos ter jogo no próximo
fim-de-semana, pelo que temos 10 dias para preparar a ida a Nou Camp e, mais
importante do que isso, a visita ao WC na próxima jornada, onde aí sim é
fundamental ganhar.
P.S. – Poderíamos ter ficado isolados na liderança do campeonato se a
vaca não protegesse os nojentos do costume. Golo no último minuto, depois de
tabelar num defesa do Braga e bater na barra vem dar razão às palavras do Jesus
sobre a “sorte”
das visitas do CRAC a Braga. Quanto a mim, a coisa é muito simples: os
sucessos desportivos de um tal clube são a prova insofismável da inexistência
de Deus. (Claro está que um penalty descarado por cotovelo na bola do Alex Sandro não foi assinalado pelo Sr. Carlos Xistra, o grande desequilibrador do campeonato até ao momento!)
P.P.S - Partiu um dos que no passado nos ajudaram a tornarmo-nos grandes. R.I.P. Guilherme Espírito Santo.
"Por seu lado, a exibição (?) do Olhanense vem provar mais uma vez que o campeonato português deveria ter 10 equipas a quatro voltas."
ResponderEliminarMostra-me um campeonato nesses moldes que seja competitivo e cujas equipas tenham alguma relevância europeia...
Não me parece que seja por jogarem com os Olhanenses e afins, em vez de jogarem 4x com Benfica e CRAC, que os Bragas desta vida tenham obtido bons resultados europeus...
ResponderEliminar"os sucessos desportivos de um tal clube são a prova insofismável da inexistência de Deus"
ResponderEliminarCada vez me convenço mais que essa é a maior prova que se pode apresentar...